O mundo produziu 1 trilhão de barris de petróleo nos últimos 100 anos. O desafio agora e para os próximos 20 anos é saber onde encontrar o próximo trilhão e como continuar produzindo em poços com estágio avançado de exploração. Esta foi uma das questões levantadas no painel “Extensão da Vida Produtiva de Campos Maduros”.
De acordo com Michael Bittar, diretor sênior do Centro de Tecnologias Globais Halliburton, é preciso investir em tecnologias e planejamento para a exploração em campos maduros, que respondem por 70% da produção atual de petróleo. As empresas que exploram esses campos enfrentam desafios como produção excessiva de água e esgotamento da pressão. Dessa forma, diversos poços são abandonados antes do fim da extração. “As empresas precisam monitorar permanentemente os campos e planejar a otimização das estratégias de recuperação do óleo desde o início. Cada vez mais, os campos descobertos serão menores e com acesso mais difícil”, afirmou Michael.
O gerente geral de operações da Petrobras no Rio de Janeiro, Eberaldo de Almeida Neto, também defendeu que a melhor exploração depende do planejamento e comparou a produção de petróleo ao crescimento de uma pessoa. “A maturidade depende desde a sua concepção até a fase adulta, passando por controles de qualidade, confirmação das previsões de reservatórios, gerenciamento de integridades e um plano para sustentação do campo”, disse. Eberaldo também afirmou a necessidade de investimento em tecnologia para impulsionar a produção.
Fechando o painel, o vice-presidente de tecnologia da produção da Statoil, Jarle Bøe, apresentou um histórico de toda a exploração de Statfjord, na Noruega, que produziu o primeiro óleo em 1979. Bøe mostrou um exemplo de utilização do gás produzido para mover o óleo. Na época, ainda não havia infraestrutura para exportação do gás, substituído pela água alguns anos depois. O executivo encerrou o painel afirmando que a Statoil espera atingir um valor de recuperação de 70%, no fim da vida de Statfjord, e recomendou que as empresas acreditem em seus campos. “É preciso competência, entusiasmo, cooperação entre os setores, mensuração dos resultados e celebração das vitórias”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Rio Oil & Gas |