Notícias 2017 - Revista Petro&Química
 

São Paulo, 28 de julho de 2017

Preços elevados de matérias-primas e energia reduzem a competitividade da indústria química

 

Dados apurados pela Associação Brasileira da Indústria Química no primeiro semestre indicam enfraquecimento do ritmo de produção local dos produtos químicos de uso industrial. Em junho de 2017, o índice de produção teve recuo de 4,56% sobre o mês anterior, enquanto o de vendas internas exibiu ligeira elevação, de 0,49%, em razão da desova de estoques.

Com esses resultados, o fechamento do 2º trimestre do ano confirma a desaceleração da atividade em relação aos três primeiros meses do ano, bem como sobre o mesmo período do ano passado: a produção caiu 2,33% no acumulado de abril a junho de 2017, na comparação com iguais meses de 2016, enquanto as vendas internas tiveram retração de 3,10%. Para o 1º semestre do ano, os números mostram redução da atividade, com o índice de produção subindo apenas 0,85% e o de vendas internas em sentido contrário, com recuo de 1,06%. Apesar de o consumo aparente nacional ter crescido 8,4% no período, esse aumento não foi acompanhado pelo desempenho das vendas internas, sinalizando uma perda de participação do produtor local em relação ao atendimento da demanda doméstica. A prova disso é que as importações, em volume, dos produtos analisados no Relatório de Acompanhamento Conjuntural da Abiquim tiveram aumento de 30,5%, batendo recorde histórico dos últimos 28 anos de análise, passando a ocupar 37,8% do consumo aparente nacional.

No que se refere à capacidade instalada, no acumulado do 1º semestre de 2017, a utilização ficou, na média, em 77%, dois pontos porcentuais menor do que a que havia sido a média de janeiro a junho de 2016.

 
 
 
 

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