Resumo
Os grandes volumes de hidrocarbonetos nas áreas do pólo
pré-sal da Bacia de Santos (PPSBS) foram sucessivamente
confirmados pelos resultados de poços exploratórios e de produção,
fato que incentivou a Petrobras e seus parceiros a escolherem
uma estratégia de desenvolvimento acelerada. Estas
áreas em águas ultra-profundas utilizam unidades flutuantes
do tipo Floating Production Storage Offloading (FPSO).
Os FPSOs foram escolhidos, principalmente devido à capacidade
de acomodar planta de grande capacidade em seu
convés, e devido ao grande volume de armazenamento de
petróleo bruto, não exigindo a construção de oleodutos e terminais.
Os FPSOs são equipados com instalações projetadas
para receber os fluidos produzidos e processá-los, obtendo as
correntes de óleo estabilizado, água tratada e gás a ser exportado
e injetado em reservatório.
Até a data de publicação deste trabalho, 10 FPSOs se encontram
em operação no polo pré-sal da Bacia de Santos e
mais 10 FPSOs encontram-se em fabricação, totalizando 20
FPSOs. A produção continua a crescer a elevada taxa, conforme
os poços e as unidades de produção continuam a ser
colocadas em operação.
A estratégia de desenvolvimento acelerado resultou em
recorde mundial em tempo de implantação de projetos e
crescimento da produção. A aplicação do conceito de padronização
foi importante para este marco. Para os FPSOs em
operação ou em fabricação para o PPSBS foram requeridos
77 turbo-geradores, 208 compressores, 33 turbinas para a atuação
de compressores, 17 unidades de remoção de CO2 por
membranas, 20 sistemas de desidratação do gás por peneiras
moleculares, 16 unidades de remoção de sulfato da água do
mar, 20 unidades de separação e tratamento de óleo e de água
produzida, entre muitos outros equipamentos. Os equipamentos
são agrupados em módulos de acordo com a similaridade
de função. Até o momento foram contabilizados 329 módulos
construídos ou em construção para os FPSOs do PPSBS. |