O próximo desafio a ser conquistado pela Petrobras é
a inclusão social, "tão desafiadora quanto a
campanha dos anos 50". "Estou convencido de que o povo
que fez a Petrobras há meio século pode acabar com
a fome e a miséria no século XXI, pode erradicar o
analfabetismo, pode unir-se aos demais países em desenvolvimento
e ajudar a construir uma nova ordem internacional mais justa na
repartição dos recursos, mas equilibrada na divisão
do comércio mundial e sobretudo proporcionadora de paz",
disse o presidente Luis Inácio Lula da Silva, hoje, durante
as comemorações do 50º aniversário da
Petrobras.
O presidente também notou que o país poderá
alcançar a auto-suficiência até 2006. "Se
Deus quiser, até o final do meu mandato, atingiremos o objetivo
que mobilizou essa geração visionária de homens
e mulheres: a auto-suficiência com 100% de petróleo
nacional.
Em seu discurso, Lula fez questão de homenagear "aqueles
que lutaram antes de nós" pela campanha do "o petróleo
é nosso".
"As maiores reservas repousam no fundo do mar. Mas lá
estariam, até hoje, se, ao invés de abdicar, uma geração
de brasileiros não tivesse lutado pela exploração
dessa riqueza, sem delegar o futuro à competência alheia,
sem desperdiçar uma janela multiplicadora de oportunidades",
discursou o presidente.
Lula também chamou a atenção ao tamanho da
empresa - uma das maiores do mundo - que tornou-se uma âncora
de estabilidade da economia. "Mesmo nas mais severas crises
mundiais, quando capitais refluem e a volatilidade impera, jamais
faltou petróleo ao Brasil. O sonho da Nação,
alimentado nas ruas, acrescentou ao mercado uma dinâmica própria,
que poupa bilhões de dólares em divisas. Gera 120
mil empregos, alimenta a indústria naval, garante encomendas
a 2 mil empresas fornecedoras e protege a produção
da instabilidade inerente ao cenário político internacional".
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