Em mais uma iniciativa do Prominp, a Petrobras e a Onip lançaram
um programa para facilitar e aumentar o volume de crédito
aos fornecedores da companhia. O objetivo é que as cerca
de 4 mil empresas que fabricam equipamentos, materiais ou prestam
serviços à Petrobras consigam, com mais facilidade
e a um custo mais baixo, recursos para capital de giro, investimentos
e custeio.
"Além dos benefícios que o programa trará
aos fornecedores nacionais, especialmente às pequenas e médias
empresas, o novo mecanismo vai estimular a indústria de petróleo
e gás e inaugurar uma nova modalidade de negociação
que reforça o mercado financeiro brasileiro", disse
o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Segundo Gabrielli, o potencial desse novo segmento de negociações
é grande: a Petrobras estima que suas compras no Brasil são
equivalentes a R$ 17 bilhões. O volume efetivo do novo mercado,
no entanto, dependerá da resposta dos investidores.
Embora os fornecedores do setor tenham a vantagem de vender para
grandes companhias, não têm, em geral, acesso a financiamentos
no exterior e, quando recorrem a bancos no país, são
submetidos a juros altos. Com o programa, as empresas nacionais
poderão captar recursos de médio a longo prazo a taxas
inferiores e quantidades maiores às atualmente obtidas nos
bancos, e nos prazos adequados a seus contratos.
O programa funcionará como uma antecipação
do que as empresas fornecedoras terão que receber da Petrobras
por um serviço, material ou maquinário. Os fornecedores
inscritos no cadastro da Petrobras já podem recorrer aos
novos certificados de garantia de pagamento da companhia para tomar
financiamentos junto a instituições bancárias
convencionais.
Munidos dos papéis - direitos creditórios - os fornecedores
poderão ofertar os contratos às instituições
financeiras participantes do programa (bancos, assets e fundos de
investimentos) e em troca obterão os recursos. As transações
acontecerão no ambiente do Instituto de Normas Mercantis
(INM), onde os investidores interessados poderão formar fundos
específicos, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
(FIDCs). O prazo para o início do funcionamento do programa
depende exclusivamente do mercado, ou seja, da existência
de investidores interessados e da constituição dos
fundos.
Com o projeto, a Petrobras espera reduzir, a médio e longo
prazos, os preços de aquisição de equipamentos,
materiais e serviços, colaborando para uma execução
mais ágil e eficiente dos contratos. De imediato, o programa
possibilita que as Unidades de Negócio da companhia vejam
diminuída a forte demanda por adiantamento de recursos por
parte dos fornecedores.
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