Edição 334 • 2011

Desenvolvimento de fluidos de perfuração inibidos isentos de cloro

Danielly Vieira de Lucena Doutoranda, PPGEMat
Luciana Viana Amorim Profª. Doutora, UAEM -UFCG
Hélio de Lucena Lira Prof. Doutor , UAEMat- UFCG

Resumo:

Atualmente, em virtude das regulamentações impostas pelas agências de proteção ambiental, a aplicação de inibidores de inchamento de argilas expansivas em fluidos de perfuração tem sido amplamente discutida e novos produtos isentos de cloro estão sendo avaliados. Deste modo, este trabalho tem por objetivo desenvolver fluidos à base de água inibidos atóxicos e ambientalmente corretos para perfurações em seções compostas por formações hidratáveis. Para a preparação dos fluidos de perfuração inibidos foram utilizados os seguintes aditivos: antiespumante, viscosificante, redutor de filtrado, controlador de pH, inibidores de argila expansiva (sulfato, acetato e citrato de potássio), bactericida, lubrificante, e selante.

A aplicabilidade dos fluidos de perfuração de base aquosa com alto poder de inibição está direcionada a perfurações de seções compostas por folhelhos e argilas hidratáveis, e contribuem para sanar problemas de estabilidade de poços que estão relacionados à inabilidade do fluido de perfuração, em controlar a hidratação de tais formações. Os fluidos de perfuração são indispensáveis à indústria de perfuração e, em muitos casos, surge à necessidade de utilização de inibidores de inchamento de argilas, a fim de se evitar a incorporação de sólidos ao fluido de perfuração e a perda de estabilidade do poço.

Os resultados alcançados são bastante promissores. A partir da avaliação dos parâmetros reológicos e de filtração dos fluidos desenvolvidos pode-se verificar que os todos fluidos desenvolvidos apresentaram desempenho semelhante ou superior aos utilizados pela indústria de petróleo (KCl e polímeros catiônicos) e que os fluidos preparados com o inibidor citrato de potássio (inibidor isento de cloro), apresentaram os melhores resultados para as propriedades analisadas. Com isso, o inibidor citrato de potássio pode se constituir em um produto alternativo à substituição dos inibidores tradicionalmente empregados nas operações de perfuração.


O risco de exploração e a desvalorização de ativos empregados na atividade de exploração e produção de petróleo e gás: o tratamento contábil e a transparência aos investidores

João Carlos A. Domingues Professor do
Departamento de Contabilidade – FEA-RP/USP
Carlos R. Godoy Professor do
Departamento de Contabilidade – FEA-RP/USP


Resumo:
No processo de reconhecimento e capitalização de ativos de exploração e produção (E&P) existe a dificuldade em manter contabilizados nas empresas esses ativos pelo real valor de seus benefícios econômicos futuros. Dentro desse contexto, na busca de se evidenciar o efetivo valor justo (econômico) de um ativo, a contabilidade utiliza-se, dentre outras práticas, do impairment. Assim, o presente trabalho objetiva apresentar a aplicação do teste de impairment na indústria petrolífera e, especificamente, na atividade de E&P de petróleo e gás, evidenciando a estreita relação existente entre o risco e a desvalorização de ativos de E&P. Através do levantamento da normatização sobre o teste, concluiu-se que, apesar de apresentarem consideráveis semelhanças, as diferenças observadas entre as normas podem comprometer a qualidade da informação contábil, além de distorcer o real objetivo do instrumento. Quanto ao risco, concluiu-se que na prática do teste de recuperabilidade dos valores registrados dos ativos está implícita a principal característica da indústria petrolífera: o risco existente na atividade de exploração e produção.


Impactos socioeconômicos da produção de petróleo e gás natural em campos marginais

Doneivan F. Ferreira (UFBA),
Paula C. Soprano (Geo Innova),
Paulo A. Araujo (Geo Innova),
Victor M. Vieira (Geo Innova)

Resumo:
Uma atuação eficiente, tanto do setor público quanto privado, requer planejamento e monitoramento. Para tanto, faz-se necessário a análise sistemática dos impactos econômicos de projetos e programas (existentes, ou potenciais) nas regiões de interesse. A atuação de produtores pequenos e independentes na produção de campos marginais vem ocorrendo desde 2000 sem qualquer tipo de análise dos seus impactos econômicos e sociais. Devido aos sérios desafios enfrentados para consolidação desse mercado, tais estudos passam a ser críticos. Além dos gargalos importantes enfrentados pelo setor de petróleo como um todo, pequenos produtores enfrentam um cenário regulatório feito para grandes empresas, com incertezas na área de regulação ambiental, e, principalmente, com a oposição da Petrobras.

Este fator de oposição não seria um grande problema se o ambiente de negócio não tivesse um comportamento de monopólio. No entanto, toda a cadeia produtiva encontra-se voltada para o atendimento de uma única empresa. O poder e o método de compra da principal empresa de petróleo do Brasil exercem influência direta nos preços e na disponibilidade de serviços e equipamentos. Ainda mais importante, a empresa detém a concessão de campos atualmente marginais. Muitos desses campos encontram-se subutilizados com centenas de poços parados os quais poderiam ser operados por outros operadores em contratos de terceirização ou por produtores independentes sob novos contratos de concessão.


Valor da opção de expansão na seleção da estratégia ótima de explotação de petróleo

Gabriel A. da Costa Lima Doutor, Engenheiro – DEP / FEM / Unicamp
Márcio A. Sampaio Pinto Doutorando, Físico – DEP / FEM / Unicamp
Ana Teresa F. S. G. Ravagnani Doutora,
Engenheira – DEP / FEM / Unicamp
Denis J. Schiozer Professor titular,
Engenheiro – DEP / FEM / Unicamp


Resumo:
Este trabalho apresenta um estudo de caso de seleção de estratégia de produção de petróleo empregando-se a teoria das opções reais para avaliar a alternativa de expansão da capacidade de produção por meio de perfuração de poços adicionais. O reservatório objeto deste artigo se encontra localizado em águas profundas com óleo de 28 ºAPI. A opção de expansão da produção pode ser exercida a qualquer momento durante os primeiros três anos de produção. Esta opção agrega valor ao projeto e não pode ser corretamente avaliada pela abordagem tradicional do VPL. A variabilidade do valor presente do fluxo de caixa do projeto é modelada por meio de um modelo binomial que é muito comum na teoria de precifi- cação de opções financeiras.

Além disso, a metodologia considera a restrição operacional de capacidade de produção de fluidos, injeção e tratamento de água para selecionar a melhor alternativa de desenvolvimento do campo de petróleo. Neste campo petrolífero, a otimização da estratégia de produção foi realizada considerando-se parâmetros tais como tipo e confi- guração de poços, camadas de completação e programação de abertura e fechamento de poços. Os resultados indicam que o valor da flexibilidade de expansão da capacidade de produção pode agregar valor ao projeto no caso em que ela for exercida no primeiro ou segundo ano após o início da produção. Mas, o seu valor se torna insignificante quando o exercício ocorre no terceiro ano após o início da produção.


Predição de perfis geofísicos faltantes de poços através de técnicas de classificação por redes neurais artificiais

Mikaela Anuska Oliveira Maia Graduada,
Ciência da Computação - UFCG
Herman Martins Gomes Professor Doutor,
Ciência da Computação - UFCG
José Agnelo Soares Professor Doutor, Petrofísica - UFCG


Resumo:
Os perfis geofísicos de poços podem ser definidos como imagens visuais das características e propriedades de uma formação geológica, sendo adquiridos ao longo da profundidade de um poço de petróleo. Perfis são, portanto, de fundamental importância na identificação e quantificação das reservas de petróleo e gás [THOMAS, 2001]. A atividade de análise das propriedades da formação normalmente exige a disponibilidade de um número razoável de curvas representativas dos dados dos perfis de um poço. Porém, a disponibilidade de um conjunto completo de perfis nem sempre é possível, seja por dificuldades operacionais, indisponibilidade de sondas ou por questões de priorização no momento da contratação do serviço de aquisição dos dados.

A ausência de uma dada curva de perfil pode resultar na impossibilidade de se efetuar análises específicas para aquele trecho do poço e, independente do motivo, pode dificultar a realização de determinadas operações futuras no campo. Neste trabalho foi investigada uma abordagem alternativa para o problema da predição de curvas faltantes em perfis de poços a partir da utilização de Redes Neurais Artificiais (RNAs). As RNAs possuem algumas propriedades interessantes, como capacidade de aprendizagem a partir de exemplos, generalização de padrões não treinados, tolerância a falhas, dentre outros aspectos que auxiliaram na predição destas curvas faltantes.

A abordagem desenvolvida neste trabalho considerou: métodos para seleção de janelas nos perfis geofísicos obtidos em um poço, tratamento de dados faltantes antes do treinamento, replicações das RNAs para obtenção de melhores resultados. Como principal resultado, foi possível a estimação automática de perfis faltantes com um erro aceitável na medida em que foram considerados suficientes para realização de análises geofísicas.


Utilização do planejamento de experimentos no estudo da eficiência de inibição de misturas de compostos orgânicos para o tratamento de acidificação de poços de petróleo

E.C.S. Elias Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro
E.C.A.N. Chrisman Departamento de Processos Orgânicos-/EQ/UFRJ

Resumo:

Atualmente, em virtude das regulamentações impostas pelas agências de proteção ambiental, a aplicação de inibidores de inchamento de argilas expansivas em fluidos de perfuração tem sido amplamente discutida e novos produtos isentos de cloro estão sendo avaliados. Deste modo, este trabalho tem por objetivo desenvolver fluidos à base de água inibidos atóxicos e ambientalmente corretos para perfurações em seções compostas por formações hidratáveis. Para a preparação dos fluidos de perfuração inibidos foram utilizados os seguintes aditivos: antiespumante, viscosificante, redutor de filtrado, controlador de pH, inibidores de argila expansiva (sulfato, acetato e citrato de potássio), bactericida, lubrificante, e selante.

A aplicabilidade dos fluidos de perfuração de base aquosa com alto poder de inibição está direcionada a perfurações de seções compostas por folhelhos e argilas hidratáveis, e contribuem para sanar problemas de estabilidade de poços que estão relacionados à inabilidade do fluido de perfuração, em controlar a hidratação de tais formações. Os fluidos de perfuração são indispensáveis à indústria de perfuração e, em muitos casos, surge à necessidade de utilização de inibidores de inchamento de argilas, a fim de se evitar a incorporação de sólidos ao fluido de perfuração e a perda de estabilidade do poço.

Os resultados alcançados são bastante promissores. A partir da avaliação dos parâmetros reológicos e de filtração dos fluidos desenvolvidos pode-se verificar que os todos fluidos desenvolvidos apresentaram desempenho semelhante ou superior aos utilizados pela indústria de petróleo (KCl e polímeros catiônicos) e que os fluidos preparados com o inibidor citrato de potássio (inibidor isento de cloro), apresentaram os melhores resultados para as propriedades analisadas. Com isso, o inibidor citrato de potássio pode se constituir em um produto alternativo à substituição dos inibidores tradicionalmente empregados nas operações de perfuração.





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