Em seu primeiro discurso como presidente da Petrobras, Pedro Parente prometeu apresentar em até 120 dias o novo plano estratégico da companhia. Para este ano, os investimentos devem somar US$ 20 bilhões. O novo presidente convocou os empregados a participarem do projeto de reconstrução da Petrobras, e afirmou que sua prioridade é recuperação financeira da empresa. Também elogiou a gestão do seu antecessor, Aldemir Bendine, que não estava presente na cerimônia realizada hoje pela manhã.
Também disse que a Petrobras foi vítima de uma quadrilha organizada para obter “os mais escusos, desonestos, antiéticos e criminosos objetivos”. “Mas os problemas da empresa não foram causados exclusivamente pela desenfreada corrupção. Uma série de projetos e investimentos se mostraram irrealistas, seja sob o ponto de vista de prazos de conclusão, pelos seus custos finais e pelas premissas utilizadas”.
Pedro Parente criticou a política de conteúdo local que obriga a Petrobras a comprar no país equipamentos com custos e prazos superiores ao mercado internacional – na sua visão, a Petrobras pode ajudar com a sua escala de encomendas, mas a política de conteúdo local deve incentivar a inovação, parcerias e produção com custos e prazos adequados. “A reserva de mercado tem apresentado resultados pífios, especialmente nos prazos de entrega”.
O novo presidente se mostrou contrário à capitalização da empresa, que jogaria “nas costas do contribuinte brasileiro a solução de um problema que ele não ajudou a criar", e deixou claro seu apoio à revisão da Lei do Pré-sal, atualmente em discussão no Congresso, porque a obrigatoriedade da participação em todos os projetos retira sua liberdade de escolha. "Temos que arregaçar as mangas e levar o pré-sal ao seu potencial máximo, sem estarmos presos a amarras dogmáticas, e com a colaboração das empresas parceiras”.
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