Edição 295 • 2007

Confiabilidade operacional, onde começa?
Ricardo Baptista de Lima - Engenheiro Mecânico – Engenheiro de Inspeção – German Engenharia
Wagner Luiz Florencio - Tecnólogo Mecânico – Técnico de Inspeção – German Engenharia
Resumo
Para garantia da confiabilidade operacional de equipamentos industriais, gostaríamos de apresentar para discussão as fases que julgamos ideais para a aquisição de equipamentos aplicados às indústrias químicas, petroquímicas, petrolíferas, farmacêuticas, etc. Em nossa experiência na área de Engenharia de Inspeção (fabricação e operação), temos observado que os históricos iniciais, mesmo em equipamentos novos não são exigidos, nem registrados adequadamente, impossibilitando a verificação futura do documento que todo ser humano possui e que os equipamentos também deveriam possuir, a certidão de nascimento. Como exemplo: uma criança que nasce sem planejamento, sem acompanhamento, e em locais não apropriados quais seriam suas chances de apresentar problemas ao longo de sua vida? Com intuito de rastrearmos toda a concepção do projeto original de um equipamento, salientamos em nossa apresentação as principais fases para a confiabilidade dos equipamentos e daremos uma atenção especial à fase de inspeção de fabricação, a qual julgamos o pré-natal do equipamento.

Corrosão em sistemas de topo de unidades de destilação
José Antônio da Cunha Ponciano Gomes – COPPE/UFRJ
João Carlos Gonçalves – COPPE/UFRJ
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo preliminar voltado para avaliação de processos de corrosão em sistemas de topo de unidades de destilação. O objetivo foi realizar em laboratório avaliações experimentais de taxas de corrosão em condições que se aproximem daquelas verificadas em sistemas de topo. Foram estabelecidas as condições do meio corrosivo de interesse, uma solução de HCl conter H2S. Foram avaliados os efeitos de neutralização do meio e de adição de inibidores sobre a taxa de corrosão de um aço carbono. Os resultados obtidos indicaram a necessidade de se utilizar conjuntamente as técnicas de neutralização e de inibição do meio corrosivo para se garantir taxas de corrosão adequadas.


Corrosão interna de tubos de trocador de calor - estudo de caso
Antonio Carlos Ribeiro – Engenheiro Mecânico responsável pela engenharia de fábrica da Petroquímica União S.A.
Luiz Carlos Dalprat-Franco – Professor Assistente da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp
Sumario
A corrosão do lado dos tubos é uma causa freqüente da indisponibilidade de trocadores de calor em refinarias e plantas petroquímicas. Esse trabalho descreve uma ocorrência particularmente severa do que foi diagnosticado como corrosão induzida por microorganismos (MIC) em um condensador de aço carbono que levou a falha freqüente e prematura dos tubos pela perfuração dos mesmos. As figuras do texto ilustram os danos e as possíveis soluções são discutidas na conclusão.

Crescimento subcrítico de descontinuidades durante a aplicação de testes hidrostáticos (TH’s) em vasos de pressão
Jorge Pereira Filho - Mestre, Engenheiro Mecânico, Diretor da Pasa
Pedro Feres Filho – Mestre, Engenheiro Mecânico, Presidente da Pasa

Resumo
Discussão sobre os benefícios e desvantagens da aplicação de testes hidrostáticos (TH’s) de modo recorrente, para o cumprimento da NR-13 (1) em vasos de pressão. Equipamentos que foram submetidos ao TH inicial, após a fabricação, são beneficiados pela primeira prova de carga, que resulta em alívio de tensões generalizado. Entretanto, após entrarem e serviço e serem submetidos a mecanismos de danos, estes equipamentos se portarão diferentemente quando forem submetidos a novos TH’s. São mostrados exemplos de condições em que se torna possível haver a propagação de descontinuidades durante um TH periódico e um fluxograma que permite fazer esta avaliação.

Estudo da coordenação dos ácidos naftênicos com íons metálicos MG(II) e CA(II) para o entendimento do mecanismo da ação corrosiva pela produção de HCl nos condesadores de topo
César Vitório Franco - PHD, Químico – professor da UFSC
Anelise Leal Vieira Cubas - Doutora em Química – UFSC
Marcelo Zippert - Estudante de gradução em química – UFSC
Bruno Szpoganicz - PHD, Químico – professor da UFSC
Marlon de S. Silva - Doutor em Química – UFSC
Sinopse
Neste trabalho, mostramos os resultados da titulação potenciométrica do ácido naftênico, derivado do petróleo, com os íons metálicos Mg(II) e Ca(II), em sistema água/etanol. A coordenação do ácido naftênico com os referidos metais foi confirmada por análise de infravermelho. Observou-se a formação de três espécies ML, ML2 e ML3, onde M é o íon metálico e L representa uma molécula de ácido naftênico. Na distribuição das espécies nos sistemas Ca(II) e Mg(II), observou-se a predominância da espécie ML3 com constantes de equilíbrio iguais a 3,93 e 3,95 respectivamente. O estudo foi fundamental para mostrar que ocorre a liberação de prótons e conseqüente aumento de HCl.


Gestão de segurança em áreas classificadas
Estellito R. Junior - Representante da ABNT/CB-03 no TC-31 da IEC – Atmosferas explosivas
Os processos nas indústrias de petróleo e petroquímica possuem como características básicas o emprego de substâncias inflamáveis a altas pressões e vazões. Apesar dos elevados requisitos para a construção dos equipamentos de processo destinados a estas indústrias, um considerável índice de acidentes envolvendo explosões e incêndios, chama a atenção dos estudiosos, não só pelo número de vítimas, como pelos prejuízos materiais e danos ao meio-ambiente...

Gestão da integridade de equipamentos estáticos: um estudo de caso
Cícero Roberto de Oliveira Moura Mestre em Engenharia de Produção – Consultor Técnico da Petrobras
Aroldo Almeida Carneiro Engenheiro da Projectus Consultoria Ltda
Macelo Pinheiro Mendes Mestre em Engenharia Metalúrgica e de Materiais – Engenheiro da Projectus Consultoria Ltda
Sinopse
A gestão da integridade física e operacional de equipamentos e instalações compreende um conjunto de técnicas e ações de engenharia, operação, inspeção e manutenção necessárias para controlar, dentro de limites aceitáveis, a degradação de estruturas e componentes e seu desempenho ao longo de sua vida útil em serviço. Aspectos de segurança e de custos são também observados no desenvolvimentos dessas atividades. Este trabalho tem o objetivo de apresentar o processo de implementação dos requisitos de gestão de integridade de equipamentos e instalações na Petrobras/lubnor e identificar os potenciais e reais ganhos, destacando a integração das diversas áreas envolvidas no estudo de caso.

Nível de Integridade de Segurança (SIL)
Segurança Operacional (Segurança Funcional)
Anton Heinskill e Rainer Hillebrand - Pepperl+Fuchs, Buhl, Alemanha
Sistemas de segurança exigem a visão de uma grande variedade de dados. As informações que se seguem podem dar uma breve percepção acerca das tarefas envolvidas no estabelecimento da função segurança de um sistema. Para detalhes completos favor se referir às normas e às regulamentações de segurança...

Benefícios da segurança funcional aplicada em processos industriais
José Carlos de Miranda Roque - Pilz do Brasil
Resumo
A finalidade deste trabalho é apresentar aos usuários finais de sistemas de automação com segurança, os benefícios da aplicação da segurança funcional, os quais levaram mundialmente à adoção da Norma IEC 61508. Em especial no Brasil, são apontadas algumas mudanças advindas pelo decreto 6.042 que tornarão o desempenho da segurança funcional decisivo para a majoração ou redução de custos nas empresas. São também descritas as fases do ciclo de vida de segurança e a importância da sua adoção em plantas industriais já existentes na expansão das mesmas ou ainda no projeto de novas unidades.

Segurança em equipamentos e instalações elétricas em atmosferas explosivas - parte 1
Roberval Bulgarelli - Consultor Técnico – Engenheiro de Equipamentos Sênior - Petrobras
As normas internacionais da IEC facilitam o comércio mundial, através da remoção de barreiras técnicas, levando o crescimento econômico a novos mercados. Exemplificando de forma simplificada, um equipamento elétrico fabricado com base nas normas IEC no país A pode ser comercializado e utilizado nos países de B até Z...

Implicações do acidente da refinaria de Texas City para a segurança de processo
Luiz Fernando Seixas de Oliveira - DNV Energy Solutions South America
A segurança na indústria de processos químicos – química, petro­quí­mi­ca, óleo e gás – pode ser dividida em duas categorias: a Segurança Ocupa­cio­nal e a Segurança de Processo. A primeira trata das questões relacionadas a acidentes de trabalho mais típicos, tais como quedas de altura, choques com objetos, escorregões, atropelamentos, dentre outros. Por sua vez, a se­gu­rança de processo refere-se a acidentes causados por falhas na in­te­gri­dade dos componentes do processo – torres, vasos, tanques, reatores, tu­bu­la­ções etc. –, caracterizadas por rup­tu­ras ou vazamentos, levando à perda de contenção do produto. Os casos de perda de contenção de produtos in­fla­má­veis podem resultar em explosões e incêndios. Se o produto for tó­xi­co e vo­látil, provoca a formação de nuvem tóxica que se dispersa na at­mos­fe­ra, podendo alcançar grandes distâncias e causar mortes e ferimentos nas pes­soas atingidas. Vazamentos de produtos contaminantes causam a con­­­taminação do solo ou de corpos d’água, caso estes sejam atin­gi­dos...

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