São Paulo, 06 de novembro de 2014

Braskem repete no projeto Ascent tecnologia contratada para Etileno XXI



A construção de um novo complexo integrado de produção de resinas a partir do gás natural nos EUA – que vem sendo tratado na Braskem pelo nome de Ascent – deverá ser definida apenas no final do próximo ano, quando os estudos de engenharia tiverem detalhados o investimento necessário e o cronograma de construção. A empresa já contratou a tecnologia da Ineos, LyondellBasell e Technip – as mesmas licenciadoras das tecnologias que estão sendo utilizados no projeto Etileno XXI – e o fornecimento de parte do etano necessário para o empreendimento. “Devemos seguir os estudos avançados do projeto em 2015, e somente depois da fase Fel 3, quando teremos os custos de construção e expectativa de resultado, o conselho da companhia pode tomar a decisão”, afirma o presidente da Braskem, Carlos Fadigas.

Também no final do próximo ano a empresa deve inaugurar o projeto Etileno XXI – no final de setembro, as obras atingiram 82% de avanço físico. O projeto em construção no México produzirá 1 milhão de toneladas de polietilenos por ano a partir do gás natural, tendo por base os baixos preços praticados no mercado norte-americano.

Entre janeiro e setembro deste ano, a Braskem investiu R$ 1.968 milhões – desse total, o projeto Etileno XXI consumiu R$ 622 milhões. Outros R$ 1.184 foram direcionados à manutenção, incluindo os desembolsos destinados às paradas de manutenção nos polos de Triunfo / RS e ABC / SP. O orçamento para 2015 ainda não foi definido pelo conselho de administração da empresa – mas no próximo ano não há nenhuma parada de manutenção programada para as centrais de matérias-primas e o projeto Etileno XXI exigirá menos desembolsos.

No Brasil, as taxas de operações das centrais atingiram a média de 90% no terceiro trimestre deste ano – contra 84% registrada no segundo trimestre. A Braskem chegou a importar matéria-prima para a unidade de Duque de Caxias / RJ, que tem enfrentado problemas com o fornecimento de gás natural da Petrobras. “A indústria petroquímica brasileira não foi feita para industrializar matéria-prima importada, seja nafta ou seja gás. O custo do produto importado é superior ao entregue pela Petrobras, por uma questão de logística, mas foi uma operação que, pontualmente, fez sentido, porque havia capacidade ociosa”, explica Fadigas.

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