Edição 359 • 2014

Primeiro poço confirma petróleo de boa qualidade em Libra
Consórcio contrata plataforma que fará teste de longa
duração na área


Sonda Cerrado, da Schahin: perfuração do primeiro poço após o lielão da área de Libra
 

Por mais ferramentas para prospecção disponíveis, é na ponta da broca que se confi rma a reserva. E, no caso da área de Libra, a broca alcançou 5.326 metros de profundidade para confirmar a existência de petróleo de boa qualidade. O poço de extensão 3-BRSA-1255-RJS é o primeiro perfurado após o leilão da área – esse poço, conhecido informalmente como NW1, está localizado 4 km a sudeste do poço 2-ANP-2ARJS, descobridor da área. Outro poço está sendo perfurado na parte central da área e atravessará 5.875 metros.

O Programa Exploratório Mínimo determina a perfuração desses dois poços, a aquisição de dados sísmicos e a realização de um Teste de Longa Duração nos próximos quatro anos. No entanto, a primeira etapa proposta pelo comitê operacional – formado por Petrobras, Total, Shell, CNOOC, CNPC e PPSA – é a perfuração de seis poços até 2017.

A entrega do FPSO e o início do primeiro teste de longaduração estão previstos para o quarto trimestre de 2016. As obras de conversão do VLCC Navion Norvegia no FPSO serão realizadas no Estaleiro Jurong, em Singapura. A plataforma – com capacidade para produzir 50 mil barris de petróleo e comprimir 4 milhões de m³/dia de gás natural por dia – foi contratada às empresas Odebrecht e a americana Teekay. A ela serão interligados um poço produtor e um injetor de gás – o TLD será o primeiro a adotar um sistema com reinjeção de gás.

Libra, a primeira área licitada no Brasil pelo modelo de partilha de produção, tem 1,5 mil km² e reservas estimadas entre 8 e 12 bilhões de barris. Segundo estimativas do vice-presidente de E&P da Total para as Américas, Ladislas Paszkiewicz, o desenvolvimento da área demandará US$ 80 bilhões.

A Total anunciou recentemente um plano de desinvestimentos no valor de US$ 10 bilhões e a reformulação de seu plano de exploração com foco em projetos mais rentáveis.

Outra integrante do consórcio, a Shell fechou este ano a venda de 20% do campo de Parque dos Doces, na Bacia do Espírito Santo, e de 23% do Parque das Conchas, na Bacia de Campos.

 

 
 

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