O Instituto chega a seu cinqüentenário numa dinâmica bastante diferente do que foi criado: o Brasil produz todo o petróleo que consome, na geopolítica do petróleo, as sete irmãs já não estão mais sozinhas no comando, e o aquecimento global exige uma resposta imediata quanto às emissões de carbono. “Hoje o IBP está inteiramente moldado para uma nova realidade mundial e brasileira, que tem como focalização a exploração e produção. Ele atingiu a maturidade como entidade agregadora e congregadora de operadoras no setor petrolífero”, avalia o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Estrella.
O Instituto congrega hoje 230 empresas associadas. Por ano são 113 cursos com mais de três mil participantes, e oito eventos próprios, além da participação em feiras e conferências internacionais. A dinâmica pode até ser diferente, mas a função e a dedicação é a mesma: “promover o desenvolvimento do setor nacional de petróleo e gás, visando a uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável”.
“O IBP nasceu jovem, mas cheio de energia. E teve um crescimento gradual”, completa o diretor, William Zattar, que conhece o Instituto desde a reunião de criação, em 1957, quando foi indicado para a primeira diretoria.
Para Luiz Carlos Costamilan, conselheiro do Instituto, o IBP criou, ao longo de seus 50 anos, um reconhecimento extremamente significativo pela sua contribuição à indústria inicialmente voltada para as questões de formação de pessoas, organização de feiras e contribuição à normatização técnica do setor. “Esse papel tornou-se muito mais significativo a partir do processo de abertura do setor de petróleo e gás: o IBP passou a ser a entidade mais representativa, convergindo os interesses da indústria”
“Ao longo de seus 50 anos de existência, o IBP tem desempenhado importantíssimo papel no desenvolvimento da indústria de petróleo no Brasil. A realização de congressos, seminários e cursos técnicos de qualidade e excelência comparáveis aos melhores do mundo, comprova a competência do corpo técnico e administrativo do Instituto, e facilita o intercâmbio e disseminação de conhecimento que estes eventos promovem. Contando com a participação de quase a totalidade dos players de nossa indústria, entre seus associados, o IBP constitui-se em importante fórum para discussão de idéias, e empreendimento de ações visando o desenvolvimento sustentável da área de petróleo no Brasil”, completa outro conselheiro do IBP, Antônio Augusto Queiroz Galvão.
Os biocombustíveis estão incluídos até em sua razão social que desde o ano passado passou a se chamar Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. O IBP tornou-se ainda mais internacional, ancorando o Pavilhão Brasileiro na Offshore Technology Conference, em Houston / EUA e na Argentina Oil & Gas.
“Com certeza a indústria do petróleo e gás ainda vai existir daqui a cinqüenta anos, porque o futuro do petróleo não é só na energia o petróleo é um bem nobilíssimo da natureza, então ele vai ser utilizado na petroquímica, em fármacos e cosméticos. E como energético, vai ser cada vez mais transformado em uma fonte despoluidora vamos produzir combustíveis praticamente sem nenhum enxofre e a industria automobilística vai construir catalizadores e peças que diminuem o efeito dos gases estufa. O IBP já está se inserindo nesse contexto, e envolvido em treinamento de pessoas com esse objetivo”, finaliza Guilherme Estrella.