São Paulo, 22 de julho de 2016

Déficit em produtos químicos soma US$ 10,3 bi no primeiro semestre

 

As importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 16,2 bilhões, queda de 14,2% em relação a igual período de 2015. Em volume, ao contrário, as compras externas tiveram elevação de 9,7%, registrando 17,2 milhões de toneladas, informou a Associação Brasileira da Indústria Química.

No mês de junho, especificamente, foram importados US$ 3,1 bilhões, aumento de 9,4% em relação ao valor registrado em maio e queda de 15,5% na comparação com o mês de junho de 2015.

As exportações de produtos químicos, por sua vez, tiveram no mês de junho, uma queda de 13,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 1,0 bilhão, e de 1,1% em relação ao mês de maio. No agregado do primeiro semestre, as vendas externas somaram US$ 5,9 bilhões, queda de 7,4% em relação a igual período do ano anterior. O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 10,3 bilhões no primeiro semestre deste ano.

Os intermediários para fertilizantes, com importações da ordem de US$ 2,4 bilhões no semestre, continuando figurando como os produtos mais importados no acumulado do ano, apesar da redução de 10,2% em relação a igual período de 2015. Em volume, contudo, tais produtos totalizaram 9,8 milhões de toneladas importadas até junho, aumento de 19,2% em relação ao primeiro semestre de 2015.

Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, a primeira metade do ano evidencia a necessidade de fortalecimento do comércio exterior como elemento protagonista na construção de políticas públicas que permitam a retomada do crescimento econômico nacional. “Simultaneamente é indispensável que tanto o sistema de defesa comercial, para resguardar a indústria doméstica de práticas desleais de comércio, quanto o fomento à cultura exportadora, para ampliar as condições competitivas brasileiras no exterior, estejam entre as prioridades da agenda de curto e médio prazo para o Governo”, destaca Figueiredo.

 
 
 
 

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