Edição 311 • 2008

Até quando?
Primeiras medidas para arrefecer crise global amenizam a tempestade, mas não afastam de vez as nuvens. E retração na demanda agrava período de capacidades adicionais da indústria petroquímica.

Flávio Bosco

Picos e vales são comuns no setor petroquímico. Para aqueles que têm coração forte o suficiente para andar nessa montanha russa, o vale já era esperado. Mas ninguém estava preparado para uma queda tão repentina e de forma tão aguda. A crise financeira que abalou o mundo em setembro rebaixou alguns metros de trilhos, invertendo um quadro que até então apresentava crescimento. O último trimestre do ano deixou no ar muitas incertezas – principalmente sobre a duração e as conseqüências da tempestade.

“Estamos iniciando um ciclo de baixa de margens da petroquímica, porque temos capacidade excedente em algumas áreas. Porém esse redirecionamento do mercado internacional pode provocar uma crise maior se a capacidade não crescer no momento adequado quando ocorrer a retomada do crescimento desses novos mercados”, explica o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Pelas estimativas da Associação Brasileira da Indústria Química, o setor deve encerrar 2008 com um faturamento de US$ 123,2 bilhões – nada mal, principalmente porque representa 19% mais do que a faturou em 2007. O segmento químico, que ocupa a terceira posição no PIB da indústria de transformação do país, estava “voando baixo”, e poderia ter ido mais longe diante do vigor do mercado interno – haja visto que as importações cresceram 48,1%, dilatando o déficit na balança comercial para US$ 23,2 bilhões, quase o dobro do registrado no ano passado. Mas deu de cara com o furacão subprime. “A crise financeira mundial, a partir de setembro, mudou o cenário”, ressalta o vice-presidente executivo da Abiquim, Nelson Pereira dos Reis.

A crise secou as fontes de financiamento no exterior e no mercado de capitais. Nesses casos em que as linhas de crédito são escassas, os setores mais afetados geralmente são aqueles que crescem em saltos e os sujeitos a volatilidade de preços – e que precisam assumir os riscos das variações cíclicas, diferente de indústrias que crescem em movimentos mais alinhados com a demanda. Fora isso, a freada no consumo reduz também a dinâmica do comércio internacional. No mundo inteiro, dois dos principais segmentos consumidores da indústria petroquímica – a construção civil e a indústria automobilística – responderam muito rápido ao abalo que teve origem no sistema financeiro americano, retraindo o consumo global.

A incógnita mora na resposta dos grandes importadores. A China, por exemplo, projeta a urbanização de 200 milhões de pessoas nos próximos 15 anos – que se traduz em uma enorme demanda para a construção civil e infra–estrutura urbana, e no consumo de milhares de toneladas de PVC. A capacidade de avançar esse projeto é a questão crucial – já que a economia chinesa dependente muito das compras de um mundo que já não tem tamanho poder de compra.

“Particularmente no Oriente Médio, a lógica da exportação pode exigir um ajuste no tempo de maturação dos projetos, ou um redirecionamento do destino de sua produção. Esse ajuste fino do ritmo de crescimento da capacidade vai ser um elemento importante para fazer com que os agentes internacionais possam acelerar ou não seus projetos”, destaca Gabrielli, um economista formado PhD na Universidade de Boston.

Analistas garantem que o sistema financeiro internacional não chegará a desmoronar, como em 1929 – quando corroeu metade do produto interno bruto nos EUA e deixou desempregado um em cada quatro americanos. Desta vez os governos se mobilizaram para dar uma resposta rápida. Mas o baque terá conseqüências mais graves e duradouras do que todas as outras crises vividas nas últimas sete décadas. A economia americana, epicentro da crise, responde por 27% do PIB mundial. É para lá que segue metade da produção da China – lembre-se que a economia chinesa não chega a 20% da americana.

Quando os bancos e as montadoras foram bater na porta dos governos para salvá-los da bancarrota, as primeiras medidas tomadas pelos bancos centrais afastaram perspectivas de grandes falências. Mas o pior ainda não passou. Os sinais continuam trocados: a Opep anuncia cortes na produção, e mesmo assim os preços do petróleo não param de cair. A injeção de crédito anunciada pelos governos até que foi bem vinda, mas não destravou o consumo – principalmente dos bens duráveis.

Em palestra aos empresários e executivos no Encontro Anual da Indústria Química, o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior) afirmou que os efeitos da crise deverão ser diferentes no Brasil por conta de um sistema financeiro não tanto exposto aos derivativos e por seu austero processo de fiscalização. “Mas um dos aspectos fundamentais para enfrentar essa crise com sucesso é manter o nível de investimento”.

A forte do setor público nos investimentos é o guarda-chuva que os governos dos EUA e Europa têm para proteger a economia em meio a tempestade. O governo brasileiro seguiu o exemplo e determinou que os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC fiquem imunes a cortes no Orçamento. A exploração das reservas de petróleo no pré-sal será outro importante instrumento de política anticíclica para combater a crise.

Entre julho e setembro, ainda sem o impacto da crise financeira internacional, o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Mas esses dados não mostram o futuro incerto que está à porta. Há uma massa de ar polar vinda do hemisfério norte que mantém as temperaturas baixas: a Vale anunciou 1,3 mil demissões e colocou 121 mil funcionários em férias coletivas. A Braskem não chegou a tanto, mas por conta da redução da demanda internacional interrompeu duas linhas de produção, que representam nada menos que 45% da capacidade instalada.

Governo, empresários e trabalhadores querem evitar demissões em massa – não só porque a mão-de-obra fará falta no momento da retomada, mas principalmente porque significará menor consumo.

Uma coisa é certa: seja por conta da crise internacional, seja por questões sazonais, essa desaceleração deverá persistir até o fim do primeiro trimestre de 2009. O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan – também presente ao Encontro Anual da Indústria Química – avalia que o pânico foi contido, mas a crise só terá fim quando os preços tiverem caído o suficiente para despertar o interesse de compradores, e quando houver uma percepção clara do tamanho das perdas – inclusive dos números que estão escondidos nos balanços.

“Quando a crise é só em uma classe de ativos, é possível recortar e mapear o problema. Mas quando há uma crise de crédito, em que o sistema como um todo precisa estar funcionando, é como o ar estivesse meio envenenado. E não tem lugar onde a pessoa possa se esconder: ele afeta todos, inclusive países emergentes como o Brasil”.

Mesmo a Petrobras, cujo risco avaliado pelas agências de classificação é até melhor que o Brasil, não tem conseguido captar recursos com tanta facilidade no mercado internacional. Diante da escassez, a companhia deverá intensificar suas captações internas, como tem feito os recentes empréstimos levantados junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil. “Provavelmente, durante um certo momento a captação interna será um pouco maior do que foi anteriormente”, admite Gabrielli, sem fazer uma projeção a respeito de volumes.
Neste ano, a empresa investiu R$ 50 bilhões, dos quais US$ 7,5 bilhões foram financiados.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ter recebido ofertas de representantes da China, Emirados Árabes, Japão e Canadá, para a exploração do petróleo do pré-sal. Só a China estaria disposta a investir US$ 10 bilhões. Mas nem Petrobras nem o Governo decidiram se esses financiamentos serão necessários.
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Salgado, mas viável
Preços do petróleo oscilam e dificultam projeções de investimentos

A maior dificuldade que a Petrobras – e qualquer empresa petroleira – encontra é desenhar um plano de investimentos em meio a maior volatilidade da história das cotações do barril de petróleo. “Você não pode basear os projetos no preço corrente, seja ele US$ 140 ou US$ 10, mas projetar um preço que minimize seu risco”, afirma Gabrielli.

As cotações do barril viveram durante 2008 uma trajetória digna de ciranda financeira. Começaram o ano já próximo a casa dos US$ 100 e, alimentados pela pouca distância entre a oferta e a demanda e a rápida entrada e saída de dinheiro no mercado futuro, foram subindo até bater o recorde de US$ 147 em julho. A partir daí começaram a despencar em velocidade maior ainda – e no inicio de dezembro custava US$ 46.

E pelas previsões tanto da Agência Internacional de Energia como da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a crise econômica mundial fará com que o consumo mundial de petróleo feche 2008 menor do que foi no ano passado. Mesmo assim, se as petroleiras resolverem adiar seus projetos, os níveis de oferta e de demanda permanecerão muito próximo para permitir um eventual contra-choque.

O presidente da Petrobras não arrisca um palpite – mesmo porque a própria Opep perdeu o cajado que conduz as cotações. Mas avalia que, a longo prazo, os preços vão estacionar em patamares que tirem do jogo os maiores custos – como a produção de areias betuminosas, petróleo ultra pesado e técnicas de aumento do fator de recuperação mais avançadas, que têm alçado os custos do barril produzido para US$ 60. Os próprios preços dos insumos e serviços, que mais do que duplicaram nos últimos sete anos, devem sossegar abaixo dos atuais níveis – já que nenhum produtor estará disposto a pagar US$ 650 mil por um dia de trabalho de uma sonda de perfuração se o barril for cotado a US$ 60. “Não sabemos qual será o preço que vai se convergir nos custos. Isso depende da velocidade com que os custos vão se ajustar”.

Para extrair o petróleo encontrado abaixo da camada de sal na Bacia de Santos, por exemplo, a Petrobras tem outros cálculos – porque o desenvolvimento dessas áreas será bem diferente do que a companhia adotou até hoje – um modelo em que cada sistema de produção custa entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, incluindo FPSO e instalações submarinas.

A primeira extração desse petróleo ainda será feita com esse modelo – primeiro com um teste de longa duração, feito a partir de um poço interligado ao FPSO Cidade de São Vicente, já a partir de março de 2009. “O volume de produção não é o mais importante, mas a informação que vamos obter sobre a dinâmica do reservatório, a resistência de materiais e o comportamento dos equipamentos. Isso não dá para saber em laboratório, então temos que produzir. E essa informação vai ser retroalimentada na montagem do primeiro projeto piloto, que vai produzir de 100 mil a 120 mil barris por dia, no final de 2010”, explica Gabrielli.

A Petrobras ainda irá decidir sobre a necessidade de mais um ou dois projetos-piloto. Mas a partir daí, o modelo de produção será outro, mais adequado ao tamanho e à localização da área. Só por essa razão, qualquer cálculo que leve em conta os custos atualmente praticados trará uma projeção errada. “Se fizermos com os modelos que temos hoje, vai exigir um volume de investimentos tão grande que não é a maneira mais adequada. E mesmo que o custo não seja alto, teremos uma razão entre investimento e retorno que pode ser complicada. Precisamos ter economia de escala”.

Um bom exemplo é o movimento de helicópteros que transportam, todos os meses, 40 mil petroleiros que trabalham nas plataformas da Bacia de Campos, localizadas a 150 km da costa. As áreas do pré-sal da Bacia de Santos estão ao dobro dessa distância – e são pouquíssimos helicópteros que têm essa autonomia de vôo.

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Do poço à extrusora
Oferta de matérias-primas para a indústria petroquímica ainda é incógnita

O petróleo e o gás guardados abaixo da camada de sal encheram a boca de água. Depois que a Petrobras anunciou as mega reservas de petróleo abaixo da camada de sal, a indústria petroquímica não tem dúvidas de que aquelas premissas – de que o Brasil não possuía matéria-prima em quantidade e qualidade suficiente para suportar uma petroquímica de escala internacional – já não são mais válidas. Mas essa é apenas uma das muitas questões vinculadas ao sistema piloto programado para a área do pré-sal – e apenas quando a Petrobras tiver em mãos os primeiros resultados que o setor petroquímico saberá o tamanho da dádiva. “Talvez ao final de 2010 teremos o conhecimento operacional adequado para dar essa resposta”, avisa o presidente da Petrobras.

Mesmo o Plano de Antecipação da Produção de Gás Natural – Plangás, que aumentará a oferta do insumo num prazo mais curto, ainda não tem definido a disponibilidade de correntes de gás e líquidos de gás natural que poderão ser negociadas com a indústria petroquímica.

No curto prazo, qualquer projeto terá que contar com uma quantidade quase que insignificante de matérias-primas tradicionais – ou romper de vez com as tecnologias tradicionais, adotando o etanol e outras biomassas.

As obras de modernização das refinarias da Petrobras disponibilizarão 370 mil toneladas de propeno – 220 mil toneladas na Replan e 150 mil toneladas na Repar – em 2009. Somadas à produção de 165 mil toneladas que a unidade separadora de propeno da Revap passou a disponibilizar este ano, ultrapassam os valores comercializados pela Petrobras em 2007 – de 381 mil toneladas. E a ampliação da unidade de insumos básicos da Quattor (antiga PQU) consumirá 1,2 milhão de m³ por dia de gás de refinaria – HLR, seis vezes o que a Petrobras fornece atualmente para a própria Quattor e para a Ultrafértil.

Mas isso é muito pouco. No caso da nafta, que responde por quase 90% da produção de petroquímicos no país, o consumo ultrapassa as 10 milhões de toneladas por ano. Em 2008 a Petrobras atendeu 69% do consumo interno, e esse déficit só será reduzido com a entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na próxima década. Mas só isso não será suficiente para reduzir o custo do eteno e do propeno – uma vez que o processamento do petróleo pesado exigirá complexos sistemas de hidroconversão.

Forças equânimes

Depois da consolidação do setor petroquímico, uma das preocupações de Gabrielli é de promover a competitividade entre a Braskem e a Quattor. “Temos de fazer com que haja maior equanimidade no tamanho dessas duas empresas para poder dar possibilidade de concorrência entre elas em condições mais adequadas”.

Atualmente a Braskem possui capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de resinas, enquanto a Quattor saltará para 1,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2009, quando entrar em operação sua nova planta no pólo petroquímico do ABC.

Pelas estimativas de Gabrielli, as taxas de operação das plantas, em todo o mundo, começam a cair, e só voltarão a se recuperar a partir de 2012. Para acompanhar a desaceleração da demanda internacional, Braskem desligou duas linhas de produção de eteno. Foi apenas uma brisa perto do furacão que passou pela Dow e fechou 20 unidades e demitiu cinco mil funcionários.

Decolando

Imagine-se sentado na cadeira da presidência da Quattor: qual seria sua maior preocupação nesse final de ano? Vitor Mallmann, o dono da cadeira, tem dedicado todo o tempo para superar esse período em que a combinação entre excesso de oferta encontrou-se com a retração na demanda global. Nesse momento de indefinições, o executivo explica que os novos investimentos dependerão do novo cenário de crescimento de demanda.

Até que ponto essas medidas anunciadas pelo Governo amenizam a crise?
A redução do compulsório, em tese, disponibilizou recursos no mercado. Só que não era bem uma questão de escassez – e esses recursos acabaram não chegando até o cliente final, por uma maior aversão a risco por parte das instituições financeiras. Ainda vamos ver como caminham as novas medidas.

Quando a Quattor colocará em operação as novas capacidades no pólo do ABC?
A ampliação da antiga PQU está sendo concluída no inicio de janeiro. A nova unidade de polietilenos entra em operação em fevereiro quando tiver matéria-prima disponível. Estamos agregando ao nosso portfolio produtos bem diferenciados – inclusive frente aos disponíveis no mercado brasileiro.

O que motivou esse atraso?
Pode parecer estranho falarmos que, antes da crise, tínhamos uma enorme demanda por mão-de-obra. Todos os projetos que estavam sendo conduzidos naquele período apresentaram questões relacionadas a crédito, disponibilidade de mão-de-obra e engenharia.

Esse recuo na demanda global pode regionalizar os mercados?
A queda do preço do petróleo torna os mercados mais regionalizados. Porque as vantagens que podem ser concedidas para projetos voltados a exportação ficam reduzidas. Quando o barril petróleo está cotado a US$ 130, um produtor no Oriente Médio, que transfere gás ou petróleo a uma precificação de US$ 60, tem uma vantagem comparativa enorme. Agora com patamar de US$ 50, os projetos baseados em US$ 40 permitem locomover produtos por um raio muito mais estreito.

A brusca queda nos preços do petróleo não arrefeceu o ânimo das petroquímicas em produzir resinas a partir de etanol. “O projeto continua sendo interessante, não só pela variável do preço do petróleo, porque isso pode ser cíclico, mas também por termos uma tecnologia de produção a partir de uma matéria-prima renovável e sustentável ao longo do tempo”, afirma o diretor comercial da Solvay Indupa, Carlos Tieghi.
A Solvay Indupa prevê a produção de 60 mil toneladas de etileno a partir de 150 milhões de litros de etanol por ano, que serão fornecidos pela Copersucar. O contrato, firmado no inicio deste ano, foi indexado aos preços do petróleo.
A Dow, que tem um projeto em parceria com a Crystalsev para produzir 350 mil toneladas anuais de polietileno a partir do etanol, reconhece que o cenário irá demandar constante monitoramento e avaliações sobre determinados elementos do projeto. Mas não prevê cancelamento nem atraso – pelo cronograma original, a unidade deverá entrar em operação em 2011.
O complexo industrial da Solvay Indupa, localizado em Santo André/SP, já está se preparando para receber os equipamentos encomendados para o projeto – que deverá estar operando em 2010. “Esse projeto também reduz a emissão de CO2 em relação ao petróleo – o que é algo muito importante para as empresas, em função dos créditos de carbono que podem ser comercializados”, ressalta Tieghi.

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