São Paulo, 27 de Junho de 2013

Petrobras e empresas de engenharia discutem metodologias para elevar produtividade


 

O grupo de engenheiros envolvidos no Construction Productivity Research Program, do Construction Industry Institute, agendou para o próximo mês a entregar do relatório final. O grupo – do qual fazem parte profissionais de empresas contratantes e prestadoras de serviços de engenharia – avaliou tecnologias e métodos que impactam a produtividade em obras, além de metodologias para medir a produtividade em canteiros e reduzir retrabalhos. “O estudo é bem abrangente: olhamos impacto no planejamento, definição de métodos e acompanhamento”, explica o professor Carlos Caldas, da Universidade do Texas. Elevar os índices de produtividade em obras faz parte da lista de metas da Petrobras. Medições realizadas em suas obras apontaram que, de cada dez horas trabalhadas, apenas três são efetivamente produtivas – o operário com a mão na ferramenta. nas outras sete horas, ou o operário está se deslocando, aguardando instruções, montagem de andaime ou chegada de equipamentos. No Golfo do México, os índices são inversos: para cada dez horas, sete são efetivamente produtivas. “Temos um espaço enorme para pensar em novas tecnologias produtivas para alcançar esse patamar de produtividade”, avalia a gerente executiva da área Corporativa da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais, Renata Baruzzi. Renata e Caldas participam do 2º Workshop “Produtividade em Ação”, promovido pelo Centro de Excelência em EPC – CE-EPC em parceria com o Construction Industry Institute – CII até amanhã, em São Paulo. Dentre os temas abordados no workshop estão a construtabilidade, avaliação de desempenho, aplicação da tecnologia de radiofreqüência e modelagem 3D e 4D.


Na parte da manhã, o professor Carlos Caldas apresentou o Project Definition Rating Index - PDRI, uma ferramenta para avaliar a qualidade do planejamento, utilizada nas fases de Front Front-end planning ou Front-end loading - Fel. O PDRI é utilizado por mais de 60% dos membros do CII – como check list no planejamento inicial dos projetos ou nos portais de decisão. “Quando você faz essa avaliação em vários projetos, esse dado auxilia a fazer um benchmarking da carteira de investimentos”. Antes de Caldas, o diretor do CII, Stephen Mulva, apresentou o programa CII 10-10, uma avaliação de performance com dez inputs – surgido a partir da verificação de que havia uma desconexão entre o programa geral, de boas medidas de produtividade e de custos, e a eficiência dos projetos. “Isso pode ser uma forma ótima para fazer com que as companhias brasileiras melhorem a sua avaliação de desempenho e ter um bom retorno”.


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