Edição 291 • 2007

Vede a linha de processo
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Especificação correta do material vedante pode condicionar o êxito do projeto.
Faturar mais e proteger o ambiente é uma das metas perseguidas
“Vazamentos para o meio ambiente podem significar perda de rendimento do processo produtivo ou contaminação dissipada por algum descuido durante as etapas do projeto de vedação”, conta o engenheiro de Equipamentos e Manutenção da Transpetro, Rubens Roberto Faria Garcia.

Um transtorno causado por uma má especificação do material vedante, uma instalação incorreta ou até mesmo a displicência na manutenção poderiam provocar danos difíceis de serem contornados. “Para se ter uma idéia do que isto representa, o vazamento de uma gota de petróleo por segundo durante doze meses acumulariam 497,37 litros desperdiçados. Multiplicando a quantia por US$ 0,42 o litro seria gerado o prejuízo de US$ 208,89. Ao considerarmos uma amostra com 100 pontos de vazamentos, o rombo seria de US$ 20.889,54 ao ano”, calcula Garcia.

A avaria pode ser evitada. A recomendação que se faz pelos especialistas frente a um projeto de sistema de vedação, a princípio, prima pelo estudo da resistência do material vedante, diferentes para cada tipo de aplicação. O ataque químico do fluído e as condições de temperatura e pressão a que o material vedante está exposto na linha de processo direcionam à especificação apropriada caso a caso. Uma diversidade de materiais divididos entre opções metálicas, semi-metálicas e não-metálicas adequam-se a tais características, que podem ser obtidas numa visita técnica à planta industrial.

Mas nada adianta, após seguir todas as premissas etapa a etapa, se não houver um trabalho de qualidade durante a montagem e instalação dos equipamentos. “A partir dessa orientação poderemos obter do material vedante seu rendimento máximo, revertendo à empresa economia e competitividade”, confere o engenheiro da Divisão de Vedações da Klinger, Cássio Douglas Gasparoto.

Escolher um fornecedor nem sempre é tarefa fácil. Custos podem se equiparar, ou mesmo a qualidade do atendimento – a American Society of Mechanical Engineers – ASME treina profissionais como montadores de junta à qualificação obedecendo a critérios similares aos existentes para soldadores. O que se deve sempre assegurar é o cumprimento de normas estabelecidas para a confecção da vedação. Segundo a gerente de Marketing da Teadit, Josie Fernandez, há de se levar em conta que o crédito dado a esses materiais vem pela conformidade às normas internacionais como a Fluid Sealing Association – FS, a European Sealing Association – ESA, ASME e Pressure Vessel Research Council – PVRC. “A norma API 682, por exemplo, padroniza um projeto de selagem. É publicado que, para selo de compressão acima de 40 kg / cm2, a engenharia e modelagem ficam a critério dos fabricantes, mas se a pressão for de até 40 kg / cm2 todas as variáveis de fabricação devem estar de acordo com a API 682”, confirma Garcia, engenheiro da Petrobras.

Tipos de materiais

Entre os materiais dispostos na fabricação de juntas industriais estão o PTFE (ou PTFE aditivado), o papelão hidráulico, o elastômero, o grafite, as ligas metálicas como parte integrada às juntas espiraladas ou dupla camisa. Segundo o engenheiro de aplicação de selos mecânicos da empresa brasileira Du-o-lap, Reinaldo Cortelli, recorrer à teoria é um dos métodos para conhecer a aplicação desses materiais. “Sendo a vedação considerada um processo usado para impedir a passagem de maneira estática ou dinâmica dos líquidos, gases e partículas sólidas de um meio para o outro, cada aplicação tem mesmo sua particularidade”.

Ao relacionar produto vedante e aplicação, Cortelli define o uso de juntas às partes estáticas, por exemplo, para flanges e carcaças. Na vedação de flanges Josie Fernandez indica a aplicação de papelão hidráulico de fibra de grafite e carbono, só de carbono ou de aramida. O modelo é apropriado para flanges com acabamento ranhurado específico para utilização de papelões hidráulicos.

Encontra-se hoje em dia no mercado opções de papelões sem amianto – substância química cancerígena. Segundo Gasparoto, 80% da produção atual são de produtos sem amianto. Quanto ao uso de anéis elastoméricos (neoprene, hypalon, NBR, SBR) e aditivos, determina-se que podem ser acoplados em partes estáticas, bem como em dinâmicas de equipamentos – como em flanges e anéis de selos mecânicos.

No caso dos retentores, a aplicação é dirigida em partes dinâmicas de máquinas e equipamentos. O modelo é encontrado em retentores labiais para vedar lubrificante em mancais de bombas. No caso de gaxetas, a utilização é comum para frear fluxos total ou parcial. Válvulas de vapor de alta pressão, por exemplo, podem levar gaxetas que combinem filamentos de carbono e grafite flexível, ou gaxeta de grafite isenta de PTFE. “Essa instalação deve ser feita com torque controlado”, aconselha a gerente de Marketing da Teadit, se referindo como um método inovador em termos de selagem e durabilidade do produto. Nos fluidos de maior periculosidade, como benzeno e butadieno, Josie Fernandez defende o uso dessas gaxetas.
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