Entre os projetos de pesquisa e desenvolvimento classi-
fi cados pela Petrobras como visão futuro está uma unidade
submarina que irá remover o sulfato da água do mar para
reinjeção. No campo de Albacora, na Bacia de Campos, a
companhia já tem instalados dois equipamentos de injeção
de água bruta – e ainda este ano pretende colocar em operação um terceiro equipamento no campo. O desafi o agora é
remover, no fundo do mar, os elementos químicos que podem
causar problemas nos reservatório, como a geração de
ácido sulfúrico.
Pelo menos uma tecnologia, da National Oilwell Varco, já
está disponível para esse tipo de aplicação. Tradicionalmente o
tratamento de água do mar é feito no topside. No entanto, ambientes
mais profundos difi cultam e encarecem o transporte da
água até o reservatório. No pré-sal, o uso da tecnologia deverá
reduzir o gasto com injeção em vários poços distantes.
O Centro de Pesquisas da GE no Brasil tem uma linha
de investigação para levar a estrutura de tratamento da água
para águas ultraprofundas. O subsea water treatment será
capaz de suportar as altas pressões e baixas temperaturas
de lâminas d’água de até 3 mil metros e oferecer diferentes
níveis de qualidade da água. O projeto está atualmente em
fase de estudo de viabilidade, com análise de materiais que
se adaptem as condições de pressão e temperatura do ambiente,
componentes que suportem corrosão e novas membranas
para efetuar o tratamento. |
Medidor de vazão
monofásico
submarino
A Siemens promete melhorar
a confi abilidade da medição com
o medidor de vazão submarino
monofásico. A qualifi cação, desenvolvimento
e fabricação foram
realizadas pela Siemens Matre
– divisão responsável por equipamentos
submarinos – sendo parte
do escopo o desenvolvimento de
uma confi guração personalizada,
realização de terminações e conexões
elétricas, execução de testes
hiperbáricos e teste “water loop
fl ow”. Os cálculos de vazão são
baseados em pressão diferencial
(dP-pressure), utilizando a tecnologia
V-cone ou Venturi, pressão
de linha e temperatura de processamento.
O arranjo tradicional – em que
um computador no topside é conectado
através de cabos elétricos
submarinos até um arranjo no leito
do mar – pode apresentar desvios,
uma vez que os sensores de
pressão e temperatura não fazem
parte da mesma unidade, gerando
pontos distintos de aquisição de
dados que serão utilizados para o
cálculo da vazão. O novo medidor
de vazão irá prover aquisições
de dados numa mesma unidade
submarina, tendo como “output”
pressão absoluta, pressão de linha
e pressão diferencial, e poderá se
autocalibrar. Ainda é parte desse
conceito a tecnologia que proporciona
resistência contra formação
de hidrato e não obstrução dos
elementos sensores. |
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