Notícias 2017 - Revista Petro&Química
 

São Paulo, 26 de janeiro de 2017

Balança de produtos químicos apresenta déficit de US$ 22 bilhões em 2016

 

O Brasil importou US$ 34,2 bilhões em produtos químicos em 2016, valor total pago pela aquisição de mais de 37,5 milhões de toneladas entre as diversas mercadorias acompanhadas pela Associação Brasileira da Indústria Química no âmbito da balança comercial setorial. Na comparação com os resultados de 2015, foi registrada uma diminuição de 10,7% no valor monetário, mas aumento de 11,6% nos volumes.

As quantidades importadas são praticamente as mesmas do ano 2013, quando foi registrado o déficit histórico de US$ 32 bilhões. Entretanto o preço médio das importações é agora 26% menor do que o verificado naquele ano (de US$ 1.230/t em 2013, contra US$ 910/t em 2016). Os intermediários para fertilizantes continuaram sendo o principal item da pauta de importação do setor com compras de mais de US$ 5,2 bilhões, em 2016, equivalentes a 59% (22,2 milhões de toneladas) das 37,5 milhões de toneladas de compras externas em produtos químicos.

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, diminuíram 5,3% na comparação com o ano anterior, e fecharam 2016 em US$ 12,2 bilhões, afetadas pela queda de 10,2% dos preços médios (em dólares americanos) praticados na condição FOB de vendas externas. As resinas termoplásticas, com exportações de US$ 2,2 bilhões, foram os produtos químicos mais exportados no ano passado, não obstante redução de 14,5% no preço médio exportado por esse grupo de produtos na comparação com 2015.

O déficit na balança comercial de produtos químicos totalizou US$ 22 bilhões em 2016, menor valor registrado desde 2010.

Avaliando-se as trocas comerciais com os principais blocos econômicos regionais, em 2016, o Brasil foi superavitário apenas em relação aos países do Mercosul e da Aladi, respectivamente saldos comerciais de US$ 747 milhões e de US$ 854 milhões. Entretanto, foram novamente registrados resultados estruturais negativos expressivos em relação à União Europeia e ao Nafta (América do Norte), que somados ultrapassaram um déficit agregado de US$ 14,2 bilhões, além de um crescente desbalanceamento de 5,5% ao ano com a Ásia (déficit se amplia de US$ 4,3 bilhões em 2010 para US$ 5,9 bilhões em 2016).

 
 
 

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