Edição 360 • 2015 |
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Modificações no processo produtivo da Replan como
forma de atender à redução de demanda por gasolina:
uma consequência da penetração de veículos
elétricos na frota brasileira de automóveis em 2035 |
Fernanda P. D.C. Guedes, Alexandre Szklo
Programa de Planejamento Energético - Coppe/UFRJ |
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Resumo
Nos últimos anos tem havido uma busca por alternativas
aos motores de combustão interna, devido às emissões de poluentes atmosféricos causadas pelos mesmos e aos altos preços
do petróleo. Dentro deste cenário o acionamento elétrico se torna uma interessante opção, pois além de reduzir a dependência
por petróleo, possui elevada e fi ciência e causa menores emissões. Porém, há barreiras a serem suplantadas para que sua disseminação possa ocorrer, como, por exemplo, o alto custo das
baterias. Assumindo-se que até 2035 tais barreiras sejam superadas e que se consiga introduzir a tecnologia elétrica na frota de automóveis brasileira, importantes consequências serão
geradas em diversos setores ligados a fabricação, manutenção
e consumo dos automóveis, sendo um deles o setor de re fi no,
como consequência da redução da demanda por gasolina. Sendo assim, este estudo analisou as possíveis mudanças no processo produtivo da Re fi naria de Paulínia - Replan, tendo como
foco as unidades de Fluid Catalytic Cracking - FCC, para que
se possa lidar com uma redução da demanda por gasolina. As
mudanças em questão objetivam a maximização da produção
de diesel e/ou propeno, porquanto, a introdução da nova tecnologia se dará, sobretudo, em automóveis, não impactando assim
a demanda por diesel, nem tampouco a demanda por propeno
que estará associada ao crescimento econômico brasileiro. |
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Vantagens do Pervasive Sensing |
Deanna Johnson
Marketing Manager Global Solutions – Emerson
Process Management |
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Houve uma época em que dispositivos sensores eram empregados apenas esporadicamente. Seus custos de instalação e
conservação eram elevados e as empresas somente os utilizavam
quando absolutamente necessário. No entanto, a antiga frase que
dizia “conhecimento é poder” ainda se aplica, e quanto mais você
sabe a respeito de suas instalações, melhor será o seu controle sobre elas. Quanto menor a ocorrência de “imprevistos” menores
serão seus custos. O presente artigo deverá abordar a proposta do
Pervasive Sensing e expor seu funcionamento e aplicações, além
de apresentar alguns exemplos de utilização real.
O conceito de Pervasive Sensing pode ser resumido como
o uso de sensores para coleta de informações em todos os
pontos de uma instalação que podem comprometer a continuidade das operações. Baseia-se em grande medida a crescente disponibilidade de sensores de baixo custo – muitos dos
quais com a tecnologia wireless. Na medida em que conquista maior aceitação no campo industrial, o Pervasive Sensing
pode ser encontrado em outras aplicações, algumas das quais
presentes em nossas atividades diárias |
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Impactos recentes da política
de controle indireto dos preços
de gasolina, diesel e GLP na
Petrobras |
Oliveira, Patrícia V., Almeida, Edmar F.
Instituto de Economia – UFRJ |
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Resumo
A abertura do mercado brasileiro culminou com a liberalização dos preços de derivados de petróleo no início dos anos
2000. No entanto, na prática, o governo tem infl uenciado indiretamente os preços da gasolina, diesel e GLP através da Petrobras
acarretando grandes perdas à estatal, por conta do diferencial de
preços do mercado interno em relação ao internacional.
Os resultados mostram um desalinhamento dos preços
interno dos derivados em relação aos preços de referência internacional e aos preços efetivamente pagos com as importa-
ções. Os preços externos estão em patamares superiores e, no
caso do GLP, os preços pagos com importação são ainda mais
elevados que os de referência. As perdas da Petrobras dizem
respeito à recente necessidade de importação para atender a
demanda interna e às receitas de vendas desses derivados aos
preços domésticos. Os resultados negativos desse diferencial
são calculados a partir dos preços reais de importação, para
o primeiro caso e, no segundo caso, com base nos preços de
referência internacional. Os valores que a empresa deixa de
receber pela defasagem pode explicar grande parte da deterioração fi nanceira da empresa desde 2011. |
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Gerenciamento do enxofre no
parque de refino de petróleo
brasileiro: 2009 – 2014 |
Rafael Pinotti
Engenheiro de Processamento
Petrobras – Tecnologia de Re fi no –
Planejamento do Refino
Glenda Rangel Rodrigues
Engenheira de Processamento
Petrobras – Tecnologia de Re fi no –
Tecnologia de Utilidades |
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Resumo
O enxofre é o terceiro elemento mais abundante em massa
no petróleo e o seu teor pode variar até duas ordens de magnitude considerando os petróleos processados atualmente nas
re fi narias da Petrobras. Com a evolução das normas ambientais referentes à qualidade de combustíveis e às emissões em
re fi narias, a área de Re fi no da Petrobras tem investido na instalação de unidades de hidrotratamento e do bloco de enxofre.
Esse artigo descreve como o enxofre é ligado ao petróleo, os
problemas ambientais relacionados à emissão de SOx, e os
processos de hidrotratamento e de recuperação de enxofre,
além de apresentar a evolução do gerenciamento de enxofre
no parque de re fi no da Petrobras, através de balanços de massa de enxofre globais nos anos de 2009 e 2014. Finalmente,
o impacto da evolução do teor de enxofre nos combustíveis é
analisado sob as óticas ambiental e econômica, uma questão
complexa que envolve, entre outros fatores, a formação de
material particulado, geografi a, investimento em novas unidades e produção secundária de CO2. |
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Pirólise de resíduos de petróleo
processado e puro com
catalisador AlSBA-15 |
Regineide O. Lima, Cícero S. Lima, Aruzza M. de M. Araújo,
Juracir Diniz, Antonio S. Araujo Valter José Fernandes Júnior
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN |
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Resumo
Um dos grandes problemas encontrados atualmente na indústria de petróleo é o gerenciamento (acondicionamento, armazenamento, transporte e destino) de resíduos. Esse tem se tornado um
assunto de grande importância no contexto nacional e internacional. Existem diferentes exemplos que podem ser citados com o
gerenciamento inadequado dos resíduos sólidos de Classe I, classifi cados como um dos mais perigosos. A pirólise é um processo
defi nido como a degradação de resíduos que ocorre pela ação da
temperatura, na presença de catalisadores e ausência de ar, promovendo assim, uma ruptura da estrutura molecular original de um
determinado composto pela ação catalítica em um ambiente com
pouco ou nenhum oxigênio. Investigações têm sido desenvolvidas
na área da pirólise devido ser uma técnica promissora, em virtude
da aplicação de materiais catalíticos, tendo em vista que os materiais mesoporosos têm se tornado promissores na indústria petrolífera, em virtude de suas características estruturais. Diante deste
contexto, o trabalho teve como objetivo sintetizar, caracterizar e
aplicar o AlSBA-15 na pirólise termocatalítica, como também
avaliar o processo de pirólise convencional. O material AlSBA-
15 foi sintetizado numa razão Si/Al=50 pelo método hidrotérmico.
Este material foi caracterizado através da análise de DRX, o qual
foi constatado os três principais picos característicos dos materiais
mesoporosos. A análise de adsorção/dessorção de nitrogênio deste
material foi realizada, a fi m de determinar os parâmetros texturais,
os quais foram peculiares aos materiais mesoporosos. As amostras de resíduos foram caracterizadas com a intenção de conhecer
algumas das propriedades como através das análises elementar e
dos compostos saturados, aromáticos, resinas e asfaltenos. Na decomposição termogravimétrica foi verifi cado eventos de perda de
massa. O sistema reacional da pirólise termocatalítica dos resíduos
foi montado para se testar à pirólise dos resíduos puros e com o AlSBA-15. Através da pirólise foi verifi cado um aumento nas faixas
das frações líquida e gasosa, obtendo assim hidrocarbonetos mais
desejados, sendo isto observado para os produtos obtidos a partir
da pirólise catalítica. |
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Testes em escala piloto de sistemas
de filtração em uma unidade de FCC
para redução de finos de catalisador
em óleo decantado |
Elisângela M. Penna (MSc.), Joana de A. Bessa, Marcelo S. Wolff
Cenpes/ Petrobras |
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Resumo
Uma unidade típica de FCC produz cerca de 10% a 15%
em massa de óleo decantado, com níveis de contaminação de
partículas de catalisador variando entre 1000 e 2000 ppm em
massa. A alta concentração de particulados limita sua aplicação como óleo combustível podendo provocar danos em
equipamentos de processo que entram em contato com este
produto, além de causar emissão de material particulado pela
chaminé de caldeiras e fornos. Apesar de algumas tecnologias de remoção de fi nos de catalisador em óleo decantado
já estarem disponíveis no mercado há pelo menos 20 anos e
sua utilização ser difundida entre as re fi narias do mundo, as
refinarias da Petrobras no Brasil têm utilizado predominantemente a decantação em tanques como meio de reduzir o teor
de partículas de catalisador. Em relação à tecnologia de fi ltração, a única experiência industrial da Petrobras com fi ltros
metálicos, até então, apresentou resultados negativos. Assim,
a Petrobras decidiu testar a tecnologia novamente, porém, em
escala piloto, avaliando a in fl uência das propriedades do óleo
decantado nacional no desempenho deste tipo de equipamento em uma unidade FCC da Petrobras. |
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