NOTÍCIAS ONLINE — Julho/Agosto de 2002
São Paulo, 19 de agosto de 2002
Braskem inicia segunda etapa da integração

Oficialmente criada na última sexta-feira, após a assembléia geral extraordinária que aprovou a incorporação da OPP pela Copene, a Braskem parte agora para a segunda fase do processo de integração, a ser concluída até o final do ano - quando serão incorporadas as participações remanescentes na Trikem, Polialden e Nitrocarbono.

A nova empresa já se projeta como a maior petroquímica da América Latina: nasce como um faturamento de cerca de R$ 7 bilhões e ativos avaliados em R$ 12 bilhões. "Já nascemos com uma liderança incontestável no mercado de termoplásticos na América Latina", explicou José Carlos Grubisich, presidente da Braskem.

Os grupos Odebrecht e Mariani formarão um consórcio que deterá 48% do capital total da Braskem, enquanto a Norquisa terá 12%, Petroquisa com 11% , Previ com 3%, Petros fica com 1%, e os demais 25% estão em circulação no mercado - free float.

As ações da empresa substituirão os papéis da Copene a partir de 2 de setembro na Bovespa. Na Bolsa de Nova York, os ADR's da Copene serão substituídos em 19 de setembro.

A formação da Braskem resultará em 115 sinergias operacionais, administrativas e tributárias equivalentes a R$ 330 milhões por ano, ou R$ 950 milhões em dez anos. "Com sinergias de ordem tributária, como a eliminação de impostos na cadeia, a Braskem traz em si uma mini-reforma tributária", conta o presidente da empresa.

Com uma capacidade de produção de 4.200 mil toneladas anuais - 3.200 mil toneladas só de produtos petroquímicos básicos e termoplásticos - a geração de caixa, segundo Grubisich, deverá passar de R$ 1,5 bilhões anuais. É nesse valor, e no cenário petroquímico para os próximos anos, que a Braskem se apoiará para reduzir seu endividamento, hoje em R$ 8,7 bilhões. "Estamos falando de uma empresa de mais de R$ 7 bilhões de faturamento, R$ 1,5 bilhões de geração de caixa e R$ 330 milhões em sinergias. Possuímos ativos modernos e competitivos e um cenário de retomada das margens, com picos entre 2004 e 2005, que devem conduzir a Braskem a reduzir, de maneira significativa, a divida nos próximos três anos".

Da dívida, R$ 5,7 bilhões são financiados - 28% em curto prazo, e 72% em prazos superiores a 360 dias (com média de 3,3 anos). O patrimônio líquido da empresa é calculado em R$ 3,3 bilhões.

Segundo o presidente da empresa, as exportações anuais deverão superar US$ 380 milhões - 15% do faturamento. "A Braskem nasce entre os 15 maiores exportadores brasileiros". (FB)

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