Edição 288 • 2006

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Não foi, digamos, uma penitência. Mas acompanhar fielmente o setor petroquímico brasileiro durante 30 anos foi tarefa para Hercules nenhum botar defeito. Cada uma das 288 edições de Petro & Química registrou momentos de tormento e de júbilo por que passaram executivos e técnicos, empresários e pesquisadores por três décadas.

Hoje só é possível falar em “empresas de classe mundial”, “auto-suficiência na produção de petróleo” – e por que não auto-suficiência na produção de uma publicação técnica – porque na década de 1970 algum brasileiro decidiu trilhar o caminho – às vezes cheio de espinhos, mas com muitas flores.

Naqueles anos, a economia nacional era fechada, praticando um modelo que protegia a produção interna. A estratégia de crescimento industrial era elaborada pelo Estado. As decisões empresariais eram quase sempre subordinadas à estratégia estatal.
Por um lado, o setor privado tinha garantido um bom retorno ao seu investimento – porque estava protegido da competição. Mas quem pagava a conta desse modelo era o mercado consumidor, sem ter acesso a avanços tecnológicos.
A Petro & Química sempre será lembrada por seu enfoque tecnológico. Em suas páginas, sempre houve espaço para as inovações tecnológicas da indústria.
No início dos anos 80, a Petro & Química elaborou para o Instituto Brasileiro do Petróleo o Catálogo Composto da Petrobras - o embrião de todos os Guias e Anuários do setor. Em 1982, em sinal de reconhecimento pelo trabalho editorial desenvolvido, a Petro & Química foi escolhida órgão oficial de divulgação da 1ª Feira de Petróleo & Gás, hoje Rio Oil & Gas Expo.
Mas todos se esforçavam. Os técnicos da Petrobras começavam a enxergar, na recém descoberta Bacia de Campos, que o Brasil teria petróleo suficiente para suas necessidades. Os empresários começavam a consolidar o setor petroquímico nacional. Muitas empresas fornecedoras de equipamentos vislumbravam seu crescimento mundo afora. Até mesmo o Governo que, através dos Contratos de Risco buscava criar alternativas de suprimento em tempos de crises do petróleo. O marco de referência dos programas de energia alternativa era o Pró-Álcool.

Em meio a esse agito político-econômico, a Petro & Química surgia para atender a necessidade de comunicação e divulgação técnica. O que havia até o final da década de 70 eram publicações estrangeiras, com realidades completamente diferentes. Era necessário suprir as diversas comunidades envolvidas nas buscas de soluções – e ajudar na formação dos brasileiros que ingressavam no segmento.

O país era dependente de petróleo importado: em 1979, a importação de petróleo chegou a representar 86% do nosso consumo. Hoje as curvas de produção nacional encontraram as curvas de demanda de derivados. A Petrobras desenvolveu novas tecnologias para produzir petróleo em águas profundas. O gás natural ganha cada vez mais importância na matriz energética. As Bacias de Santos e do Espírito Santo estendem para todos os lados as jazidas da Bacia de Campos. Tudo foi noticiado pela Petro & Química.

A indústria petroquímica brasileira, após passar por um intenso processo de reestruturação e consolidação, opera alinhada com as melhores práticas internacionais. A globalização da economia mudou tudo. A inovação e a modernização dos processos produtivos ganharam prioridade.

Nascida naquela que foi a maior editora técnica do Brasil – Novo Grupo – a Petro & Química, carro-chefe da Editora Valete, teria sido retirada de circulação quando da falência dessa mesma editora, não fossem alguns de seus apaixonados e comprometidos funcionários. Essa paixão e comprometimento é que permitiram manter revistas técnicas por décadas ininterruptas em circulação, superando todos os desafios políticos e financeiros que uma pequena empresa poderia encontrar ao trabalhar em setores tão dinâmicos.
Para a edição de maio de 1988, a Petro & Química havia programado “produção de Petróleo e Gás no Brasil”, mas o incêndio de Enchova mudou um pouco nosso alvo e assim fomos à Petrobras para sabermos de tudo sobre a catástrofe na Bacia de Campos. Acompanhamos tudo “in loco” e ouvimos quem sabe de tudo de Petrobras: Ozires Silva, Wagner Freire, Dr. Falcão e Dr. Alfeu.
Em março de 2001, outra mudança de foco: enquanto preparávamos uma grande reportagem sobre Responsabilidade Ambiental, um acidente levou a maior plataforma do mundo à pique. Mais uma vez, nossa equipe de reportagem passou dias dividida entre a sede da Petrobras no Rio de Janeiro e a unidade da Bacia de Campos para trazer todos os detalhes da catástrofe.
Um episódio diretamente ligado ao setor petroquímico - que mereceu intensa cobertura da Petro & Química - marca a reforma administrativa implantada pelo Governo de Fernando Collor no início da década de 1990, que visava o enxugamento da máquina do Estado: a alienação das participações societárias da Petroquisa nas empresas petroquímicas. Pesquisa realizada pela revista mostrou que a maioria dos leitores posicionaram-se contrários à desestatização do setor petroquímico porque entendiam que os ganhos só aconteciam na cadeia produtiva
O primeiro choque do petróleo em 1973/74, caracterizado por expressivo aumento dos preços do petróleo, teve enorme impacto no Brasil, então fortemente dependente da importação de petróleo. Entre as medidas tomadas para aliviar a crise, o governo introduziu o Pró-Álcool.
Passadas três décadas, o Brasil mudou. E a indústria do petróleo também. A indústria petroquímica se vê diante de grandes desafios. Não é diferente para a Petro & Química: a reboque da ascensão cíclica do setor, uma avalanche de títulos cobrindo vários setores técnicos foi surgindo – alguns títulos ficaram, muitos desapareceram. A Petro & Química continua.

Ao atravessar um momento em que a informação transformou-se em commodity - e nesse ambiente de super-oferta parece clara a tendência à precariedade – não basta ser apenas mais uma opção. E isso é um desafio: é imperativo ser o veículo mais relevante. Para públicos mais exigentes – e nesse grupo se classifica o leitor da Petro & Química – prevalecerá a informação qualificada, que demanda pesquisa, apuração e aprofundamento traduzidos em textos claros e concisos.

Sobreviver a esses tempos duros, crescer, aprimorar a qualidade da informação... Como Hercules, após os doze trabalhos, vamos nos entregar espontaneamente a muitos outros desafios.

Não vamos escrever nada, mas deixar que escrevam por nós.

Um brinde a quem já teve seu momento particular com a Petro & Química. E aos que virão também!
A Editora Valete já recebeu por três vezes consecutivas o Prêmio Qualidade Brasil (2003, 2004 e 2005) pois tem como valores reconhecidos a ética, a transparência e a constante busca pelo aperfeiçoamento.
Em 2003 e em 2006, dois momentos importantes para os jornalistas da Revista: os prêmios de Jornalismo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - Abimaq e da Associação de Publicações - Anatec.
Passados trinta anos, o Brasil mudou. E a indústria do petróleo também. A Petro & Química acompanhou todos os movimentos
A gente sempre comemora o aniversário das pessoas queridas, ao mesmo tempo das pessoas importantes em nossa vida. E quem poderá negar que a Petrobras foi, e é, a empresa mais importante do Brasil? Quando a Petrobras completou 50 anos, quando a PQU chegou aos 30, ou quando o IBP comemorou 40 anos, a Petro & Química publicou edições especiais.
Nos últimos dois anos, o tema Responsabilidade Social e Responsabilidade Ambiental tem recebido um espaço privilegiado nas páginas da Petro & Química.
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