Notícias 2017 - Revista Petro&Química
 

São Paulo, 29 de março de 2017

Déficit de produtos químicos sobe 1,7% no primeiro bimestre

 

As exportações de produtos químicos cresceram para US$ 2,1 bilhões nos dois primeiros meses do ano, um salto 14% em comparação com o primeiro bimestre do ano passado. Mas as importações nesse período somaram US$ 5,3 bilhões, uma elevação de 6,2% em relação ao mesmo período de 2016, elevando em 1,7% o déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos, para US$ 3,2 bilhões. Os dados foram informados pela Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim.

Especificamente no mês de fevereiro, as compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,57 bilhões, um decréscimo de 6,8% em relação ao mesmo mês no ano passado. Já as exportações atingiram praticamente US$ 1,0 bilhão, equivalentes a uma retração de 8,2% em igual comparação.

Puxada por forte alta de 64,7% em valor e de 93,9% em volume importado, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de compras externas brasileiras de produtos químicos, com aquisições de US$ 1 bilhão e de 4,6 milhões de toneladas no primeiro bimestre deste ano. Já as resinas termoplásticas foram os produtos químicos mais exportados pelo País com vendas de US$ 395,4 milhões, um aumento de 9,4% em relação ao primeiro bimestre de 2016.

Nos últimos 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017), o déficit em produtos químicos é de praticamente US$ 22,1 bilhões, fato que deve ser circunstanciado pela tendência de retomada de importações verificada nos últimos meses, mas a preços muito abaixo do histórico verificado nos últimos anos. “Desde o último trimestre de 2016, é inquestionável a intensificação do volume das importações brasileiras de produtos químicos, principalmente daqueles relacionados ao agronegócio. Essa é uma das grandes preocupações para a indústria química no contexto da possível retomada econômica que se espera para 2017, uma vez que, caso os preços médios estivessem nos níveis verificados nos últimos anos (atualmente estão 48,6% menores em relação ao preço médio de 2013), o déficit setorial poderia ter sido recorde para os primeiros meses do ano”, alerta a Diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.

 
 
 

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