Edição 337 • 2011

O refino de óleos pesados na produção de diesel e seu impacto no diferencial leve-pesado dos preços do petróleo

Pedro Avila Doutorando em Planejamento Energético – Coppe/Ufrj

Resumo:
Este estudo busca discutir os possíveis desdobramentos do mercado de óleo diesel, identifi cando os gargalos na capacidade atual de produção do derivado e sinalizando para as opções de expansão das unidades de conversão do parque de refi no para atender a demanda pelo combustível. A análise parte da demanda pelo derivado chegando até os condicionantes da oferta, o que remete ao tipo de petróleo em questão, sua disponibilidade e preços. Ou seja, através de uma análise netback, partindo da demanda pelo derivado e chegando à oferta do óleo cru, buscou-se avaliar o impacto do aumento do processamento de óleos pesados para produção de diesel no diferencial leve-pesado dos preços do petróleo. Como resultados, foram avaliadas as circunstâncias que levam ao aumento ou diminuição do diferencial de preços, e as relações de casualidade entre estas variações. Mesmo em um cenário de deslocamento parcial do diesel por combustíveis alternativos, a análise sugere que há necessidade cada vez maior de unidades de conversão no parque de refi no para processar petróleos mais pesados, e, ao mesmo tempo, o preço do barril de referência deve se manter em um patamar elevado para possibilitar margens mínimas de refi no.


Refinaria Abreu e Lima S. A.

Sylvestre Vasconcelos de Calmon Engenheiro Químico Diretor Industrial da Refinaria Abreu e Lima SA
Silmara Wolkan Engenheira Química Gerente de Engenharia de Processos da Refi naria Abreu e Lima SA


Resumo:
O esquema de produção da Refi naria Abreu e Lima representa uma grande vantagem competitiva considerando-se a evolução atual do mercado de derivados, o qual vem apresentando um crescimento contínuo no consumo de médios. Este esquema permitirá uma signifi cativa agregação de valor aos óleos pesados nacionais da Bacia de Campos e aos venezuelanos da Faixa do Orinoco, através da conversão de até 70% dos mesmos para diesel, produto cuja demanda doméstica tem que ser atualmente complementada por importações. Com o objetivo de tornar o País autossufi ciente neste derivado está sendo construída em Ipojuca, no Estado de Pernambuco, uma refi naria com capacidade de 230 mil bpd, especialmente projetada para processar óleos de 16° API e um perfi l de produção feito sob medida para o mercado brasileiro. Embora os processos de refi no escolhidos sejam já tradicionais, o seu arranjo torna a refi naria única. São previstos dois conjuntos idênticos de processamento, formados por unidades de destilação atmosférica, coqueamento retardado e hidrotratamento de diesel e nafta. A carteira de produtos disponíveis para venda será formada por diesel com baixo teor de enxofre, nafta para a petroquímica, GLP, coque verde de petróleo, óleo combustível, ácido sulfúrico e enxofre.


Simulação de colunas de adsorção para a remoção de enxofre presente em óleos lubrificantes

D. G. M. Mendonça, A. A. Ulson de Souza, S. M. A. Guelli U. Souza Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Química

Resumo:
Neste trabalho desenvolveu-se um simulador baseado na fenomenologia do processo adsortivo para dimensionamento de colunas de adsorção. Também se avaliou a capacidade de regeneração do carvão ativado após a sua saturação com enxofre. O carvão utilizado foi regenerado à temperatura de 300oC, sendo que 89,68% da sua capacidade de adsorção foi restituída na primeira regeneração. Os resultados obtidos pela rotina computacional corroboraram com os dados experimentais, sendo que o modelo da difusão na superfície descreve adequadamente o processo de transferência de massa no interior das partículas. O processo de adsorção em coluna possui um grande potencial para ser aplicado como alternativa ou complemento ao hidrotratamento de óleos lubrifi cantes.


Hidrorrefino e enxofre no parque de refino de petróleo brasileiro: evolução e perspectivas

Rafael Pinotti – Caio Delgaudio Petrobras

Resumo:
Como principal heteroátomo presente no petróleo, o enxofre tem muita relevância no parque de refi no. A sua presença nos combustíveis tem sido objeto de preocupação no mundo, motivando a evolução das legislações ambientais para condições mais restritivas em relação à emissão de SOx nas refi narias e a especifi cações mais rígidas dos teores máximos de enxofre nos derivados do refi no de petróleo. Este cenário leva as indústrias refi nadoras a investirem muito nas tecnologias de hidrotratamento, de geração de hidrogênio e de recuperação de enxofre. Nesse artigo descrevemos como o enxofre é vinculado ao petróleo, quais são os tipos de processo de refi no utilizados na sua remoção e recuperação, qual é a ordem de grandeza da quantidade de enxofre com a qual o parque de refi no da Petrobras lida, e como ela planeja se adequar aos novos limites de teor de enxofre para os principais combustíveis, tanto em termos de novas unidades em refi narias existentes, quanto em termos de novas refi narias.


Ligante asfáltico modificado: uma abordagem sobre a utilização dos modificadores, polímero EVA e fibra natural da Amazônia

Tayana Mara Freitas da Cunha e Consuelo Alves da Frota Grupo de Geotecnia (GEOTEC), Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Resumo:
Vários trabalhos têm sido publicados com o intuito de melhorar as propriedades dos ligantes asfálticos devido à expressiva necessidade de pavimentos que suportassem o elevado volume de tráfego, de forma a proporcionar segurança e conforto aos usuários. Nesse sentido, a adição de polímeros tem como objetivo prevenir a ruptura prematura do pavimento, de forma a aumentar a sua vida útil e reduzir os custos de conservação e restauração, além de contribuir para maior resistência ao envelhecimento e adesão aos agregados utilizados na mistura asfáltico. Os materiais advindos da região Amazônica também confi guram excelente fonte de recursos para a melhoria na pavimentação, como o uso de fi bras naturais como agente de reforço. Dessa forma, neste trabalho foram preparadas e caracterizadas, pelos ensaios da Agência Nacional de Petróleo – ANP e termogravimetria, utilizando o Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP 50/70), produzido na Refi naria Isaac Sabbá (REMAN), pela adição de 2% p/p de EVA (copolímero de acetato de etila e vinila) e 2% p/p de fi bra da casca de couepia edulis (castanha de cutia). Os resultados para os ligantes asfálticos modifi cados, comparados ao ligante tradicional, apresentaram: resistência ao envelhecimento, bem como, aumento da rigidez e consistência e excelente estabilidade térmica a 300 °C, condições de agitação e altas temperaturas nos processos que serão submetidos.



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