Edição 353 - Revista Petro & Química

O SIS: é composto por sensor, elemento executor de lógica (podendo ser um PLC de segurança) e elemento final, com o objetivo de levar o processo a um estado seguro quando condições pré-determinadas forem violadas.

ISA 84.01- Foi desenvolvida, em 1996, pela ISA nos EUA e adotada por várias comunidades de segurança da indústria de processos, sendo a primeira norma a utilizar o conceito de Nível de Integridade de Segurança - SIL, o qual foi amplamente utilizado pela IEC 61508, publicada posteriormente. No Brasil não existem normas para aplicação de Sistemas Instrumentados de Segurança.

IEC 61508- A norma internacional IEC 61508 foi criada com o objetivo de atender mundialmente às necessidades de segurança, frente a uma crescente demanda de produtividade e tecnologia por parte de diversos segmentos industriais - embora a sua aplicação não seja obrigatória em muitos países, como é o caso do Brasil. A harmonização da IEC 61508 com as normas praticadas na Europa e EUA pelas comunidades de segurança dos setores de manufatura e processo, não ocorreu diretamente. Esta adequação respectivamente se dará com as normas IEC 61511 e IEC 62061.

Edição 357 • 2014

Mais 1 milhão de barris por dia

Excedente da cessão onerosa será explorado pela Petrobras em regime de partilha. Companhia economiza US$ 18 bilhões com contratação direta e governo antecipa receitas

O governo decidiu contratar a Petrobras para explorar o volume que exceder os 5 bilhões de barris de petróleo nos campos de Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi – que já haviam sido concedidos no processo de capi-
talização da companhia, em 2010. O volume, estimado entre 9,8 e 15,2 bilhões de barris, significará para a companhia uma produção adicional de 1 milhão de barris por dia e uma eco nomia de US$ 18 bilhões.

O cálculo considera o investimento de US$ 26 bilhões que seriam necessários para adquirir e explorar as áreas – tendo
por base o custo de US$ 2,66 por barril em 2013 multiplicado pelo potencial mínimo – descontando US$ 7 bilhões relativos ao bônus de assinatura e ao óleo lucro e US$ 1 bilhão necessário para perfurar poços e delimitar os reservatórios.

A Petrobras prevê também que as áreas exigirão dez novas
unidades de produção – o número exato de plataformas de-
penderá da produtividade dos poços. O desenvolvimento das áreas terá os mesmos índices de conteúdo local exigidos para a área de Libra.

Embora o início da produção do óleo excedente ocorra a partir de 2021, o pagamento de parte desse óleo deverá ser antecipado entre 2015 e 2018 – serão R$ 13 bilhões, calculados com base em um preço de US$ 105 para cada barril e câmbio em R$ 2,20. O bônus de R$ 2 bilhões deverá ser pago este ano, na assinatura contrato. O total de desembolsos se equipara ao bônus de assinatura da área de Libra, leiloada no ano passado. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, ressalta que somente o bônus de assinatura entra no caixa do Tesouro Nacional – os recursos referentes à antecipação dos ganhos com a exploração vão para o Fundo Social, criado pelo marco regulatório do pré-sal.

Os percentuais de excedente da União ficaram estipulados de 47,42% em Búzios, 48,53% em Entorno de Iara, 46,53% em Florim e 47,62% em Nordeste de Tupi. Os volumes adicionais estão estimados entre 6,5 bilhões e 10 bilhões de barris de óleo equivalente apenas para o campo de Búzios, de 2,5 milhões a 4 milhões de boe para o Entorno de Iara, entre 300 milhões e 500 milhões de boe em Florim, e de 500 milhões a 700 milhões de boe em Nordeste de Tupi.

A decisão foi tomada em reunião do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE – que contou com a participação da presidente Dilma Rousseff. A Petrobras terá o direito a explorar o volume excedente em regime de partilha da produção – mesmo sistema assinado no contrato de Libra, por meio do qual a União recebe parte do óleo lucro e o royalty incidente é de 15%.

As empresas privadas se mostraram incomodada com a falta de ofertas de novas áreas em rodadas de licitação realizadas pela Agência Nacional do Petróleo. Também o mercado financeiro recebeu mal o acordo, que aumenta a pressão sobre o plano de investimentos da companhia. “É um ótimo negócio para a Petrobras”, observa a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, destacando que as novas áreas terão sinergia como os campos originais
da cessão onerosa, reduzindo os custos com infraestrutura e sistemas submarinos.

A produção será individualizada por tipo de regime e por plataforma – no campo de Búzios (ex- Franco), por exemplo, a Petrobras terá cinco plataformas para produzir sob o regime da cessão onerosa, e outras plataformas para a produção do óleo excedente sob o regime de partilha.

A companhia já perfurou 17 poços e testou 12 nas áreas de Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi.

Mas o plano de desenvolvimento das áreas será concluído em 2015.

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