Edição 361 • 2015 |
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Programa de gerenciamento de riscos: comparação entre normas brasileiras |
Thaiane A. Duarte
Consultora em Análise e Gerenciamento de Riscos
DNV GL
Patrícia F. Nascimento
Consultora em Análise de Riscos: industriais,
operacionais e fi nanceiros - Desenbahia |
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Resumo
O objetivo deste artigo é comparar os modelos para programas
de gerenciamento de riscos associados a atividades
industriais, conforme apresentados em normas brasileiras
formalizadas pelos órgãos ambientais de São Paulo, Rio
Grande do Sul e Bahia, provocando uma discussão para
sugerir uma possível padronização nacional de um modelo
único. Ainda que a criação de normas brasileiras para gestão
de riscos das instalações que, por sua natureza, oferecem
possibilidade de provocar acidente, represente um avanço
do tema em todo o Brasil, a questão de regulamentação
normativa está longe de ter se esgotada, e apresenta, ainda,
oportunidades de melhorias, assim como ajustes e revisões
que se mostrem pertinentes. A importância em se discutir
uma possível padronização nacional, no que tange aos Elementos
do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)
se torna cada vez mais premente, tanto para trazer ganhos
na fi scalização sobre o cumprimento das normas, pois uma
possível padronização do PGR permitirá que os estados troquem
conhecimento e comparem situações, otimizando a
tomada de decisão dos órgãos reguladores e das empresas
no gerenciamento de seus riscos, quanto no tocante às empresas
que possuem unidades fabris em estados diferentes
trazendo ao gerenciamento de risco o desafi o adicional de se
manterem aderente, ao mesmo tempo, às diferentes normas
vigentes que tratam do mesmo tema. |
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A importância dos detalhes na especificação dos Sistemas Instrumentados de Segurança |
Fabrizio Bongiorno
Consultor Técnico de Sistemas Críticos e de Segurança na Schneider-Electric |
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Os Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS) compõem
uma pequena parte do “Process Safety Management”,
mas a rigor não existe uma menor infl uencia, pois
uma das principais características dos sistemas de prevenção de acidentes é ser o mais abrangente possível, portanto
os detalhes fazem a diferença. Os sistemas da área de
instrumentação, controle e SIS são fl exíveis e raramente
possuem um custo superior a 5% do equipamento ou planta
onde é aplicado.
O processo de prevenção sempre se inicia no reconhecimento
do risco, que consiste em identifi car com os métodos
conhecidos ( What’s IF, FMEA, Hazop, entre outros), implementar
modifi cações no projeto e procedimentos para reduzir
a chance acidente e fi nalmente a implementação do SIS, se
necessário.
Todas as ações no projeto antes das definições do
SIS são focadas em aumentar segurança com o mínimo
impacto operacional/produtivo, ações como redimensionamento
de equipamentos, alterações de processos, alteração
de matérias primas entre outros. Implementar um
SIS indica que as demais ações não foram técnica ou comercialmente
viáveis.
A conscientização que o Sistema Instrumentado de Segurança
é um sistema que torna viável técnica e economicamente
a existência de uma planta é um passo vital para que seja
dada a devida importância do sistema no projeto. |
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Aplicação do RBI na indústria petroquímica |
Camila P. Pena, Gabriela Silva, Fernanda M. A. Monteiro
ISQ Brasil |
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Resumo
A metodologia de Inspeção Baseada em Risco, RBI, tem
como principal objetivo é manter elevados índices de confi abilidade,
disponibilidade e segurança nas instalações industriais.
Seus resultados são base para a implementação de sistemas de
gestão da integridade, particularmente nos setores de refi no e
petroquímico. Os princípios de inspeção, mitigação e monitoramento
são base para um RBI focado na manutenção da integridade
dos equipamentos sob pressão que minimiza os riscos
de perda de contenção devido aos mecanismos de degradação.
Baseada nas normas API 580 e API 581, a metodologia RBI
vem sendo largamente utilizada na defi nição de planos de inspeção
para plantas de refi no, como uma ferramenta efi caz no
processo de gestão da integridade de equipamentos industriais.
Com o objetivo de demonstrar o potencial do RBI na gestão
da integridade, são apresentados os resultados da aplicação da
metodologia numa unidade de processo de uma planta petroquímica
de insumos básicos. São descritos os mecanismos de
dano presentes, o risco de falha atual e futuro e o planejamento
de inspeção adequado para minimizar o risco de falha nos
equipamentos e tubulações da planta. Como resultado, pode-se
constatar que existe uma efetiva diminuição do nível de risco
da unidade após a realização das ações de inspeção propostas.
Na data do cálculo do RBI, 45% dos componentes estavam na
região de risco elevado e esse percentual poderia subir para
69% caso nada fosse feito; ao realizar as inspeções propostas,
ele caiu para 15%. Assim, o RBI levou a uma redução do risco
de falha global da unidade pela análise dos mecanismos de
dano que direcionou as inspeções, tornando-as efi cazes e efetivas
para promover a redução no risco. |
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Contribuições da segurança funcional no projeto de sistemas offshore e navais seguros e confiáveis |
Alexandre Orth
Engenheiro de Controle e Automação – Bosch Rexroth
Gérard Swagten
Engenheiro Mecânico – Bosch Rexroth
Rogério de Oliveira e Silva
MBA, Engenheiro Mecânico – Bosch Rexroth
Makoto Yokoyama
Engenheiro Mecânico – Bosch Rexroth |
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Resumo
As normas para segurança funcional (tais como IEC
61508 e ISO 13849) abriram uma nova era no projeto de
máquinas, onde a segurança do sistema de controle agora é
avaliada de acordo com a sua confi abilidade. Isto leva a uma
abordagem totalmente nova que enfoca o projeto de funções
de segurança, que agora está sendo aplicada a muitos setores
da indústria, incluindo offshore e naval. Este trabalho explica
os princípios básicos da segurança funcional, sua relação com
outras regulamentações e normas específi cas de aplicação e
como o sistema de controle relacionado à segurança pode ser
projetado com efi ciência. Finalmente, três exemplos demonstram
as contribuições da segurança funcional para aprimorar
a segurança e confi abilidade dos sistemas offshore e navais. |
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Novas tecnologias aumentam a segurança operacional |
Rafael Barros
M.Sc. – Consultor de Indústria/O&G
Emerson |
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Resumo
Muitos processos industriais são inerentemente perigosos.
No caso de um mau funcionamento de um equipamento ou
de um erro humano de procedimento, um evento catastrófi co
pode ocorrer. Dessa forma, novos produtos e tecnologias de
segurança têm auxiliado na prevenção e mitigação dos efeitos
de acidentes na indústria. Tal artigo irá avaliar os aspectos
atuais de segurança das instalações operacionais, bem como
apresentará alguns casos de sucesso na aplicação de novas
tecnologias para seu suporte. |
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Proposição de premissas para a realização de análises de riscos de forma eficaz e com adequado custo benefício |
Jéssica Silva Lima
Consultora em Análise e Gerenciamento de Risco
DNV GL
Antônio Carlos da Silva Petersen
Engenheiro Químico, Consultor Sênior em Análise
e Gerenciamento de Risco – DNV GL |
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Resumo
O risco é uma condição inerente à atividade industrial
pois implica no manuseio, processamento, transporte ou
armazenamento de substâncias perigosas (líquidos e gases
tóxicos, infl amáveis, explosivos e/ou reativos), o que torna
necessária a gestão efi caz dos riscos envolvidos nesta
atividade. Apesar da implementação de um Sistema de Gerenciamento
de Risco nas principais indústrias químicas e
petroquímicas, mantê-lo funcionando de forma sistêmica,
efi caz e com adequado custo-benefício continua sendo um
grande desafi o. Esse artigo tem como objetivo, primeiramente,
apresentar um breve resumo de algumas das principais
técnicas de análise de risco - Hazard and Operability
Studies (Hazop), Layers of Protection Analysis (Lopa),
Análise de Vulnerabilidade (AV) e Análise Quantitativa de
Riscos (AQR) - com foco em seus benefícios e limites, assim
como sugerir interfaces entre estas técnicas e recortes
relevantes nas mesmas. Com a crescente utilização das diversas
técnicas de análise de riscos, ainda persistem muitas
dúvidas com relação à abrangência dessas e sequenciamento
adequado para a aplicação de cada uma delas. Portanto,
uma análise crítica a esse respeito, e a proposição de um
sequenciamento tecnicamente bem fundamentado é importante
para uma utilização racional dessas técnicas, e, consequente
direcionamento dos investimentos em Segurança de
Processo para os casos de maior relevância. |
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