Até 2012, a cadeia de petróleo e gás no Brasil irá demandar 78 mil válvulas, 4,2 mil, 112 caldeiras e 83 mil toneladas de tubos. Muito? A indústria fornecedora vê que é a hora de ganhar escala e competitividade para desempenhar um papel de protagonista no mundo do petróleo.
Só que para atender toda essa demanda, os fabricantes ainda precisam ultrapassar várias barreiras algumas são velhas conhecidas, como a carga tributária e o custo financeiro que afetam a indústria nacional, e a capacidade fabril de uma indústria que vê a quantidade de encomendas se expandir no ritmo da alta nos preços do petróleo. Um fator extra preocupa os fornecedores: a concorrência chinesa e o ritmo nas vendas domésticas registrando instabilidade afetando diretamente investimentos em tecnologia. Mas há também lacunas tecnológicas e poucos fabricantes já se deram conta da importância da aproximação com as universidades para a inovação.
O último levantamento do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Prominp, feito no terceiro trimestre deste ano, revela que o índice de conteúdo local dos investimentos ultrapassa os 74%.
Mas quem compra quer mesmo saber se os equipamentos atendem ou não os requisitos de confiabilidade, eficiência energética e as restrições a emissões. A Petrobras, por exemplo, exige em suas compras que os equipamentos atendam normas específicas que vão além da ABNT, ISO, ASME, API e uma série de outras siglas. “A principal exigência é o atendimento às normas da Petrobras. Cada equipamento tem sua própria norma, que a chamamos de código internacional de projeto e fabricação o qual inclui as normas brasileiras corporativas”, ressaltou o gerente de Engenharia de Abastecimento para a Engenharia da Petrobras, Vicente Gullo.
A companhia ainda não utiliza a ISO TS 29001 publicada em 2003 com base na estrutura da ISO 9000, para criar requisitos para projetar, produzir e inspecionar, sistematicamente, determinado produto segundo normas específicas. A princípio a ISO TS 29001 foi desenvolvida para o uso voluntário, aplicável às áreas do petróleo, petroquímica e de setor de gás natural. “Participamos da fase dos comentários, mas ainda não existe uma decisão formal de que a Petrobras irá utilizar”.