São Paulo, 22 de junho de 2016

Pemex ajusta fornecimento para Complexo da Braskem Idesa no México

 

A Braskem não leva muita sorte quando a matéria-prima é etano. Não bastassem as restrições no suprimento da unidade de Duque de Caxias / RJ, a empresa também enfrentou problemas no Complexo Petroquímico do México, inaugurado hoje. “Ajustes pontuais no cronograma das obras da Pemex” ocasionaram um adiamento no início do fornecimento de gás, informou a Braskem, destacando que situação está regularizada. A estatal mexicana tem um contrato de fornecimento de 66 mil barris de gás etano por dia, válido por 20 anos.

Esse acesso à matéria prima é a grande vantagem do Complexo Petroquímico do México: atualmente a tonelada do etano custa entre US$ 250 e US$ 350 menos que a nafta, o que coloca a Braskem em igualdades de condições com as petroquímicas dos EUA. A Pemex, no entanto, te reinjetado parte do gás associado para conter o declínio da produção de petróleo. A restrição no suprimento à Braskem Idesa prejudicou os primeiros 45 dias de operação do Complexo.

Composto por um cracker de eteno e três plantas de polietilenos, com capacidade de produção integrada de 1,05 milhão de toneladas por ano, o Complexo Petroquímico do México é considerado o maior investimento industrial greenfield já realizado por uma empresa brasileira no exterior – US$ 5,2 bilhões. A Braskem detém 75% do controle acionário e a mexicana Idesa os 25% restantes do complexo erguido próximo ao Golfo do México, no sul do país.

O cracker começou a operar em março – com um atraso de cerca de três meses em relação ao cronograma inicial. Apenas duas plantas de polietilenos estão rodando a 100% – a terceira está em fase de operação e especificação.
A prioridade da Braskem Idesa será atender ao mercado mexicano – hoje importador de aproximadamente dois terços das 2 milhões de toneladas de polietilenos consumidas por ano – como também será dirigida aos mercados dos EUA, Europa, Ásia e América Central e do Sul.

 
 
 
 

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