Notícias 2017 - Revista Petro&Química
 

São Paulo, 10 de janeiro de 2017

Demanda de GNL sustenta mais uma rodada de investimentos prevê S & P Global Platts

 

A desindexação dos preços do gás natural e do petróleo deverá continuar em 2017, prevê a da S & P Global Platts. De acordo com o relatório Platts Analytics, o aumento da produção de GNL e a concorrência entre o gás liquefeito e os gasodutos têm sido responsáveis por esse descolamento. A grande questão para o mercado do gás em 2017 saber se os sinais do surgimento de um mercado de gás global, evidenciado pela convergência de preços entre os mercados regionais, irá evoluir ainda mais.

O Platts Analytics prevê um aumento de 16% na produção de GNL na Ásia para 127 milhões de toneladas / ano, liderado pelo aumento da capacidade na Austrália. No entanto, a Ásia continuará a ser um importador líquido de GNL, uma vez que a procura em toda a região deverá crescer 6%, para 195 milhões de toneladas / ano. Embora a demanda nos mercados maduros do Japão e Coreia do Sul possa permanecer inalterada, a Platts espera que China e Índia aumentem suas importações de GNL em 28% e 38%, respectivamente.

Como a capacidade de produção de GNL continua a expandir-se rapidamente, especialmente nos EUA e na Austrália, a consultoria prevê um excedente global - que deverá durar até 2024. Nos EUA, o excedente será escoado através de gasodutos para o México e do aumento das exportações de GNL para a América Latina, Ásia e Europa. Na Europa, a disponibilidade as importações de GNL levaram a uma ofensiva de market share por parte dos fornecedores tradicionais. A queda do suprimento da Noruega, do Reino Unido e dos Países Baixos significa um hiato de oferta crescente que precisará ser preenchido, principalmente pelo GNL e pelo gás da Russia. “O excedente crescente de GNL, combinado com o desejo de queimar combustíveis mais limpos, cria condições positivas para a troca de carvão para gás em 2017. Por sua vez, isso poderia fornecer a base para um crescimento mais sustentado da demanda mundial de gás e eventualmente mais uma rodada de investimentos no setor global de GNL", afirma o editor da Platts Energy Economist, Ross McCracken.

 
 
 

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