São Paulo, 31 de maio de 2016

Em audiência pública, acadêmicos defendem operação única do pré-sal

 
 

Acabar com a operação única no pré-sal significaria, na avaliação do diretor de relações institucionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luis Pinguelli Rosa, perder vantagem comparativa. Na avaliação do diretor, a camada pré-sal é estratégica para o País e a exclusividade da Petrobras deve ser mantida por conta do domínio da tecnologia. “A Petrobras tem demonstrado eficiência em retirar o petróleo do fundo do mar. Não há necessidade de abrir para companhias estrangeiras virem fazer a exploração”, disse Pinguelli durante a audiência pública realizada pela Comissão Especial do Pré-Sal na Câmara.

Na avaliação do professor Igor Fuser, da Universidade Federal do ABC, retirar a exclusividade da Petrobras pode ser uma porta para que todo o marco regulatório do pré-sal seja desarticulado. "A operadora determina, por exemplo, o ritmo da produção: se vai produzir mais ou se produzirá menos. Essas decisões têm de ser tomadas por um critério de interesse nacional e não por critérios de mercado, por critérios de empresas transnacionais que querem aumentar a oferta mundial do petróleo em favor dos países onde estão localizadas as suas sedes".

O reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, defendeu o fim da operação única como caminho para maximizar a renda do petróleo. "A nossa maior empresa, que é a Petrobras, pode competir no mundo inteiro porque tem know how, tem pessoas muito bem preparadas", completou o reitor.

O parecer do presidente da Comissão, Lelo Coimbra (PMDB-ES) deve ser votado no plenário da Câmara Federal em julho.

 
 
 
 

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