O ciclo de expansão da produção nacional de petróleo e gás demandará US$ 280 bilhões a US$ 300 bilhões em investimentos em exploração e produção no período de 2017 a 2026. As projeções estão no Plano Decenal de Energia - PDE, colocado em consulta pública pela Empresa de Pesquisas Energéticas - EPE.

A previsão é que no período a produção brasileira de petróleo dobre – dos atuais 2,6 milhões de barris/dia para 5,2 milhões de barris/dia em 2026. No valor estão incluídas 45 novas unidades estacionárias de produção no período.

O Plano colocado em consulta pública ressalta que as previsões podem ser modificadas diante da conjuntura econômica mais restritiva pela qual passa o setor de petróleo e gás natural no Brasil e no mundo, com possíveis revisões dos planos de investimentos das empresas. O documento também afirma que os problemas associados à crise econômica no setor, bem como dificuldades de cumprimento das exigências sobre Conteúdo Local e soluções tecnológicas para os projetos de Libra com elevado índice de CO2 apontam que poderá haver atrasos, estimados entre 1 e 3 anos, na entrada dos módulos destinados às produções do pré-sal, Cessão Onerosa e Partilha da produção. Também foi considerado um possível atraso na contratação do excedente da Cessão Onerosa, que resultaria em uma produção abaixo da prevista como referência.

A expectativa é que o país chegue em 2026 com uma exportação de 3,3 milhões de barris/dia de petróleo, abrindo espaço para o processamento do petróleo nacional em refinarias no exterior.

No período, a oferta de gás natural terá crescimento de 37% - dos atuais 43 milhões de m³/dia para 59 milhões de m³/dia. Já o volume importado da Bolívia deverá recuar para 20 milhões de m³/dia a partir de 2022.