São Paulo, 15 de fevereiro de 2016

Para Shell, pré-sal continua interessante, mas presidente não indica breakeven

 

O Brasil assume posição chave nos negócios da Shell a partir da aquisição da BG. A petroleira assume o posto de segunda maior produtora privada do país, com cerca de 195 mil barris de petróleo e 7 mil m³ de gás por dia, extraídos das áreas de Sapinhoá, Lula e Iracema, na Bacia de Santos, e do Parque das Conchas, na Bacia de Campos – com perspectivas para quadruplicar esse volume até o fim da década, afirmou o presidente global da Shell, Ben van Beurden.

Em visita ao país para anunciar a operação da nova empresa integrada, Beurden afirmou que, mesmo diante de um cenário de baixa nos preços do petróleo, o pré-sal continua sendo "um investimento interessante". No entanto, não disse qual deve ser o breakeven para a área. O executivo ressaltou que os investimentos devem ser pensados em um cenário de longo prazo.

Com a aquisição da BG, a Shell passa a ser a principal sócia da Petrobras no pré-sal. Na sua avaliação, o fim da operação única da Petrobras traria mais investimentos para o país. "Cabe ao governo e ao Congresso definir. Mas, penso que faz sentido chamar outros parceiros com tecnologia, grandes investidores. Não vejo como isso não traria vantagem para o Brasil".

Beurden também evitou fazer prognósticos sobre metas de produção e demissões no país. A empresa vem fazendo uma série de ajustes para se adequar à nova realidade dos preços do petróleo e nos próximos meses se debruçará sobre o redesenho de sua estrutura e as sinergias resultantes da aquisição.
 
 
 

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