A produção de petróleo não convencional nos EUA – e também as reservas do pré-sal no Brasil – e o crescimento da demanda na Ásia estão mudando o mapa geopolítico mundial e pressionando o preço do petróleo no curto prazo. “Todas essas transformações indicam uma necessidade de adaptação das indústrias em todo o mundo”, avalia o chefe da Divisão da Indústria de Petróleo e Mercados da Agência Internacional de Energia, Antoine Halff.
Para o vice-presidente executivo da Shell, Mark Shuster, o pré-sal, com uma reserva estimada em 40 bilhões de barris, têm capacidade para elevar o Brasil ao topo do ranking dos maiores produtores de petróleo do mundo – mas para isso terá de buscar mais competitividade de seus fornecedores e avaliar a adequação dos critérios de conteúdo local. “Cerca de 30 % do custo total do projeto está relacionado à cadeia de suprimentos. Esta é uma grande oportunidade para fornecedores locais, mas precisamos de uma cadeia de suprimentos que forneça produtos e serviços de qualidade, com prazo e custo competitivo”. |