O segmento de transformação vem, aos poucos, recuperando
os índices perdidos no ano passado. O setor chega ao fim de 2002 apresentando
um crescimento de 4% - o que a coloca de volta aos patamares do ano 2000.
Mas o resultado ainda está longe do crescimento médio apresentado pelo
setor - de 10% ao ano na década de 90. Para Merheg Cachum, presidente
da Associação Brasileira da Indústria do Plástico - Abiplast, o desempenho
do setor teve causas diferentes das apresentadas no ano passado, quando
a indústria transformadora registrou crescimento negativo de 4%. "Vamos
fechar este ano com resultado semelhante ao obtido em 2000, o que não
é satisfatório".
Como fatores negativos, Cachum destacou a desvalorização cambial, as altas
taxas de juros e a escassez de linha de crédito. Segundo dados da Abiplast,
o consumo aparente de transformados de plástico deve fechar o ano em 3,980
milhões de toneladas, ante os 3,824 milhões registrados no ano passado.
De acordo com o presidente da Abiplast, no acumulado do ano, as resinas
termoplásticas sofreram reajuste de preços da ordem de 40% em média. No
entanto, a indústria de transformação aumentou seus preços em 15%. "É
muito difícil negociar com grandes empresas, como as automotivas e as
redes de supermercado, que possuem grande poder de barganha". (FB)
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