Edição 300 • 2007

(R) Evolução
Refinamento na fabricação de equipamentos atende a novos desafios tecnológicos
Divulgação / Apolo
Até 2012, a cadeia de petróleo e gás no Brasil irá demandar 78 mil válvulas, 4,2 mil, 112 caldeiras e 83 mil toneladas de tubos. Muito? A indústria fornecedora vê que é a hora de ganhar escala – e competitividade – para desempenhar um papel de protagonista no mundo do petróleo.

Só que para atender toda essa demanda, os fabricantes ainda precisam ultrapassar várias barreiras – algumas são velhas conhecidas, como a carga tributária e o custo financeiro que afetam a indústria nacional, e a capacidade fabril de uma indústria que vê a quantidade de encomendas se expandir no ritmo da alta nos preços do petróleo. Um fator extra preocupa os fornecedores: a concorrência chinesa e o ritmo nas vendas domésticas registrando instabilidade – afetando diretamente investimentos em tecnologia. Mas há também lacunas tecnológicas – e poucos fabricantes já se deram conta da importância da aproximação com as universidades para a inovação.

O último levantamento do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás – Prominp, feito no terceiro trimestre deste ano, revela que o índice de conteúdo local dos investimentos ultrapassa os 74%.

Mas quem compra quer mesmo saber se os equipamentos atendem ou não os requisitos de confiabilidade, eficiência energética e as restrições a emissões. A Petrobras, por exemplo, exige em suas compras que os equipamentos atendam normas específicas – que vão além da ABNT, ISO, ASME, API e uma série de outras siglas. “A principal exigência é o atendimento às normas da Petrobras. Cada equipamento tem sua própria norma, que a chamamos de código internacional de projeto e fabricação – o qual inclui as normas brasileiras corporativas”, ressaltou o gerente de Engenharia de Abastecimento para a Engenharia da Petrobras, Vicente Gullo.

A companhia ainda não utiliza a ISO TS 29001 – publicada em 2003 com base na estrutura da ISO 9000, para criar requisitos para projetar, produzir e inspecionar, sistematicamente, determinado produto segundo normas específicas. A princípio a ISO TS 29001 foi desenvolvida para o uso voluntário, aplicável às áreas do petróleo, petroquímica e de setor de gás natural. “Participamos da fase dos comentários, mas ainda não existe uma decisão formal de que a Petrobras irá utilizar”.

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Padronização

Gullo destaca que a companhia elaborou o Programa de Engenharia de Padronização de Materiais – com objetivo de reduzir a quantidade de opções que normalmente há em uma indústria de óleo e gás. “O objetivo é tentar agrupar e padronizar esses tipos de equipamentos de modo a ter poucas famílias. Já concluímos os assuntos relacionados à tubulação, ancoragem, instrumentação elétrica e compressores”.

Uma coisa é certa: acabou o tempo em que o menor preço definia a compra. Equipamentos complexos, que exigem qualificação técnica agora são adquiridos segundo critérios de custo total – em que são calculados a vida útil, consumo de energia, custo de manutenção e reposição de peças. “Analisamos o conjunto, design, fabricação, prazo de fornecimento, sobressalentes envolvidos e a garantia. Sempre compramos equipamentos pré-testados na indústria de óleo e gás. Não adquirimos produtos sem comprovação”, explica o gerente da Petrobras.

Na companhia, os critérios de desenvolvimento dos equipamentos é medido em etapas: primeiro um parecer técnico procura avaliar o fornecimento – se está estritamente de acordo com o solicitado na requisição de materiais e na especificação técnica. Só após atender os quesitos de confiabilidade, eficiência energética e restrições de emissões, é que a Petrobras compra o mais barato.

Carla Lisboa, Flávio Bosco e
Paulo Roberto Oliveira

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