São Paulo, 20 de maio de 2014

Gás não convencional é negócio para produtores independentes, avalia especialista


 

Os produtores independentes tiveram papel fundamental para que o gás não convencional se tornasse o novo motor da economia americana. Isso porque, segundo o professor Ashley Brown, da Harvard Kennedy School, nenhuma das grandes empresas estavam interessadas no negócio. “Uma das coisas importante para desenvolver os recursos não convencionais é ter novos atores, porque é daí que vem as inovações”, disse Brown, no evento sobre infraestrutura organizado pelas Federações das Indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Para o professor, o Brasil ainda precisa derrubar dois entraves para que as empresas se sintam incentivadas a investir: o atual modelo de concessão, baseado em especificidades geográficas, e a integração vertical no transporte, em que o proprietário do gasoduto é também o produtor de gás.

De acordo com projeções feitas pela Agência Internacional de Energia, o Brasil possui 245 TCF de reservas de gás não convencional – o que o coloca em 10º lugar no ranking das maiores reservas mundiais.

Para a Agência Nacional do Petróleo, a dependência externa cria oportunidades para investimentos em gás convencional e não convencional. “A retomada das rodadas mostrou o interesse por esse tipo de bacias com vocação para o gás natural”, ressalta o assessor da diretoria da ANP, Olavo Colela. (Flávio Bosco)



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