São Paulo, 29 de movembro de 2016

Gastos com descomissionamento de plataformas devem crescer 540% até 2040, estima IHS Markit

 

O descomissionamento de antigas plataformas e poços está aumentando drasticamente, com mais de 600 projetos previstos para serem desativados no mundo nos próximos cinco anos. Este movimento está fazendo com que os gastos aumentem 540% até 2040, de acordo com o estudo Offshore Decommissioning Study Report, elaborado pela IHS Markit.

Segundo a consultoria, os gastos subirão de US$ 2,4 bilhões desembolsados em 2015 para US$ 13 bilhões por ano em 2040.

O Golfo do México tem sido a região com maior número de plataformas descomissionadas – aproximadamente 4.000 – e com mais de 5.000 estruturas de petróleo e gás instaladas.

"Enquanto a América do Norte é o maior mercado para descomissionamento, a Europa tem o maior gasto com descomissionamento, com base no tamanho e volume das estruturas descomissionadas no Mar do Norte", disse o gerente sênior de Oil and Gas Upstream da IHS Markit, Grigorij Serscikov.

Statoil, Total, Chevron, ExxonMobil e ConocoPhillips lideram a lista de operadores com atividades de descomissionamento, de acordo com o estudo.

Além da América do Norte e da Europa, Angola e Nigéria impulsionarão a atividade na África, enquanto México e Brasil serão o foco da demanda de descomissionamento na América Latina, e a Austrália impulsiona a demanda na região Ásia-Pacífico.

A cada ano, a indústria do petróleo tem desativado uma média de 120 projetos.

Os custos também variam por tipo de plataforma – em geral, os custos históricos de descomissionamento para plataformas no Golfo do México têm girado na faixa de US$ 500 mil a US$ 4 milhões para estruturas de águas rasas.

O gerente sênior de Custos e Serviços de Tecnologia Upstream da IHS Markit, Bjorn Hem, afirma que a indústria está caminhando para uma tempestade perfeita, com o aumento do número de estruturas no fim da vida e regulamentos cada vez mais rigorosos. "Ao mesmo tempo, os provedores de serviços de descomissionamento são muito fragmentados. Não há players dominantes, o que torna ainda mais difícil para as empresas de E&P e de serviços offshore prever com precisão os custos e riscos de descomissionamento”.

De acordo com o estudo, à medida que a produção de petróleo avançou para águas mais profundas, a remoção das grandes plataformas e ativos instalados em ambientes mais complexos pode custar bilhões de dólares e levar anos para ser concluída com êxito. Além disso, o descomissionamento não oferece retorno sobre o investimento ou a receita, mas carrega responsabilidades ambientais e regulatórias significativas.

"Apesar da atividade de E&P offshore, que remonta a mais de 60 anos, a indústria de descomissionamento ainda está em sua infância e, como resultado, atividades de descomissionamento desempenham apenas um papel menor, se alguma, em muitos planos de negócios de operadoras ou fornecedores. No entanto, devido ao crescente número de ativos destinados ao descomissionamento, juntamente com as considerações regulatórias e ambientais cada vez mais rigorosas relativas às operações offshore, isso está rapidamente se tornando uma prioridade comercial para os operadores offshore".

 
 
 

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