Edição 356 • 2014

 

Perspectivas do pré-sal atraem fornecedores à Santos Offshore

 

Atraídas pelos negócios que devem ser gerados pela extração de petróleo da camada pré-sal, empresas fornecedoras de equipamentos e serviços tomaram a Santos Offshore como vitrine. 180 marcas buscaram apresentar suas novidades nesta sétima edição do evento.

78 empresas tiveram a oportunidade de apresentar seu portfólio a 15 empresas âncoras durante a Rodada de Negócios promovida pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo - Onip em parceria com o Sebrae-SP. As 373 reuniões realizadas durante os dois dias da Rodada geraram uma expectativa de negócios de R$ 112,5 milhões para os próximos 12 meses – um crescimento de 30% quando comparado com a Rodada realizada na edição anterior.

Já a Rodada de Negócios de Petróleo e Gás promovida pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - Ciesp – que tem metodologia diferente para mensurar os resultados – gerou a expectativa de R$ 2 milhões em negócios. Realizada no primeiro dia da Santos Offshore, a rodada reuniu 126 empresas – sendo 23 âncoras – em 947 reuniões.

O superintendente da Saipem do Brasil, Luca Cattedri, avalia que o desenvolvimento do pré-sal é um desafio importante – e que todos irão encontrar a sua oportunidade. A empresa já investiu US$ 500 milhões no centro de tecnologia e construção offshore, localizado no Guarujá / SP – que deverá entrar em operação no final deste ano.

 

Dez novas plataformas até 2016

Rodada de Negócios realizada pela Ciesp: 947 reuniões e expectativa de gerar R$ 2 milhões em negócios

 

A Petrobras montou uma estrutura de atendimento em seu estande para receber as empresas dispostas a fazer parte de seu cadastro de fornecedores. Nos últimos 15 meses, as duas unidades da companhia instaladas na região da Baixada Santista – Unidade de Operações e Exploração e Produção da Bacia de Santos e Refinaria Presidente Bernardes – gastaram R$ 360 milhões – no caso da UO-BS, a demanda cresceu seis vezes em relação

ao ano anterior. Mas apenas 5% desse total foi contratado às empresas da região.

A Bacia de Santos é a que mais contribuirá para o crescimento da produção nacional de petróleo e gás natural até 2020, segundo as projeções da Petrobras. Atualmente a produção de petróleo na Bacia soma 220 mil barris por dia – 80% desse volume é extraído da camada pré-sal. Este

ano a companhia deverá instalar mais duas plataformas – FPSO Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá Norte, e FPSO Cidade de Mangaratiba, na área de Iracema Sul, além de aumentar a produção dos FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Parati, nos campos de Sapinhoá e Lula Nordeste.

Em 2015 está prevista a entrada em operação do FPSO Cidade de Itaguaí, no campo de Iracema Norte. O maior salto, no entanto, ocorrerá em 2016, quando estão previstas sete plataformas. “Em 2020 a Petrobras deverá estar produzindo 4,2 milhões de barris por dia. Só na Unidade Operacional da Bacia de Santos serão 2 milhões”, destaca o gerente-geral da Unidade, Osvaldo Kawakami.

A estratégia para a movimentação logística na Bacia de Santos prevê a contratação de infraestrutura portuária – originalmente a Petrobras teria uma base logística própria, mas agora pretende contratar esse serviço, para não onerar o plano de investimentos, focado em exploração e produção. A licitação deverá ser lançada ainda neste semestre e concluída até o fim do ano – para que a operação tenha início em 2015.

“Acreditamos que as empresas privadas têm condições de nos atender prestando seus serviços”, explica Kawakami.

 
Qualificação

O coordenador de Conteúdo Local da Repsol Sinopec, José Agostinho, apresentou o sistema Cadfor, de cadastro de fornecedores durante o painel “Os esforços de ampliação de compras locais das empresas de exploração & produção”.

“Esse é o primeiro passo para quem quer fornecer serviços ao nosso setor. Depois disso, há uma análise feita, para saber se a empresa está certificada e dentro dos padrões de conteúdo local”, disse Agostinho.

O executivo recomenda que os fornecedores se certifiquem e busquem a certifi cação também dos seus subfornecedores.

“É preciso buscar a melhoria contínua”, alerta.

A qualificação de mão-de-obra também foi discutida durante a Santos Offshore. Na exposição, a Escola Móvel de Robótica Subaquática do Senai-SP – que forma operadores de ROV – atraiu a atenção de pessoas interessadas no curso e empresários interessados nos profissionais que passam pelo curso. Desde que foi criada, no início do ano, a escola já formou duas turmas – o curso é realizado com carga horária total de 80 horas.

Nos quatro dias do evento, 18,6 mil pessoas circularam pelo Mendes Convention Centes, segundo a Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora da Santos Offshore. O apoio de entidades de classe, como a Abinox, ajudou a elevar o número de expositores em relação à edição realizada em 2012.

 

Calibrador da Presys une software, hardware e
comunicação para ampliar produtividade

Os gestores de Negócios na Presys, Valdemir Junior e Newton Bastos: calibração ganhou novo status no setor de petróleo e gás com o rigor da medição fiscal e a prevenção de vazamentos

 

Imagine o que significa reunir os sinais elétricos e de pressão em um único calibrador portátil – e a ele ainda agregar protocolos de comunicação

Hart, Modbus, Ethernet e wi-fi . Produtividade.

É essa a proposta do novo calibrador universal de processo Isocal MCS-VX, que a Presys apresentou na Santos Offshore. O equipamento opera os sinais da instrumentação incluindo duas entradas de pressão e dispõe de software supervisório que realiza o controle automático das calibrações.

O Isocal MCS-VX foi desenvolvido no contexto do sistema integrado de metrologia produtiva - Simp – a união entre software, hardware, comunicação e metrologia visando ganhos de produtividade na calibração.

“O técnico consegue configurar o transmissor através do protocolo Hart, e também registrar as informações e transformá-las em gráficos”, explica o gestor de Negócios da empresa, Newton Bastos.

O calibrador também comporta o armazenamento de vídeos em sua memória interna – permitindo que os técnicos tenham acesso a tutoriais com instruções de trabalho quando estiverem realizando a calibração de um instrumento no campo.

A calibração ganhou novo status no setor de petróleo e gás com o rigor da medição fiscal e a prevenção de vazamentos.

Há uma quantidade muito maior de medidores multivariáveis instalados nas linhas de transferência, que demandam calibrações periódicas – as novas plataformas da Petrobras já são equipadas com bancadas de calibração. “Quando falamos em medição fiscal, os medidores precisam medir pressão estática, pressão diferencial e temperatura para calcular a vazão. O nível de exatidão requerido nas estações de medição - EMEDs

é muito mais rigoroso do que para um equipamento de processo”, explica Newton.

 

Bartec fornece sistemas de traço elétrico para
plataformas do pré-sal

Rana: linha de equipamentos para atmosferas explosivas

 

A Bartec fechou um contrato de fornecimento de sistemas de traço elétrico para aquecimento que será instalado em seis FPSOs replicantes.

A tecnologia é uma alternativa ao uso do vapor para manter a temperatura dos fluidos em dutos e tanques – com menores custos de manutenção.

Esse é um dos contratos mais significativos assinados desde que a empresa alemã criou a subsidiária brasileira, há um ano.

Até 2010, os equipamentos da Bartec chegavam ao Brasil através de representantes. A estratégia de expansão e as perspectivas de crescimento do mercado foram determinantes para a decisão de investir em uma subsidiária no país. “Nos últimos anos, a Bartec cresceu na Ásia. O próximo passo seria o Brasil”, conta o diretor da subsidiária, Paulo Rana.

No stand montado na Santos Offshore, a Bartec apresentou sua linha de equipamentos para áreas classificadas – que além dos sistemas de traço elétrico inclui botoeiras, caixas, motores elétricos, IHMs, analisadores de processo até sistemas de comunicação para processo e sistemas de segurança. O portfólio de produtos vem crescendo com a aquisição de empresas – como a fabricante de câmeras Pixavi, que passou a fazer parte do grupo no final do ano passado.

Escola móvel de robótica subaquática do Senai: formação de operadores de ROV


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Recap: processamento 24% maior
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Revap: processamento recorde
Refap: inovação garante performance de HDT

RPBC: aditivo permite maior processamento de RAT

Replan: derivados mais limpos

Regap: ANP autoriza
aumento de capacidade

Rlam: novas unidades para limpar derivados

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Manguinhos: à espera de uma decisão do STF
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Petróleo & Gás


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Jornal

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