A nova configuração desenhada com os desinvestimentos da Petrobras na área de logística abre a oportunidade para a Transpetro diversificar a base de clientes. O presidente da empresa, Antônio Silvino, adiantou que a Transpetro negocia com a Brookfield a prestação de serviços de operação e manutenção para a Nova Transportadora Sudeste - NTS. “Estamos num momento de transição no mercado, arrumando nossa estrutura para viabilizar esses negócios”, disse Silvino.
A NTS e a Nova Transportadora do Nordeste - NTN surgiram da cisão da Transportadora Associada de Gás - TAG, controlada pela Petrobras. Em setembro, a Petrobras vendeu 90% da NTS para a Brookfield por US$ 5,9 bilhões. A Transpetro tem atualmente um contrato de operação e manutenção com a TAG.
Silvino disse ainda que a Transpetro também pretende ampliar a participação nos contratos de transporte marítimo da Petrobras – atualmente a Transpetro responde por apenas 38% do transporte marítimo que a Petrobras contrata de cabotagem. Questionado sobre o cancelamento da contratação de 17 navios previstos no Programa de Modernização e Expansão da Frota - Promef, Silvino afirmou que a medida não afeta a capacidade de operação da Transpetro.
Durante sua palestra, Silvino mostrou as projeções de mercado de derivados no Brasil, que deve passar de 2,3 milhões de barris por dia em 2017 para 2,4 milhões de barris por dia em 2021. A expectativa é que o Brasil continue dependente das importações até lá, sem necessidade de expansões da atual infraestrutura. “Isso é possível com a otimização dos modais existentes”.
Sessão - Desafios para Construção da Infraestrutura para Abastecimento
de Derivados no Brasil
Antonio Rubens Silvino
Presidente – Transpetro
Leonardo Gadotti Filho
Presidente do Conselho Consultivo – Sindicom
Sergio Bandeira de Mello
Presidente – Sindigás
Marcus D’Elia
Sócio Executivo – Leggio
Moderador: José Augusto Dutra Nogueira– Diretor de Operações – Ipiranga |
