Edição 300 • 2007

Jubileu de Ouro
Cinqüentenário, IBP comemora papel de protagonista na história do Brasil
O IBP foi oficialmente constituído na tarde do dia 21 de novembro de 1957 – sob incentivo do Instituto Sudamericano del Petróleo, que queria incentivar a criação de institutos dentro de cada país. Naquele ano, o Brasil produziu uma média diária de 27 mil barris de petróleo, que não foram suficientes para sequer atender a demanda interna – de 180 mil barris por dia. Sinal de que o Brasil precisava de mais – mais petróleo, mais refinarias, e principalmente, mais gente capacitada. Porque de nada adiantava ter todo esse petróleo se não houvesse alguém que soubesse como tirar ele de lá e transformasse nos produtos que compõem nosso moderno estilo de vida. Helio Beltrão, Leopoldo Miguez de Mello e Plínio Cantanhede sabiam que o país necessitavam de uma entidade capaz de disseminar o conhecimento tecnológico entre os profissionais ligados à industria do petróleo. Levaram essa proposta para a assembléia realizada no Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisas de Petróleo, onde estavam reunidos representantes de 19 empresas e uma entidade.

“Eles juntaram as empresas mais importantes dos setores de exploração e produção, de refino, de distribuição, e petroquímica – e essas empresas fizeram uma contribuição inicial e o IBP foi fundado como um instituto de natureza privada, como um órgão técnico de estudos na área de petróleo, com uma concepção integrada da indústria”, lembra Otto Perrone, presidente do IBP entre 1995 e 2001.

Em 2007 o IBP continua capacitando pessoas. O número de associados, que hoje é de 230 empresas, mostra o quanto o IBP cresceu – no papel de ator principal de uma indústria que também cresceu, multiplicou sua produção de petróleo e derivados para atender toda a demanda.

Nesse intervalo de 50 anos de atividades a serviço do desenvolvimento da indústria nacional do petróleo, o IBP participou de toda a dinâmica da indústria do petróleo no Brasil. Tornou-se o principal fórum de debates e disseminação de assuntos técnicos pertinentes a indústria de petróleo no país.

O IBP estabeleceu uma ligação tão estreita com o país que pelos próximos 50 – ou quantos anos forem necessários – não haverá um só tema de relevância que não será discutido no âmbito do Instituto.

A energia de sempre

O Instituto chega a seu cinqüentenário numa dinâmica bastante diferente do que foi criado: o Brasil produz todo o petróleo que consome, na geopolítica do petróleo, as sete irmãs já não estão mais sozinhas no comando, e o aquecimento global exige uma resposta imediata quanto às emissões de carbono. “Hoje o IBP está inteiramente moldado para uma nova realidade mundial e brasileira, que tem como focalização a exploração e produção. Ele atingiu a maturidade como entidade agregadora e congregadora de operadoras no setor petrolífero”, avalia o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Estrella.

O Instituto congrega hoje 230 empresas associadas. Por ano são 113 cursos com mais de três mil participantes, e oito eventos próprios, além da participação em feiras e conferências internacionais. A dinâmica pode até ser diferente, mas a função – e a dedicação – é a mesma: “promover o desenvolvimento do setor nacional de petróleo e gás, visando a uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável”.

“O IBP nasceu jovem, mas cheio de energia. E teve um crescimento gradual”, completa o diretor, William Zattar, que conhece o Instituto desde a reunião de criação, em 1957, quando foi indicado para a primeira diretoria.

Para Luiz Carlos Costamilan, conselheiro do Instituto, o IBP criou, ao longo de seus 50 anos, um reconhecimento extremamente significativo pela sua contribuição à indústria – inicialmente voltada para as questões de formação de pessoas, organização de feiras e contribuição à normatização técnica do setor. “Esse papel tornou-se muito mais significativo a partir do processo de abertura do setor de petróleo e gás: o IBP passou a ser a entidade mais representativa, convergindo os interesses da indústria”

“Ao longo de seus 50 anos de existência, o IBP tem desempenhado importantíssimo papel no desenvolvimento da indústria de petróleo no Brasil. A realização de congressos, seminários e cursos técnicos de qualidade e excelência comparáveis aos melhores do mundo, comprova a competência do corpo técnico e administrativo do Instituto, e facilita o intercâmbio e disseminação de conhecimento que estes eventos promovem. Contando com a participação de quase a totalidade dos players de nossa indústria, entre seus associados, o IBP constitui-se em importante fórum para discussão de idéias, e empreendimento de ações visando o desenvolvimento sustentável da área de petróleo no Brasil”, completa outro conselheiro do IBP, Antônio Augusto Queiroz Galvão.

Os biocombustíveis estão incluídos até em sua razão social – que desde o ano passado passou a se chamar Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. O IBP tornou-se ainda mais internacional, ancorando o Pavilhão Brasileiro na Offshore Technology Conference, em Houston / EUA e na Argentina Oil & Gas.

“Com certeza a indústria do petróleo e gás ainda vai existir daqui a cinqüenta anos, porque o futuro do petróleo não é só na energia – o petróleo é um bem nobilíssimo da natureza, então ele vai ser utilizado na petroquímica, em fármacos e cosméticos. E como energético, vai ser cada vez mais transformado em uma fonte despoluidora – vamos produzir combustíveis praticamente sem nenhum enxofre e a industria automobilística vai construir catalizadores e peças que diminuem o efeito dos gases estufa. O IBP já está se inserindo nesse contexto, e envolvido em treinamento de pessoas com esse objetivo”, finaliza Guilherme Estrella.

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