Edição 323 • 2010

Detalhes que fazem diferença
A evolução dos computadores abriu espaço para os geólogos, geofísicos e engenheiros trabalharem com uma quantidade extraordinária de informações na exploração do petróleo

Flávio Bosco

Nos anos 70, os avanços na capacidade dos computadores proporcionaram uma revolução na atividade exploratória: o surgimento da sísmica 3D. A quantidade extraordinária de informações possibilitou uma análise mais efi ciente das possíveis acumulações de petróleo guardadas no subsolo. Agora, a busca por petróleo conta com uma fartura ainda maior de informações, resultado de diversas frentes de pesquisa científica. A geofísica continua sendo um método indireto para indicar a existência de jazidas de petróleo e gás – mas, além de revelar com mais nitidez as interfaces do subsolo, ela também passou a prever as propriedades físicas das rochas.

A mais recente inovação na aquisição sísmica são os métodos que trabalham com múltiplos azimutes – chamado de wide-azimuth, esse tipo de imageamento sísmico é feito com a instalação de receptores em várias direções além da linha de tiro do navio de aquisição. Com um número maior de hidrofones a energia que se espalhou acaba sendo capturada em algum instante, enriquecendo a resolução da imagem. Outra novidade é o uso dos dados eletromagnéticos, velhos conhecidos da área de mineração. Diferente do método sísmico, que trabalha com ondas acústicas, o sinal eletromagnético mede a resistividade do fl uido dentro da rocha. “As ferramentas matemáticas de estatística multivariada também têm sido frequentemente testadas. Com essas ferramentas é possível extrair informações importantes de uma vasta quantidade de dados sísmicos e de perfi lagem de poços, e com isso prever as propriedades físicas das rochas em áreas onde não há poços”, destaca o professor Emilson Pereira Leite, do Instituto de Geociências da Unicamp.

O que se pode esperar das aplicações desses métodos é uma radiografi a muito mais detalhada do subsolo, quase uma ressonância magnética, principalmente em regiões classifi - cadas como complexas, onde as técnicas de aquisição sísmica pura tem mais difi culdade para enxergar com resolução sufi ciente – nos levantamentos sísmicos, qualquer deformação de sinal, variação de velocidade ou mesmo refl exões múltiplas coloca a perder todo o imageamento. Um estudo conduzido pela EMGS – empresa norueguesa que trouxe o método eletromagnético para a exploração offshore – mostrou que o índice de sucesso praticamente dobrou em 86 áreas em que o mapeamento da impedância acústica obtido pela sísmica esteve combinado com o mapeamento da resistividade elétrica. “O índice médio de sucesso na exploração, no mundo, fi ca em torno de 25% a 35%. Mas quando foi feito também o levantamento eletromagnetico, verifi camos que o índice foi para uma faixa entre 60% e 75%”, conta o country manager da EMGS no Brasil, Ricardo Perrone. Petróleo que não estaria vindo à tona não fossem os aperfeiçoamentos das ferramentas que descrevem a composição do subsolo.

Os dados sísmicos ainda são coletados por um conjunto de cabos com hidrofones que são arrastados na superfície do mar, ou espalhados no solo quando o levantamento é feito em terra fi rme – assim tem sido há quase quatro décadas em praticamente todos os levantamentos. Informações sobre a resistividade das rochas, porosidade, radioatividade, extraídas dos perfi s de poços, são integradas aos dados sísmicos para mapear as regiões longe dos poços. Os avanços tecnológicos permitem obter seções sísmicas de maior resolução vertical e lateral, com mais detalhes sobre a região do reservatório. Processar essa quantidade de algoritmos para detalhar modelos, no entanto, é uma tarefa que sempre exigiu computadores superpoderosos.

O ponto de partida dessa evolução, novamente, é o progresso dos hardwares e softwares. “Na realidade, temos uma idéia, mas só conseguimos concretizar quando você tem capacidade computacional sufi ciente”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Geofísica, Eduardo Lopes de Faria. Quando o método eletromagnético foi apresentado para prospecção de petróleo, há oito anos, provocou um certo ceticismo nos geofísicos. A proposta não era substituir os tradicionais levantamentos sísmicos, mas integrar os dados de resistividade com as outras ferramentas de exploração – como a resistividade elétrica é bastante sensível à presença de petróleo, um levantamento eletromagnético pode confi rmar a existência de uma formação onde a sísmica indicou amplitudes interessantes.

O levantamento é realizado a partir da emissão de ondas eletromagnéticas disparadas por uma fonte que é arrastada bem próxima do assoalho marinho. Lá estão instalados os receptores que vão capturar esses sinais e medir a resistência da área – daí o método ser conhecido também por Sea Bed Logging ou Controlled Source Electro-Magnetic.

A EMGS já realizou 450 desses levantamentos mundo afora – no Brasil, foram quatro, nas Bacias de Barreirinhas, Jequitinhonha e Campos. Mas, como nada nesse mundo é perfeito, a principal limitação do método eletromagnético está justamente nas áreas do pré-sal – o sal, por ser altamente resistivo, é perfeitamente identifi cado pelas ondas eletromagnéticas, mas não permite que elas ultrapassem sua camada. Essa forma de dispor os receptores é muito semelhante aos sistemas de aquisição Ocean Bottom Cables e Ocean Bottom Seismometers – OBC, OBS ou sísmica com cabo de fundo: os sensores, em vez de serem rebocados próximos à superfície do mar por navios, são dispostos no leito oceânico.

A diferença, no caso da sísmica OBC, é que o air gum – equipamento que emite as ondas sonoras – permanece no navio. Mas sua vantagem está na utilização da técnica 4C: seus receptores multicomponentes registram o campo de ondas em três direções, ortogonais entre si, e um hidrofone mede a componente de pressão. “Quando a componente de pressão e a componente vertical do campo de onda são combinadas, produz-se seções sísmicas com menos interferência de refl exões múltiplas. Além disso a princípio pode-se extrair informações tanto das ondas P (principal) quanto das ondas S (cisalhante)”, explica o professor Emilson

Não se trata de algo trivial – a complexidade da aquisição e do processamento encarece toda a operação. “Como os custos são altos, utilizamse grandes intervalos entre os receptores, o que faz com que a amostragem de dados seja relativamente pobre, difi cultando o processamento adequado para um imageamento de maior detalhe”, completa. Já o método wide-azimuth ainda não tem tantas experiências no Brasil – o primeiro levantamento com essa nova metodologia está sendo realizado para a Karoon em uma área de 510 km² na parte sul da Bacia de Santos. No Golfo do México, no entanto, essa tecnologia já faz parte da rotina exploratória. Tanto na técnica wide-azimuth – em que um número maior de receptores é arrastado pelo navio – quanto nos métodos multi-azimuth – quando a fonte sonora é disparada várias vezes em direções diferentes – e full azumuth – quando o barco navega em trajetória circular, aumentando o número de emissões sonoras para um número menor de receptores – o objetivo é o mesmo: aumentar a quantidade de ondas acústicas captadas. Arranjos mais amplos dos receptores e técnicas de tiros em turnos tornam mais efi ciente o levantamento. “A aquisição 3D, como é feita hoje, com poucos azimutes, tem a visão só de uma determinada direção.

A energia se espalha e se o receptor estiver em uma região de pouca energia, não vai ver nada. Com receptores em outras direções, em algum instante é possível ver a energia que a rocha espalhou”, explica Eduardo Faria.




Sísmica “pacífica”

A localização de reservatórios sem a necessidade de explosivos – um método que, além de mais barato facilita o licenciamento ambiental em biomassas sensíveis – ganhou muita força após a Shell descobrir o seu primeiro poço produtor na Áustria após dez anos tentando encontrar petróleo com métodos tradicionais. Trata-se da sísmica passiva, uma metodologia de levantamento que opera apenas com as vibrações naturais do terreno. Coincidência ou não, a Shell iniciou o maior projeto em parceria com a suíça Spectraseis – pioneira e maior produtora dos estudos publicados sobre sísmica passiva – com a instalação de 120 estações sismigráfi cas no deserto do Egito, para registro simultâneo.

Dentro da sísmica passiva, é a anomalia de espectro – que mede a vibração natural da terra – que é utilizada para identifi car reservatórios. Isso porque a presença de petróleo distorce o espectro natural da terra. Outra função é o monitoramento de microatividade sísmica induzida por seções de estimulação hidráulica dos poços – monitorando os microtremores que ocorrem durante os processos de fraturamento, os engenheiros conseguem mapear o reservatório. “Há até oito anos, os geofísicos acreditavam que ela poderia ser usada para escolher os locais onde seriam feitos os levantamentos sísmicos convencionais. Só que, como esse método ainda não se encontra bem desenvolvido, a indústria do petróleo começa a entender que seja mais vantagem utilizar após o levantamento: antes de fazer um furo de US$ 5 milhões a US$ 7 milhões, eles fazem uma medição com sísmica passiva para indicar se aquela estrutura é portadora de óleo”, conta o professor Afonso Vasconcelos, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo No Brasil este método já foi aplicado em Mossoró, na parte onshore da Bacia do Rio Grande do Norte, pela própria Spectraseis, e no Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraná e Minas Gerais pela equipe do professor Afonso.

Agora o desafi o é aperfeiçoar esse método – a sísmica passiva emprega um fenômeno muito pouco conhecido e com teoria ainda não fundamentada, e seus resultados são baseados apenas na observação empírica, que é o aumento da energia sísmica nas frequências entre 2 Hz e 4 Hz. O professor Afonso prepara um projeto para aquisição de estações sismográfi cas que serão utilizadas no estudo. Sua linha de pesquisa segue o mesmo raciocínio do projeto tocado pela Spectraseis: entender porque ocorrem falhas e melhorar os modelos. Durante a noite, por exemplo, as anomalias não são enxergadas pelo método. Na região de Mossoró, as medidas sobre reservatórios em produção não apresentam a anomalia esperada. Por outro lado, em reservatórios com a exploração mais modesta ou que ainda não estão em exploração, e até em áreas difíceis com camadas de basalto com mais de 1 km de espessura como na Bacia do Paraná, as anomalias são claras.



Nada convencional
Um método ainda tratado como potencial é a gradiometria gravimétrica, que mede pequenas variações no campo gravitacional. A gradiometria gravimétrica fornece informações sobre a estrutura – falhas geológicas que podem estar associadas à presença de petróleo e gás – e sobre a densidade das rochas em subsuperfície. “Como a densidade é um parâmetro que também é obtido pela sísmica, então a combinação desses dados pode ajudar na interpretação fi nal, uma vez que a distribuição de densidades deve explicá- los simultaneamente”, avalia o professor Emilson, da Unicamp. Outro método adotado pela indústria do petróleo para melhor entender a evolução térmica das bacias petrolíferas é a termocronologia por traços de fi ssão em apatita – uma técnica de datação geralmente utilizada para reconstrução de histórias termais, que possibilita avaliar o tempo e o volume do aporte de sedimentos em bacias sedimentares e o potencial de maturidade de hidrocarbonetos – utilizada inclusive pela Petrobras.

Os estudos que correspondem a um marco da aplicação desse método na indústria do petróleo foram feitos nos anos 80 na Austrália. “Se não existirem traços de fi ssão nas amostras analisadas, as temperaturas foram as mesmas e consequentemente toda a área de onde foram coletadas, foram superiores a 110ºC, apagando os traços de fi ssão e, portanto eliminando a possibilidade de geração de hidrocarbonetos. Consequentemente a bacia não deverá ser produtora de petróleo”, explica a professora Silvia Helena Arcanjo, ligada à Universidade Federal do Maranhão.

 
Um olhar dentro do reservatório
As inovações em levantamentos sísmicos não estão a serviço apenas da fase de exploração, diga-se de passagem. A evolução tecnológica começa a produzir soluções para diversos desafi os da produção. Com ela é possível acompanhar como o óleo está sendo drenado – ou retido – dentro do reservatório e o avanço da água injetada. Isso porque, em alguns casos, muito petróleo pode ser extraído sem que a modelagem do reservatório inicialmente possa prever. Já existem várias experiências nesse sentido – basicamente, comparando levantamentos feitos em datas diferentes, os engenheiros aprendem a dinâmica da produção. A Petrobras tem um contrato de prestação de serviços com a PGS que prevê o mapeamento 4D nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo – ainda este ano a companhia inicia os levantamentos nos campos de Papa-Terra e Maromba, em Campos. “O grande breakthrough foi no campo de Marlim, onde conseguiram identifi car claramente alguns defeitos. De lá para cá a sísmica 4D vem evoluindo bastante”, destaca o professor Denis Schiozer, do Departamento de Engenharia de Petróleo da Unicamp.

Nas áreas onde há grande concentração de plataformas, a aquisição pode contar com a tecnologia OBC – é o caso do trabalho realizado pela RXT para a Petrobras nos campos de Albacora e Marlim, também na Bacia de Campos. Outro método – o 3D VSP, de Vertical Seismic Profi le – permite levantar dados a partir de sensores instalados dentro do poço. As informações coletadas nos geofones permitem visualizar o reservatório. Também nesse caso, o trabalho conta com informações das ondas P e S.
 
Grupo vai estudar carbonatos
A Petrobras assinou um protocolo de cooperação tecnológica com a Unicamp, Unesp e UENF voltado a criação de um Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos. O objetivo é gerar tecnologias e know how a respeito da dinâmica das rochas carbonáticas, localizadas na camada pré-sal. A UFRJ e a UFF também irão participar do esforço. “O carbonato, do ponto de vista da geologia, já é um desafi o. Antes de saber como o petróleo vai ser produzido, precisamos entender como é o reservatório”, ressalta o professor Denis Schiozer, ligado ao Departamento de Engenharia de Petróleo da Unicamp. O grupo está agora debruçado sobre o plano de trabalho nas áreas de geologia, engenharia de reservatórios, modelagem e simulação.

O acordo deve incluir também intercâmbios com entidades internacionais. “Em geral o carbonato é uma rocha bem complexa, com fraturas, alta porosidade e alta heterogeneidade. Por conta dessa característica, fi ca difícil até generalizar para o campo inteiro as informações localizadas em um poço”, explica o professor Denis.


Ciclo de alta
Quando abriu a exploração de petróleo para as companhias privadas, há dez anos, o Brasil assistiu a maior campanha sísmica de sua história. Agora o otimismo em torno do pré-sal deve bater novo recorde. O potencial é grande para aquisição sísmica e para perfuração. Somente para a área de Tupi – a primeira do pré-sal a entrar em operação – a Petrobras prevê perfurar mais sete poços exploratórios este ano, além dos seis já perfurados e um poço produtor para o projeto piloto. Na área vizinha de Iara, o segundo poço exploratório será perfurado este ano. Nessa área do BM-S-11 a companhia tem até 31 de dezembro deste ano para declarar sua comercialidade à Agência Nacional do Petróleo. Ao todo, a campanha exploratória da Petrobras se aproximará do recorde batido em 2002, quando perfurou 66 poços. Há também a ousada campanha da OGX, que planeja perfurar 27 poços este ano – cinco sondas já estão em operação nas Bacias de Campos e Santos.

Somados, o total de investimento em exploração no país alcançará a cifra de R$ 9 bilhões este ano. Se nenhuma outra área for licitada pela ANP, mesmo assim há atividade exploratória programada pelos próximos cinco anos. Isso sem contar com o próprio Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da Agência – um investimento de R$ 1,016 bilhão diluídos nos cinco anos de vigência. Para este ano, o Plano prevê o início da campanha de perfuração de poços estatigráfi cos em áreas terrestres, além de levantamentos 2D e piston core, sobretudo em novas fronteiras terrestres, como Parnaíba e Paraná, e marítimas, como Jacuípe, Pernambuco-Paraíba e Ceará.



Vem aí as sondas de sétima geração
A megalicitação que a Petrobras está conduzindo para adquirir 28 plataformas de perfuração deve inaugurar a sétima geração de sondas – pelo menos essa é a expectativa dos técnicos da companhia, que esperam ver capturadas as tecnologias que vão colocar as plataformas em um patamar mais avançado. Os três editais permitem que as empresas contratem a Huisman, que desenvolve um novo conceito para sistemas de perfuração – embora ainda inédito, o design agradou a Petrobras por possibilitar trabalhos em lâminas d’água superiores a três mil metros, além de um novo layout da sonda, calados maiores e mais espaço no convés. Entre as inovações constam a nova forma de estaleirar e movimentar as colunas de perfuração – a geometria da torre, tubular e central, possui braços articulados que possibilitam girar 360º ao seu redor, eliminando a necessidade de uma subestrutura e otimizando o espaço da sonda.

O centro de gravidade da plataforma está localizado em uma posição inferior, o que aumenta a sua estabilidade e versatilidade de deslocamentos. A entrega das propostas – adiada em dois meses a pedido dos participantes – está prevista para maio. São três licitações conduzidas em paralelo – duas pela Área de Engenharia, para aquisição de sete navios- sonda e duas plataformas com qualquer tipo de casco, e um processo a cargo da Área de E&P, que afretará 19 sondas.

A exigência da Petrobras é a construção no Brasil, a partir de projetos também elaborados no país, e que as primeiras unidades sejam entregues em 2014. A sexta geração de sondas começou a sair dos estaleiros há seis anos. Todas já saem de fábrica com capacidade para operar em lâminas d’água de três mil metros e trazem torre dupla – dual-activity – que permite realizar trabalhos em paralelo, reduzindo entre 20% e 40% o tempo das operações de poço. “As sondas são equipadas com uma mesa principal, onde são realizadas as operações principais do programa, e uma mesa auxiliar. Enquanto os operadores terminam uma fase de perfuração, por exemplo, ao lado outros técnicos podem preparar uma coluna de investimento”, explica o gerente de operações da Seadrill, Maurício Aguiar.

A Seadrill possui no Brasil duas sondas desse tipo – West Eminence, em operação no BM-S-11, e West Polaris, no BMS- 9, além da West Taurus, que tem offl ine capability, em operação também no BM-S-11, onde está localizada a área do pré-sal, da Bacia de Santos. No Espírito Santo, a Drillmax, da Stena, perfura um poço para a Repsol no bloco EM-S-737. Além de possuírem posicionamento dinâmico, o nível de automação dessas sondas de sexta geração também é mais elevado, retirando da atuação manual as operações de descida e retirada de coluna, montagem de revestimentos e bottom- hole assembly – a parte anterior a coluna de perfuração.

A exploração em horizontes mais profundos e hostis, caracterizados por altas pressões e temperaturas, também estimulou o dimensionamento dessas plataformas com maior robustez – pela necessidade de operar uma variedade maior de colunas de perfuração – associado ao gerenciamento de zonas perigosas. As taxas diárias de uma sonda que operam em lâminas d’água superiores a dois mil metros, perfurando quase oito quilômetros de rocha, difi cilmente fi cam abaixo dos US$ 500 mil – é algo que representa mais de um terço do total dos custos de perfuração. O problema é que óleo novo, em quantidade que viabilize sua extração, só é descoberto nessas regiões, a partir de uma grande dose de tecnologia.

Como essa geração de sondas têm equipamentos dimensionados para perfurar poços profundos em lâminas d’água de três mil metros, as operações demandam maior disponibilidade de energia hidráulica, maior capacidade de movimentação de carga, e controle de poço mais sofi sticado. “Com esse nível de automação e com a capacidade mais elevada, os riscos são minimizados, e o projetista do poço ganha uma fl exibilidade maior para desenhar diferentes tipos de projetos”, fi naliza Aguiar.
 

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