A importação de derivados deve dobrar nos próximos dez anos caso não sejam retomados os investimentos na construção de refinarias, afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, durante audiência pública que discute na Câmara dos Deputados, em Brasília, os impactos do cancelamento de dois projetos de refinarias da Petrobras.

Atualmente o Brasil importa pouco menos de 430 mil barris de derivados de petróleo por dia. “Até 2025 podemos estar importando o dobro disso, ou seja, um número próximo de 1 milhão de barris por dia”, disse a diretora-geral da ANP.

Magda apontou ainda que a Agência tem conduzido estudos sobre a necessária ampliação da infraestrutura de distribuição do combustível importado. “Se não for feito investimento em refinaria, teremos que nos certificar que temos infraestrutura no país para que a importação possa ser feita e interiorizada, chegando até o consumidor final”.

O cancelamento dos projetos de construção das refinarias Premium I e II foi anunciada pela Petrobras em janeiro. As duas refinarias, que seriam construídas no Maranhão e no Ceará, ampliariam em 900 mil barris por dia a capacidade de processamento de petróleo.

A diretora também comentou que a Petrobras nunca apresentou à agência os projetos de construção das duas refinarias.