O Governo Federal deve ter encontrado o caminho para cumprir a
principal promessa de sua campanha: é através dos
investimentos do setor de petróleo que o número de
empregos deve crescer nos próximos anos.
Só com as obras de quatro plataformas, deverão ser
criados cerca de 42,4 mil empregos (10.600 diretos e 31.800 indiretos).
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
e o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, assinaram
11 contratos para obras de construção de três
novas plataformas e a reforma da P-34. "Empregos esses que
estariam sendo gerados em outros países se não tivesse
sido aplicada essa política - que foi inclusive um compromisso
de campanha do candidato Luis Inácio Lula da Silva",
ressaltou Dutra.
São três plataformas de produção (P-51,
P-34 e P-54) e uma de rebombeio (PRA-1), todas destinadas à
Bacia de Campos - que totalizam investimentos de R$ 6,3 bilhões.
Em todos os contratos, a exigência de conteúdos nacionais
é de, pelo menos 60%.
O ícone dessa política de valorização
da indústria nacional é a plataforma P-51 - a primeira
unidade de produção semi-submersível inteiramente
construída no Brasil. "Quando determinamos modificações
nos editais da P-51 e da P-52, alguns disseram que essa era uma
medida atrasada, que traria prejuízos para a Petrobras e
para o país", lembra Dutra.
Em uma das visitas de campanha, o então candidato Lula visitou
o estaleiro Fels Setal - que será responsável pela
obra. "Por fim, assistimos a assinatura de contratos, sem criar
nenhuma grande novidade, apenas devolvendo ao Brasil um patrimônio
de conhecimento que o nosso país já teve e que tinha
perdido", discursou o presidente durante a solenidade de assinatura
dos contratos.
A plataforma - avaliada em R$ 2,3 bilhões - terá índice
de nacionalização de 70%. Seu casco será construído
na fábrica da Nuclep, em Itaguaí, enquanto os demais
serviços serão realizados nos estaleiros Brasfels,
em Angra dos Reis, e MacLaren, em Niterói. O projeto recebeu
isenção fiscal de ICMS do governo fluminense.
Para construir a plataforma P-51 e a P-52 (que também venceu
a concorrência para fabricação), o Fels Setal
deverá investir na ampliação do dique seco.
O assunto ainda é tratado com ressalvas entre os executivos
do estaleiro, em virtude de um litígio judicial envolvendo
o Grupo e o antigo proprietário do estaleiro Verolme, Roberto
Tanure.
A P-54, o maior dos quatro projetos terá conteúdo
nacional de 65%. A obra custará R$ 2,4 bilhões mas
não poderá ser totalmente convertida no Rio por falta
de acordo comercial entre estaleiros. Cerca de 30% das obras, referentes
à docagem do navio - inspeção do fundo do casco
a seco - deverá ser realizada em Cingapura. Somente o estaleiro
Ishibrás, arrendado pelo Sermetal, dispõe de condições
técnicas para a docagem do navio..
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