Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2016

Na abertura da Rio Oil & Gas, Temer destaca fim da operação única no pré-sal

 

O enfrentamento de crises demanda esforço conjunto de produtores, da cadeia de fornecedores e do governo, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Jorge Camargo, na solenidade de abertura da Rio Oil & Gas. “A crise torna evidentes dependências mutuas e nos estimula a abandonar trincheiras inúteis, a buscar acordos, compromissos, alianças que permitam a sua mais rápida superação”, disse Camargo, ressaltando que o pré-sal representa uma extraordinária oportunidade para elevar a indústria local a um novo patamar e transformar o Brasil em um importante exportador de bens, serviços e tecnologias offshore.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, adiantou que as regras de unitização para áreas de pré-sal, a extensão do Repetro e mudanças nas regras de conteúdo local devem ser anunciadas ainda neste ano. Segundo o ministro, a discussão do Repetro – regime especial aduaneiro do setor petróleo – está com o Ministério da Fazenda para conclusão dos últimos ajustes.

Presente à solenidade de abertura da Rio Oil & Gas, o presidente Michel Temer elogiou a atuação do novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, e destacou o avanço do valor de mercado da companhia nos últimos meses. "A Petrobras era o símbolo de algo que estava inteiramente desajustado e hoje passa a ser uma das empresas mais ajustadas do país". Temer também elogiou a aprovação pelo Congresso do projeto de lei que acaba com a operação única no pré-sal, que “desafoga a Petrobras”. “Temos uma grande instabilidade social, especialmente em função do desemprego. E muito do desemprego vem dessa área petrolífera. Nós sabemos desses dramas que exigem uma pronta resposta. E uma das prontas respostas é exatamente esta, é diversificar a atuação da Petrobras conectada com a iniciativa privada”.

Temer é o primeiro presidente da República a visitar a Rio Oil & Gas nas últimas três décadas. Antes, apenas João Baptista Figueiredo havia participado da do evento, em 1982. Sua presença ressalta o alinhamento do governo com as empresas de petróleo.

 
 
 

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