Resumo
Investimentos de grande soma têm sido feitos no polo Pré-Sal da Bacia de Santos, visando o desenvolvimento dos seus campos e aumento da produção de óleo. Com isso, há expectativa de que a produção de gás natural (GN) dobre até 2030. Esse GN pode ser reinjetado, com o objetivo de aumentar a recuperação de óleo dos campos, ou escoado para terra, por gasodutos. Essa última alternativa depende da expansão da malha de gasodutos, ou seja, mais investimento, mas abriria oportunidades para redução do déficit nacional do mercado de GNL e exploração dos mercados mundiais de C3, C4 e GLP, contribuindo para o desenvolvendo da economia brasileira. O principal objetivo do estudo é fornecer subsídios para definir-se a melhor estratégia de utilização do GN produzido no Pré-Sal. São estudadas as cadeias produtivas desses produtos e apresentadas unidades de processamento e seus custos típicos. A seguir é apresentado o mercado nacional e internacional de GNL, GLP, C3 e C4. O comércio exterior brasileiro foi estudado através das ferramentas Radar Comercial e ALICE Web. Evidenciaram-se a complexidade e o dinamismo do mercado de GNL, C3, C4 e GLP. A análise dos dados de comércio exterior indica que o mercado de GNL é muito maior (em volume e valores, a nível nacional e internacional) que o de GLP, C3 e C4 e que os maiores consumidores desses produtos pertencem à região Ásia-Pacífico, com destaque para o Japão, Coréia e China. O Radar Comercial indica que a prioridade deve ser dada a projetos de de C3 e C4. Projetos de GLP não seriam tão oportunos para o Brasil. Com isso, investir em URLs e UFLs pode ser mais interessante do que em UPGNs..Além disso, haveria maior disponibilização de gás natural no Brasil, reduzindo o déficit da balança comercial de GNL, hoje importado para complementar o suprimento de gás natural ao mercado nacional. |