A Braskem solucionou uma das pendências relacionadas à Operação Lava Jato: a conclusão dos trabalhos com auditores independentes relativos aos balanços de 2016 e do primeiro trimestre deste ano.

Os balanços publicados ontem trazem ajustes em relação aos números divulgados sem o parecer da KPMG. No balanço de 2016, a Braskem reportou um prejuízo de R$ 729 milhões em 2016, abaixo das perdas de R$ 768 milhões divulgadas anteriormente. Sobre o primeiro trimestre de 2017, o lucro líquido de R$ 1,914 bilhão é maior que o divulgado anteriormente.

A principal medida para dissociar sua imagem da Operação Lava Jato é uma mudança radical da sua logomarca. A empresa aproveitou seu aniversário de 15 anos para apresentar um novo logotipo. Ao invés do vermelho padronizado de todas as empresas do Grupo Odebrecht, a nova logomarca da Braskem traz a letra “B” nas cores azul e amarelo. “A nova marca Braskem simboliza nossa ambição de seguir evoluindo como um player importante do setor petroquímico global, atuando em constante progressão no desenvolvimento das pessoas e focado na entrega de soluções sustentáveis da química e do plástico a fim de melhorar o bem-estar e a qualidade de vida da sociedade”, afirma o CEO da Braskem, Fernando Musa, em comunicado.

Ontem à noite a empresa reportou os resultados do segundo trimestre de 2017 – com lucro líquido de R$ 1,142 bilhão. O resultado reflete alta de 1% na receita líquida e de 6% no custo dos produtos vendidos. No período, a venda de resinas no mercado doméstico avançou 4% em relação ao segundo trimestre de 2016. Devido a paradas de manutenção em suas unidades industriais no Brasil, a ocupação das plantas de primeira geração caiu 93% no período.