Edição 291 • 2007

Crescimento ainda travado
Índices econômicos melhoram, mas não são suficientes para incentivar crescimento do Produto Interno Bruto.
A economia brasileira continua em ritmo de crescimento pífio. A expansão do PIB em 2006 não deve ser muito diferente da média de 2,3% apresentada nos últimos 25 anos – ainda muito longe dos índices de crescimento apresentados pelos países emergentes, e muito aquém das necessidades do Brasil.

Crescimento mais expressivo só será possível, defende o empresariado, com transformações estruturais da economia do país. “Continuamos nessa linha de crescimento porque a economia tem amarras que não estão sendo destravadas”, pondera o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, José de Freitas Mascarenhas.

Crescer é o desejo expresso do presidente Luis Inácio Lula da Silva – que entra no segundo mandato esbanjando força política para levar adiante algumas reformas. “Para montar uma coalizão para governar, o presidente irá contar, a princípio, com o apoio de 370 deputados, o que dá uma maioria confortável”, disse a cientista política Lucia Hipóllito, durante palestra realizada no 11º Encontro Anual da Indústria Química.

A questão é que o governo ainda não possui uma agenda de reformas a ser encaminhada ao Congresso – a não ser um pacote de novas medidas de estímulo ao setor industrial, como a desoneração tributária de 50 itens de bens de capital, e metas que estimulem aumento na taxa de investimento.

Outra proposta beneficia os fundos de investimento em infra-estrutura com a isenção de Imposto de Renda sobre os ganhos. O ministro Luiz Fernardo Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) reconhece que crescimento econômico depende, necessariamente, de investimentos. “Destravando alguns processos que hoje inibem o investimento, seja pela questão tributária ou por questões regulatórias, estaremos proporcionando um crescimento da oferta para o mercado interno e para a exportação e principalmente a geração de empregos”.

Os números apresentados esse ano animam: o risco Brasil despencou para menos de 200 pontos. O dólar chega ao final do ano cotado a R$ 2,136. A taxa Selic mantém trajetória de queda – fixada em 13,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária em 2006. Para a inflação, a projeção é de uma alta de 3,11% para o IPCA – abaixo da meta de 4,5% fixada pelo Governo. O superávit da balança comercial deve manter o mesmo patamar de US$ 45 bilhões atingido em 2005 – em que pese a valorização cambial, criticada por vários setores empresariais

Tudo isso, no entanto, parece que não altera a confiança dos investidores. “Se não tivermos dadas regras para que o investimento aconteça, ele não vai acontecer, em que pese todos os esforços dos ministros mais competentes”, corrobora Lucia Hipólito.

Também será necessário melhorar a infra-estrutura do país – para evitar que uma expansão tropece em gargalos como o abastecimento de energia elétrica, portos e rodovias.

Nem mesmo os mais otimistas acreditam num crescimento do PIB superior a 4%. As estimativas da CNI apontam para um crescimento de 2,3% para 2006, e de 3,4% em 2007. “Estamos longe de chegar a um crescimento de 5%, a não ser que aconteça algo espetacular e, de repente, tudo se ajuste”, avalia o presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Carlos Mariani.
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