Uma visita ao maior evento de petróleo e gás da América Latina é a chance de antecipar as tendências e sentir a temperatura do setor.
Os números desta 17ª edição refl etem o clima de apreensão pela retração dos negócios em toda a cadeia – sob o lema “Novo cenário geopolítico: superando os desafios”, a Rio Oil & Gas reuniu 3,8 mil congressistas, que assistiram a cinco conferências plenárias, 18 painéis, dez sessões especiais, e quatro almoços-palestra. Nos quatro dias de evento 47 mil visitantes passaram pelos corredores do RioCentro, onde 1,3 mil empresas apresentavam seus produtos e serviços. Apenas três números são maiores do que a edição passada: a Rodada de Negócios promovida pela Onip em parceria com o Sebrae terminou com a expectativa de serem gerados R$ 164 milhões em negócios nos próximos 12 meses, 652 trabalhos foram apresentados nas seções técnicas e 3 mil estudantes, de 45 instituições de ensino, participaram do programa Profi ssional do Futuro.
As projeções apresentadas no congresso, no entanto, apontam que o país ainda está entre os mais atrativos para a cadeia do petróleo. O vice-presidente executivo da Shell, Mark Shuster, afi rmou que as reservas do pré-sal têm capacidade para elevar o Brasil no ranking dos maiores produtores de petróleo do mundo, enquanto a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, destacou o levantamento do BNDES – que projeta R$ 488 bilhões em investimentos na indústria de petróleo entre 2014 e 2017.
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, João Carlos de Luca, destacou entre os eventos importantes ocorridos durante a realização da Rio Oil & Gas o anúncio da 13ª Rodada de Licitações, o lançamento da Agenda Prioritária da Indústria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – documento que reúne as propostas do IBP para enfrentar os principais desafi os do setor – e o acordo fi rmado entre o IBP e o Instituto Francês de Petróleo para a especialização de executivos no Brasil. “Tivemos eventos importantes, cumprindo o papel do IBP de ser o fórum de discussão da indústria”.
Equipamentos desenvolvidos para plataformas do pré-sal são apresentados na exposição
A demanda tecnológica para extração de petróleo do pré-sal, que leva o desenvolvimento a novas fronteiras, foi a principal tendência observada entre as soluções apresentadas pelos 1300 expositores da Rio Oil & Gas. Os equipamentos que estão sendo instalados nas plataformas que a Petrobras programou para o pré-sal agora suportam pressões de 10.000 psi. Outra tendência registrada nesta edição do evento foram as soluções para gestão de ativos – que otimizam a performance de equipamentos e processos. |