Pensar apenas na empresa já não será suficiente para um CEO no futuro. Ele terá que entender o papel da sua organização na sociedade, disse o secretário de Educação do Rio de Janeiro, Vagner Victer, no debate que abriu o WPC Future Leaders Forum. “As pessoas devem ter a capacidade de se relacionar com todas as coisas que vão aparecer no campo de visão”.

O debate também teve a presença do diretor executivo de Assuntos Corporativos da Petrobras, Hugo Repsold, e da vice-presidente de Relações Externas da Shell, Patricia Garcia, que discutiram o perfil dos líderes nos próximos 15 anos e as competências que o jovem profissional deve ter para alcançar esse posto. Victer também destacou, entre as habilidades do novo líder, a capacidade de comunicação com os stakeholders. Para Repsold, o líder deve ter habilidade de atender as expectativas.

Patrícia citou Deepak Chopra, autor do livro “A alma do líder”, para lembrar que nem sempre os líderes são aqueles que ocupam uma posição de liderança, mas aqueles a quem as outras pessoas querem seguir. “A pessoas precisam sentir que aquela outra pessoa vai ajudá-las a serem melhores”. Idealizado pelo World Petroleum Council, o WPC Future Leaders Forum aconteceu pela primeira vez no Brasil, com a participação de 450 jovens profissionais.

Participação feminina

Na palestra “Participação feminina da indústria de óleo e gás”, a CFO da FMC Technologies, Maryann Mannen, disse que o dom da liderança independe do sexo no mercado de trabalho. Maryann destacou a participação cada vez maior das mulheres na indústria de petróleo e gás. “É uma indústria mais desafiadora para as mulheres, mas muitas coisas mudaram”.

Andrea Weicher, responsável pelos programas de empoderamento da Ernest Young, contou que a empresa possui programas para acelerar a chegada das mulheres a altos cargos e acelerar a mudança na cultura empresarial com políticas corporativas. “A hora da equidade de gêneros é agora e a geração mais jovem das mulheres está chegando com muita vontade. A Ernest Young hoje tem 55% de participação feminina nos cargos de trainee e 25% nos cargos de liderança.