Brasil pode ser maior produtor de petróleo do mundo com o pré-sal

 
O vice-presidente executivo da Shell, Mark Shuster, afirmou que a descoberta do pré-sal pode elevar o Brasil à posição de maior produtor de petróleo do mundo e redesenhar a geopolítica mundial.

O executivo participou, na segunda-feira (15), da conferência que fechou o primeiro dia da Rio Oil & Gas. Na ocasião, foram discutidas as principais transformações no setor energético e suas consequências no planeta. Mediada pelo presidente do World Petroleum Council (WPC), József Tóth, a plenária contou ainda com a presença de Antoine Halff, da Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo Shuster, os 40 bilhões de barris previstos nas reservas do pré-sal têm potencial para lançar o Brasil ao topo da lista de produtores mundiais de petróleo. É necessário, contudo, que o governo e a indústria descubram o que deve ser feito para que o país usufrua dessa oportunidade de maneira mais eficiente. "A descoberta do pré-sal é, sem dúvida, um fator determinante e que mudou a regra do jogo [...] O governo e a indústria precisam, agora, estar alinhados para garantir um aproveitamento mais eficaz dessa riqueza", afirmou.

Esse aproveitamento mais eficaz, acredita Shuster, só será possível se o Brasil se tornar mais competitivo. Para isso, diz, é preciso, por exemplo, mudanças na regra de conteúdo local.

"O país tem que avaliar a capacidade total que será necessária para desenvolver 40 bilhões de barris de petróleo em 2030. É necessário pensar como essa política será gerida de modo a desenvolver a produção de maneira responsável e competitiva", disse. "Mudança nunca é fácil, mas o ideal é que se busque uma solução adequada", completou. De acordo com Shuster, a abertura de mercado no México e a revolução de gás de xisto nos Estados Unidos são outros fatores determinantes e também afetam a geopolítica mundial.

"Nossa indústria é global e envolve muitos atores. Vivemos em um ambiente de mercado livre, onde a competitividade é constante. Se não tomar as decisões corretas, o Brasil vai ser atropelado. Por isso, é fundamental que indústria e governo trabalhem juntos nesse momento".

Chefe da Divisão da Indústria de Petróleo e Mercados da AIE, Antoine Halff falou sobre o aumento da oferta de energia nos Estados Unidos – devido à revolução do gás de xisto – e a crescente demanda de energia na Ásia, principalmente na China. Segundo Halff, este cenário configura um dos principais desafios enfrentados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) desde a sua criação nos anos 60, pois pressiona o preço do petróleo num curto prazo.

"Todas essas transformações indicam uma necessidade de adaptação das indústrias em todo o mundo. A ideia que todo o mapa do petróleo está mudando indica uma nova fase. É um redesenho da geopolítica do petróleo no planeta", afirmou.

Ultimoinstante - 16/09/2014
 

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