A segurança é um valor fundamental para todas as
indústrias e isso se reforça na indústria de óleo e
gás, que está continuamente trabalhando para melhorar
a segurança, através de pesquisas, desenvolvimento
de padrões, treinamento, compartilhamento de informações
e legislação. O objetivo das empresas, também no setor de
óleo e gás, é zero incidentes e melhoria contínua – por isso,
a segurança é trabalhada em diferentes frentes: funcional,
ocupacional, de processo, de ciberespaço.
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“Segurança operacional é obtida por meio da prevenção,
mitigação e resposta a eventos que possam causar acidentes,
que coloquem em risco a vida humana ou o meio
ambiente, por meio da adoção de um Sistema de Gestão,
que assegure a integridade das instalações durante o seu
ciclo total de vida. A Ocupacional tem o objetivo de promover
a proteção do trabalhador no seu local de trabalho, visando
à redução de acidentes pessoais e doenças ocupacionais,
bem como a identifi car, avaliar e controlar situações
de risco, proporcionando um ambiente de trabalho mais
seguro e saudável para as pessoas. A Segurança de Processo
busca gerenciar a integridade de sistemas operacionais,
processos e manutenção e instalações, bem como, impedir
a perda de contenção de produtos químicos ou perigosos ou
hidrocarbonetos, devido ao seu potencial de gerar efeitos
tóxicos, incêndio, sobre pressão ou
explosão, que podem resultar em
lesões pessoais, danos materiais,
perda de produção ou
impacto ambiental”, explica
Roberval Bulgarelli, mestre
em sistemas elétricos de
potência pela POLI/USP,
consultor técnico e engenheiro
sênior da Petrobras,
trabalhando há mais de 30 anos
na Refi naria Presidente Bernardes,
de Cubatão (RPBC), representante do Brasil no TC-31 da
IEC e no IECEx, e Coordenador do Subcomitê SC-31 (Atmosferas
explosivas) do Comitê Brasileiro de Eletricidade
(Cobei). |
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Então, pode ser entendido que a segurança operacional
é formada pela segurança ocupacional e a segurança de processo. |
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O SGSO (Sistema de Gestão de Segurança Operacional) incorpora
os requisitos de segurança de processo e de segurança ocupacional
ao longo do ciclo total de vida das instalações da indústria das áreas
petroquímicas de Óleo & Gás
O Plano de Negócios e Gestão da Petrobras para o período
de 2017-2021 coloca a redução de acidentes como um
dos seus principais objetivos. A meta é reduzir a Taxa de
Acidentados Registráveis (TAR) em 36%, de 2,2 em 2015
para 1,4 em 2018. Para isso, a companhia lançou o programa
Compromisso com a Vida em outubro de 2016. Desde
então, por meio das ações concretas do programa, melhorou
seus índices e fechou o 3º trimestre de 2017 abaixo do limite
aceitável (índice de 1,09), o que representa uma redução de
49% em comparação a 2015. As unidades da Petrobras seguem
um sistema de gestão único que contam com diretrizes
que orientam as rotinas de trabalho. A Política de Segurança,
Meio Ambiente e Saúde foi revisada e declarada pelo presidente
Pedro Parente em agosto deste ano. O Compromisso
com a Vida trabalha a cultura de segurança e o aprimoramento
de processos tanto com ações preventivas quanto com o
reforço ao tratamento de desvios e incidentes. Entre as iniciativas
estão diferentes treinamentos para a força de trabalho.
Até o hoje mais de 181 mil pessoas no Brasil e no exterior
foram capacitadas nas Regras de Ouro da Petrobras, a partir
de aspectos práticos e casos reais. Outra frente a se destacar
no programa é o reforço a aspectos de SMS nas atividades de
fi scalização e gerenciamento de contratos.
Para Bulgarelli, que foi condecorado com o Prêmio Internacional
de Reconhecimento IEC 1906 Award, pelos reconhecidos
trabalhos realizados em prol da Normalização
Técnica Internacional da IEC sobre eletricidade, o Brasil
ainda precisa de muita conscientização dos riscos e perigos
das instalações industriais, com o objetivo de implantação
de um sistema de gestão de segurança operacional.
Ainda existem diversas empresas que estão preocupadas
prioritariamente com a certifi cação dos equipamentos que foram
instalados, sem a devida preocupação com os aspectos de pessoal e de procedimentos de trabalho que são utilizados
para as atividades de operação, projeto, montagem, inspeção,
manutenção, reparos e auditorias internas. Ressalte-se que,
sob o ponto de vista de segurança operacional, somente a certifi
cação dos equipamentos não é sufi ciente para garantir a
segurança das instalações e das pessoas que nelas trabalham.
É preciso olhar o ciclo total de vida das instalações, é necessária
a implantação prioritária de sistemas de certifi cação de
empresas de prestação de serviços e de competências pessoais,
alinhadas com os sistemas internacionais existentes,
mundialmente elaborados e condensados, os quais incorporam
as melhores práticas mundiais sobre o assunto.
E, no setor de petróleo, as regulamentações ficam por
conta da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) que, por meio de sua Resolução Nº
5/2014 – Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento
de Segurança Operacional (SGSO) para refinarias de
petróleo, publicada em 29/01/2014, com prazo de implantação
de dois anos, tornou obrigatório – compulsório – que
todas as refi narias atendam às práticas de gestão contidas
naquele regulamento. Então, desde 31/01/2016, tornou-se
mandatória a aplicação dessas práticas. Bulgarelli conta
que, na Petrobras, os sistemas de gestão das refi narias foram
atualizados por meio de um processo coordenado pelas suas gerências corporativas, com envolvimento de todas as
Unidades de Operação (UOs), para avaliação da aderência
dos respectivos sistemas de gestão de segurança operacional
aos requisitos daquele Regulamento Técnico da ANP. |
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“Criado a partir da resolução da ANP, o Sistema de Gerenciamento
da Segurança Operacional (SGSO) é um conjunto
de práticas de gestão para minimizar riscos de ocorrência de
acidentes nas instalações das refi narias. Esta preocupação vem
do fato de que os acidentes que podem ocorrer neste tipo de
instalação industrial podem gerar grandes consequências para
as instalações, pessoas e meio ambiente, em função das grandes
quantidades de substâncias infl amáveis, combustíveis e tóxicas envolvidas, e das grandes explosões e vazamentos que podem
ser resultantes de tais acidentes”, lembra Bulgarelli. |
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A Resolução ANP Nº 5/2014 consolidou e aprimorou normas
de segurança operacional de refi no de petróleo. O Regulamento
aprovado contemplou 16 práticas de gestão. Essas Práticas
de Gestão do SGSO da ANP para instalações terrestres da
indústria do Óleo & Gás são divididas em três grandes grupos:
Práticas de Gestão relativas à Liderança, Pessoal e Gestão;
Práticas de Gestão relativas a Instalações e Tecnologia; Práticas
de Gestão relativas a Práticas Operacionais. |
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SGSO para instalações das Refi narias de Petróleo: representação
das 16 práticas de gestão relacionadas com a segurança
operacional, sob o ponto de vista do ciclo total de vida
das instalações das plantas petroquímicas e de óleo & gás
Vale lembrar que a ANP considera como sistemas críticos
para a Segurança Operacional nas refi narias de petróleo:
Sistemas de Combate a incêndio; Sistemas Instrumentados
de Segurança (SIS); Sistemas de detecção de fogo,
gás e produtos tóxicos; Sistemas de alarme de emergência;
Sistemas de shutdown de emergência (ESD – Emergency
Shutdown); Sistemas de energia de emergência; Sistemas
de iluminação de emergência; Sistemas de tocha; Sistemas
de alívio de pressão; e Sistemas considerados como críticos
pelas análises de risco (salvaguardas e detectores).
“Nas refinarias da Petrobras, o SGSO está entre as ações
estruturantes que buscam conscientizar e sensibilizar a força
de trabalho para a prevenção de acidentes, por meio do
cumprimento dos padrões de segurança, operação e manutenção.
E, com relação à área de gestão de segurança, as rotinas
operacionais de SMS – Segurança Industrial, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, que foram desenvolvidas desde
a década de 1950 e existentes em 2014 (quando da publicação
da Resolução ANP Nº 5/2014), já contemplavam muitos
dos requisitos exigidos pelo SGSO. Assim, as diretrizes de
SMS existentes na área do Refi no (Industrial) da Petrobras,
de certa forma, já abordavam muitas das práticas de gestão
de segurança operacional estabelecidas pelo SGSO. O que
foi feito, a partir da Resolução Nº. 5/2014 da ANP, foram o
ajuste e o alinhamento das diretrizes existentes de SMS da
Petrobras aos requisitos mandatórios do SGSO. Nesse alinhamento,
uma mudança signifi cativa foi a revisão das Análises
de Risco das unidades, que passaram por um processo
de padronização e geraram uma demanda por adequação de
procedimentos operacionais”, diz Bulgarelli, que acrescenta
que, do ponto de vista de disseminação do sistema de gestão
da segurança operacional estipulado pela ANP para a força
de trabalho das Refi narias de Petróleo da Petrobras, foram
efetuadas diversas palestras com as pessoas envolvidas, de
forma a apresentar as características e os objetivos do SGSO.
Para os trabalhadores das áreas operacionais, as Análises de
Risco foram apresentadas e aprofundadas por meio do plano
de Treinamento no Local de Trabalho (TLT).
Essas análises de risco também identifi caram quais são
os instrumentos críticos que precisam ter um maior controle
no cumprimento dos planos de manutenção preventiva. Esse
processo de revisão das análises de risco contribuiu para o
mapeamento dos elementos críticos da segurança operacional.
Todos os procedimentos ou equipamentos que foram
identifi cados nas Análises de Risco como uma “camada de
proteção”, sob o ponto de vista de segurança, são agora classifi
cados como “críticos” para a Segurança Operacional.
Os cenários de risco que foram padronizados, segundo
a metodologia corporativa das Refi narias, foram levados ao
conhecimento dos operadores. Para consolidar estes conhecimentos,
além dos TLTs, foram também realizados simulados
práticos de procedimentos de operações campo. E, hoje, além
das auditorias realizadas pela ANP, a Petrobras está executando
um plano de auditorias internas, nas quais são avaliadas,
por uma equipe de especialistas em sistemas de gestão da
segurança, as diversas refi narias da empresa, com relação ao
alinhamento, atendimento e aderência das práticas de gestão
do SGSO determinadas pela ANP para instalações terrestres.
Sob o ponto de vista dos ganhos obtidos na implantação
do SGSO de uma maneira organizada, padronizada e
sistematizada, podem ser destacados a operação com índices
ainda maiores de segurança, o maior conhecimento dos
riscos inerentes às atividades executadas nas Refi narias da
Petrobras, o melhor conhecimento das medidas de controle
e proteção existentes, bem como o entendimento do papel
de cada um na implantação dessas medidas de controle.
Para Bulgarelli, o principal ganho observado na fase de
implantação do SGSO foi a constatação do acerto no estabelecimento
de práticas padronizadas, na integração dos sistemas
de gestão e controle e no envolvimento das pessoas que trabalham com os processos-fi m nas refi narias da Petrobras.
Adicionalmente, a realização de auditorias internas, com foco
na verifi cação de aderência, e a construção de um plano de
comunicação baseado no dia-a-dia, com desdobramento para
todos os líderes, permitiram que as informações chegassem de
forma clara a todas as áreas do Refi no (Industrial). “A comunicação
foi fundamental, já que permitiu que cada empregado
das refi narias da Petrobras pudesse entender de forma clara o
seu papel e as suas responsabilidades frente ao SGSO”.
Mas, no que diz respeito à segurança envolvendo as instalações
elétricas e de instrumentação em atmosferas explosivas,
pode ser verifi cado que muitas empresas ainda estão preocupadas
somente com a certifi cação dos equipamentos elétricos e
eletrônicos instalados em áreas classifi cadas. Há ainda empresas
no Brasil que processam, armazenam ou transportam produtos
infl amáveis ou combustíveis que sequer possuem documentação
de classifi cação de áreas, demonstrando um grande
desconhecimento dos requisitos legais e normativos existentes
no Brasil, tais como a Norma Regulamentadora NR-10 e as
Normas Técnicas das Séries ABNT NBR IEC 60079 (Atmosferas
explosivas) e ABNT NBR ISO/IEC 80079 (Equipamentos
mecânicos “Ex”). Neste aspecto, deve ser ressaltado que a
atual legislação brasileira sobre certifi cação de conformidade
para atmosferas explosivas, datada de 2010 (Portaria Inmetro
0179/2010), aborda apenas os requisitos de certifi cação de
equipamentos elétricos para atmosferas explosivas contendo
gases infl amáveis e poeiras combustíveis.
Ainda não foram incorporados à legislação brasileira,
pelo Ministério do Trabalho, pela ANP ou pelo Inmetro, os
requisitos de segurança sob o atual e necessário ponto de
vista de segurança operacional ao longo do ciclo total de
vida das instalações “Ex”, incluindo a
certifi cação das competências pessoais
e das empresas de prestação de serviços
“Ex” (incluindo classifi cação de áreas,
projeto, montagem, instalação, inspeção,
manutenção, reparos e recuperação
de equipamentos e instalações em atmosferas
explosivas).
Marco Regulatório para Atmosferas
Explosivas
Não há que se enganar: para garantir
a segurança das instalações elétricas em
atmosferas explosivas, bem como dos
trabalhadores envolvidos nas indústrias
das áreas de óleo & gás, petroquímica,
sucroalcooleira, farmacêutica, de grãos
e de outras áreas, é necessário que haja
uma abordagem ao longo do ciclo total
de vida das instalações “Ex”. Esta abordagem
do ciclo total de vida constitui a
base para os sistemas internacionais de
certifi cação do IECEx – Sistema Internacional de Avaliação da Conformidade da IEC para Atmosferas
Explosivas.
A Organização das Nações Unidas – ONU tem trabalhado
em estreita cooperação com a IEC e com IECEx, de forma
a desenvolver um modelo de legislação comum na área de
equipamentos e instalações em ambientes com áreas classifi
cadas. Em função desta cooperação, a ONU tem apoiado
e incentivado a aplicação dos requisitos de certifi cação de
competências pessoais, ofi cinas de serviços de reparos e de
equipamentos “Ex” do IECEx na legislação de cada país. E,
de acordo com a ONU, os programas de certifi cação “Ex”
do IECEx devem ser utilizados para o alinhamento de regulamentos
nacionais existentes nos diversos países com as
melhores práticas internacionalmente harmonizadas sobre o
assunto “Ex”. Isso signifi ca que qualquer dos países membros
que ainda não possuam programas de legislação no setor
de atmosferas explosivas pode utilizar o modelo elaborado e
proposto pela ONU, como base para a sua legislação local.
Em países que já possuam tais programas, estes podem considerar
a convergência gradual dos modelos existentes para o
novo modelo internacional proposto. Uma vez que o modelo
comum tiver sido adotado na legislação nacional dos diversos
países membros, o setor passará a operar sob um regulamento
comum unifi cado em todos os países participantes.
E há um destaque para o fato de que a existência de
diferentes requisitos legais em diferentes países pode, por
si só, representar um risco, uma vez que trabalhadores que
se deslocam de um local para outro podem possuir familiaridade
insufi ciente com os requisitos locais de segurança.
Segundo a ONU, a simples existência de diferentes regulamentos
sobre atmosferas explosivas em diferentes países
já constitui uma situação de risco a ser
equacionada.
Então, de forma a fornecer a base
para uma harmonização desse assunto,
foi elaborado pela ONU, em 2011, juntamente
com o IECEx, um documento
intitulado “Marco Regulatório Comum
para Equipamentos Utilizados em Ambientes
de Atmosferas Explosivas”, documento
baseado na abordagem do “ciclo
total de vida” das instalações, o que
requer a execução correta de diversas
atividades envolvidas, incluindo projeto,
classifi cação de área, seleção, instalação,
inspeção, manutenção e reparos
dos equipamentos “Ex”. E, do ponto de
vista normativo e legal, o Brasil, por
meio do Inmetro, da ABNT e de outros
segmentos da sociedade, está devidamente
alinhado e atuante na aplicação
das recomendações da ONU e do IECEx
sobre certifi cação em atmosferas
explosivas. |
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Requisitos SGSO da ANP para instalações marítimas
Anteriormente ao Regulamento ANP 05/2014, que estabeleceu
os requisitos para o SGGO nas Refi narias de Petróleo,
foi publicado pela ANP, em 2007, o Regulamento Técnico
do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
(SGSO) das instalações marítimas de perfuração e produção
de petróleo e gás natural, que incluem as Unidades Marítimas
de Perfuração, Unidades Marítimas de Produção e Unidades
Marítimas de Produção e Armazenagem (FPSO).
O objetivo daquele Regulamento foi estabelecer requisitos
e diretrizes para implementação e operação de um Sistema
de Gerenciamento da Segurança Operacional, visando
à segurança operacional das instalações marítimas de perfuração
e produção de petróleo e gás natural, com o objetivo
de proteger a vida humana e o meio ambiente, por meio da
adoção de 17 práticas de gestão, divididas em 3 grupos:
Práticas de Gestão relativas à Liderança, Pessoal e Gestão:
a) Prática de Gestão nº 1: Cultura de Segurança, Compromisso
e Responsabilidade Gerencial;
b) Prática de Gestão nº 2: Envolvimento do Pessoal;
c) Prática de Gestão nº 3: Qualifi cação, Treinamento e Desempenho
do Pessoal;
d) Prática de Gestão nº 4: Ambiente de Trabalho e Fatores
Humanos;
e) Prática de Gestão nº 5: Seleção, Controle e Gerenciamento
de Contratadas;
f) Prática de Gestão nº 6: Monitoramento e Melhoria Contínua
do Desempenho;
g) Prática de Gestão nº 7: Auditorias;
h) Prática de Gestão nº 8: Gestão da Informação e da Documentação;
e
i) Prática de Gestão nº 9: Investigação de Incidentes.
Práticas de Gestão relativas a Instalações e Tecnologia:
a) Prática de Gestão nº 10: Projeto, Construção, Instalação
e Desativação;
b) Prática de Gestão nº 11: Elementos Críticos de Segurança
Operacional;
c) Prática de Gestão nº 12: Identifi cação e Análise de Riscos;
d) Prática de Gestão nº 13: Integridade Mecânica; e
e) Prática de Gestão nº 14: Planejamento e Gerenciamento
de Grandes Emergências.
Práticas de Gestão relativas a Práticas Operacionais:
a) Prática de Gestão nº 15: Procedimentos Operacionais;
b) Prática de Gestão nº 16: Gerenciamento de Mudanças; e
c) Prática de Gestão nº 17: Práticas de Trabalho Seguro e
Procedimentos de Controle em Atividades Especiais.
Após o início das operações de uma instalação marítima
da indústria de petróleo, a ANP verifi ca, em auditorias a bordo,
a implementação das 17 práticas de gestão da segurança
obrigatórias nas instalações de perfuração, produção, armazenamento
e transferência. Essas práticas incluem, entre outros itens, aspectos referentes a gerenciamento da instalação;
treinamento de pessoal; integridade mecânica; identifi cação
de perigos e análise de risco; gestão de mudanças; seleção de
contratadas; práticas de trabalho seguro; operações simultâneas.
E a prioridade para execução das auditorias é defi nida
pela ANP a partir de parâmetros associados ao risco, tais
como, complexidade da planta de processo; lâmina d’água;
idade da instalação; histórico de incidentes, bem como resultados
verifi cados em inspeções e auditorias anteriores. Se a
ANP identifi car desvios dos sistemas de gestão de segurança
operacional, as empresas petroleiras e as empresas de perfuração
são, por contrato, obrigadas a solucionar as não-conformidades
constatadas, nos prazos estabelecidos pela ANP.
Ranking
Como curiosidade, uma revista americana especializada
elabora anualmente um ranking de empresas mais seguras
e, no último levantamento na área de energia e utilities, as
vinte primeiras são: |
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Cibersegurança
Novos conceitos operacionais e econômicos e tecnologias
digitais – que trazem a potência do ciberespaço para
trabalhar a favor do volume de dados que o setor gera – vem
expondo o setor de óleo e gás a novas ameaças. A DNV GL
identifi cou as maiores ameaças à segurança cibernética para
indústria de petróleo e gás. Segundo a empresa, os ataques
cibernéticos cresceram em estatura e sofi sticação, tornandoos
mais difíceis de detectar e defender, e custando enormes
somas de dinheiro para se recuperar. |
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“E é algo de que não se está totalmente livre, já que a
automação permite elevar os níveis de continuidade e de
controle global do processo com maior efi ciência, aproximar
ao máximo a produção real à capacidade nominal da planta, ao reduzir ao mínimo possível as horas paradas. E,
quanto mais informação, melhor uma planta pode ser operada
e, assim, mais produtos podem gerar mais lucratividade.
A informação digital e os sistemas verdadeiramente
abertos permitem que se coletem informações
dos mais diversos tipos e fi nalidades de uma
planta, de uma forma interoperável e como
ninguém jamais imaginou, e transformar
preciosos bits e bytes em um relacionamento
lucrativo, e obter também um ganho
qualitativo do sistema como um todo. Tudo
isso integrado aos negócios. Mas, com o ciber-
risco”, lembra Mario Sergio Corcioli,
consultor sênior em automação, com 40 anos
de atuação na Petrobras. |
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Foi justamente através desse blog que surgiu o primeiro estágio no setor, nove anos atrás, quando ainda estava concluindo a graduação em Tecnologia em Petróleo e Gás.
A possibilidade de uma remuneração acima da média do mercado pesou na escolha dessa carreira – assim como trabalhar em uma atividade desafi ante e muito intensiva em tecnologia e conhecimento. Atualmente Victor tem 28 anos e está concluindo a graduação em Engenharia de Produção. Sua aposta é que a energia solar – devido à abundância da fonte, facilidade de instalação, redução dos custos e avanço das tecnologias de armazenamento – tenha potencial para deslocar o petróleo do primeiro lugar na matriz energética global. E que os serviços on demand e tecnologias de colaboração em ambientes virtuais reinventarão a mobilidade, a logística e a demanda por energia. Por outro lado, a realidade virtual e aumentada tem portas abertas nas tarefas de exploração e a produção de petróleo e gás. Victor lembra que as empresas de petróleo já compreenderam a necessidade de novas fontes – prova disso são os investimentos realizados em energias alternativas. “As empresas produtoras de petróleo continuarão sendo protagonistas nessa área de energia, comprando ou atuando em parceria com empresas menores, mais enxutas e ágeis que já tem atuado nesse segmento”.
Na sua análise, áreas que possuem alta intensidade de tecnologia e conhecimento, como automobilística, aviação e construção, podem se aproveitar do conhecimento construído na indústria do petróleo – de alguma forma, elas acabam se conectando. E é sempre importante manter o radar para outras áreas, pois os conhecimentos se complementam. “A pessoa que trabalha numa área técnica por exemplo, pode ser muito útil se for para a área fi nanceira por exemplo. Ele trará sua bagagem e perspectiva que talvez uma pessoa que sempre trabalhou nessa área não perceberá”.
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