São Paulo, 09 de março de 2015

Destaque, unidade de abatimento de emissões vira vilã da Rnest

 

A Unidade de Abatimento de Emissões Atmosféricas - SNOX, propagada como a promessa de tornar a Refinaria Abreu e Lima a primeira refinaria sustentável do país, transformou-se no maior obstáculo para a refinaria atingir a capacidade máxima. Sem a unidade em operação, a Agência Ambiental de Pernambuco - CPRH limitou a operação do primeiro trem da Rnest a 74 mil barris/dia. Inédita na América Latina, essa unidade removerá NOx e SO2 – partículas sólidas – dos gases de combustão das caldeiras, gases ácidos e correntes residuais da refinaria. Parte da energia dos gases processados é recuperada na forma de vapor e ar quente. A construção de duas unidades SNOX foi contratada ao consórcio EBE-Alusa – que deixou a obra no final do ano passado, pleiteando aditivos. A Petrobras optou por rescindir o contrato e realizar outra licitação para a conclusão das obras – enquanto elas não são concluídas, a companhia monitora as emissões e acredita que os níveis sejam menores que os estimados na etapa de projeto, por conta da alteração do elenco de petróleo processado.

O primeiro trem da refinaria começou a operar em dezembro do ano passado – essa primeira metade da refinaria tem capacidade para refinar 115 mil barris por dia, mas limitada pelo ramp up de produção e pela ausência da unidade SNOX, vem processando em média 49 mil barris por dia. O segundo trem da refinaria, com capacidade igual ao primeiro, deveria entrar em operação em maio – mas com a desaceleração do ritmo de investimentos da Petrobras, esse prazo será revisto.

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