Na audiência pública realizada nesta terça-feira (18) pela Agência Nacional do Petróleo para discutir o pedido de waiver para o projeto piloto de Libra, o Gerente Geral de Gestão de Projetos em Libra, Fernando Borges, afirmou que nove estaleiros brasileiros foram consultados na licitação e o cumprimento integral do conteúdo local na construção da plataforma piloto de Libra encarece o projeto em 40%.
A afirmação da Petrobras foi contestada pela representante do Sinaval, Daniela Santos. “Os preços e custos não foram apresentados, provavelmente porque a indústria nacional não foi devidamente consultada”.
A audiência pública foi realizada pela Agência Nacional do Petróleo, para discutir o pedido de waiver para o compromisso de aquisição local dos bens e serviços previstos em contrato para a construção da plataforma que será alocada no projeto piloto do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
278 pessoas se inscreveram para participar da audiência pública. A representante do Sinaval teve 25 minutos para expor seus argumentos (dez minutos dados pela ANP a cada exposição e mais 15 minutos cedidos por outras entidades inscritas como expositoras.
O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, José Velloso, indicou que esse assunto acabará na Justiça e postergará a contratação da plataforma.
Fernando Borges reforçou que 40% da plataforma (algo em torno de US$ 1,5 bilhão) será feito no Brasil. Além do representante do consórcio, apenas o secretário executivo de E&P do IBP, Antonio Guimarães, defendeu o perdão para o não cumprimento dos índices de conteúdo local.
Durante os 45 dias em que o assunto esteve em consulta pública, 27 entidades se manifestaram. A ANP agora vai analisar se defere o pedido do consórcio ou se ajusta o índice.
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