ARTIGOS TËCNICOS Edição
263 - Agosto de 2004
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Estudo de um Controlador Fuzzy para o Sistema de Separação
e Bombeamento Submarino - Vasps |
Alex F. Teixeira, José Ricardo P.
Mendes, Celso K. Morooka
Unicamp/FEM/DEP
Valdir Estevam - Unesp/IGCE/DEMAC
Ivan R. Guilherme - Petrobras
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Neste trabalho, é apresentado um estudo de um sistema de
controle fuzzy para o nível de líquido e pressão
de separação do VASPS (Vertical Annular Separation
and Pumping System), bem como a simulação de seu funcionamento,
visando avaliar o desempenho do controlador projetado. Para realização
da simulação, inicialmente se obteve um modelo matemático
da dinâmica da planta e dos atuadores do sistema. Através
de um estudo apurado do problema, escolheram-se as variáveis
de processo (entradas) e as variáveis de controle (saídas),
além de se ter determinado o conjunto de regras de controle
dos controladores fuzzy. De posse dos controladores e do simulador,
realizou-se simulações do funcionamento do sistema
para obter resultados que pudessem ser utilizados para determinar
se o controlador projetado soluciona o problema e se o seu desempenho
é satisfatório. Uma outra etapa consistiu no projeto
de controladores PID visando confrontar os resultados obtidos pelos
controladores fuzzy com os resultados de uma tecnologia de controle
comprovada e de largo emprego na indústria.
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MONOBR: Um Novo Desenvolvimento
para Águas Ultra-Profundas |
Álvaro Maia da Costa, Isaías Masetti
- Petrobras/Cenpes
Daniel Cueva, Kazuo Nishimoto, Marcos Cueva - USP |
Quando a produção se dá em pequenas profundidades
(até 200m) a solução adotada para a unidade de
produção basicamente consiste de uma estrutura treliçada
apoiada no fundo do mar, também chamada de jaqueta. Com o aumento
da lamina dágua, porém, a utilização
de estruturas vinculadas ao fundo do mar se tornou impossível,
e novos desenvolvimentos foram realizados no sentido de desenvolver
unidades de produção flutuantes, tais como as semi-submersíveis
e navios FPSO. Durante os últimos 20 anos essas unidades se
adaptaram muito bem às necessidades mundiais e atenderam satisfatoriamente
empreendimentos realizados em até 2000m de profundidade.
A utilização destas unidades, porém, está
muitas vezes vinculada à utilização dos chamados
risers flexíveis. Este sistema, responsáveis pela elevação
do petróleo do fundo do mar até a superfície,
é caracterizado pela presença de dutos desenvolvidos
com o auxilio de novos materiais, tornando-os bastante complacentes
aos movimentos impostos pelas unidades flutuantes, devido à
ação das ondas, vento e correnteza. Isso significa que,
independentemente dos movimentos que ocorrem na unidade, os risers
permanecem intactos.
Tais risers flexíveis, porém, apresentam desvantagem
em relação ao custo e, principalmente, em relação
à resistência estrutural quando submetido a grandes pressões.
Apesar de já existirem desenvolvimentos nesse sentido, tais
dutos podem apresentar problemas quando utilizados em profundidades
superiores a 2000m, pois ficam sujeitos às grandes pressões
existentes nessas profundidades. Como solução, surgem
os chamados risers rígidos em catenária, ou SCRs (steel
catenary risers). Tais dutos, construídos integralmente em
aço, possuem a resistência necessária para a utilização
em grandes profundidades a um preço mais atrativo que os concorrentes
flexíveis. A desvantagem, porém, encontra-se na existência
de problemas decorrentes aos movimentos impostos pelas unidades flutuantes,
que promovem problemas de fadiga do material.
Em resumo, podemos dizer que a utilização de SCRs para
águas profundas apresenta-se como uma solução
ideal tanto em parâmetros técnicos quanto financeiros,
mas para que isso aconteça, o desenvolvimento de unidades de
produção adaptadas a esse sistema deve ocorrer simultaneamente.
Nesse sentido, a Petrobras, juntamente com a Universidade de São
Paulo e o CEENO (Centro de Excelência em Engenharia Naval),
vem desenvolvendo novas alternativas de unidades para a produção
em águas brasileiras a mais de 2000m de profundidade. Um desses
projetos, intitulado de MonoBR, consiste no desenvolvimento de uma
unidade de produção com movimentos reduzidos, dotada
de apenas um coluna. |
Análise de Risco como Suporte à Tomada
de Decisão em Desenvolvimento de Campos de Petróleo |
Denis J. Schizer, Eliana L. Ligero e Alexandre
M. Xavier
Unicamp/FEM/Cepetro |
Os altos investimentos e o elevado número de incertezas com
impacto no retorno financeiro demandam procedimentos probabilísticos
no desenvolvimento de campos de petróleo, possibilitando assim
quantificar riscos e melhorar o processo decisório, principalmente
para projetos marítimos e de óleos pesados.
A análise de risco pode ser obtida através da estimativa
de desempenho de vários modelos correspondentes aos vários
cenários possíveis do reservatório. A confiabilidade
necessária no processo de modelagem demanda simuladores numéricos
para prever o desempenho dos campos.
Uma metodologia de análise de risco baseada na técnica
da árvore de derivação pode ser utilizada para
elaboração da curva de risco, normalmente em termos
do Valor Presente Líquido (VPL). A curva de risco deve levar
em conta todos os tipos de incertezas, tais como, geológicas,
econômicas, tecnológicas, operacionais, etc.. Entretanto,
para evitar demasiada complexidade e excessivo esforço computacional,
pode-se fazer a análise em estágios, tentando-se separar
o efeito dessas incertezas.
Além disso, a integração com a estratégia
de produção também pode ser complexa, pois cada
cenário pode resultar em diferentes estratégias para
explotação dos campos. Deste modo, a análise
de risco não pode se limitar à elaboração
da curva de risco geológico, mas deve possibilitar a consideração
de todos os tipos de incerteza e auxiliar o processo decisório
de avaliação e desenvolvimento de campos de petróleo.
Neste trabalho, as outras fontes de incertezas e a integração
com a estratégia de produção são consideradas
no processo de tomada de decisão através dos modelos
geológicos representativos (MGR) que são alguns modelos
de reservatório escolhidos para representar as incertezas geológicas
do campo, visando diminuir a exposição ao risco e aumentar
a probabilidade de sucesso dos projetos. |
Tecnologia de Hidrotratamento para
a Produção de Destilados Médios
de Alta Qualidade |
Donizeti Aurélio Silva Belato, Jorge Roberto
Duncan Lima, Carlos Alberto Ribeiro da Rosa,
Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello
(CENPES) Petrobras
Bruna Santiago Dias, Bianca Durand dos Reis Alt e Fundação
Gorceix
Luís Carlos Gomes Puc - RJ |
O processo de hidrotramento tem sido amplamente utilizado para
a adequação da qualidade de destilados médios.
Dependendo das características da carga e da qualidade desejada
dos produtos, processos de maior ou menor severidade são utilizados.
A Petrobras possui várias unidades de hidrotratamento em estágio
único de baixa, média e alta severidade para a adequação
da qualidade de nafta, querosene, diesel e de óleos lubrificantes.
Tendo em conta que as especificações para os destilados
médios (diesel) estão se tornando cada vez mais rigorosas
e a previsão de crescimento da demanda desse derivado nos próximos
anos, tecnologias focadas na produção e no tratamento
dessas correntes têm sido estudadas em maior profundidade.
Nesse artigo, vários esquemas de processo de hidrotratamento
são apresentados. Uma comparação entre os esquemas
em estágio único, operando em elevada severidade, e
duplo estágio é realizada. Apesar do maior grau de complexidade
de uma unidade em duplo estágio essa tecnologia de HDT se torna
competitiva quando a diferença de qualidade de ignição
entre carga e produto é elevada. Nesse caso, os investimentos
ISBL do duplo estágio são inferiores aos do estágio
único e o produto gerado possui melhor qualidade de ignição.
Aumento de número de cetano de até 15 pontos e redução
na densidade de até 0,050 pontos podem ser obtidos permitindo
a incorporação, após hidrogenação,
de correntes instáveis e com altos teores de compostos aromáticos,
tais como o LCO e o gasóleo de coque, ao pool de
diesel, aumentando assim a flexibilidade operacional da refinaria.
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Alocação Ótima de Taxas de Injeção
de Gas-Lift Utilizando Programação Linear Inteira Mista |
Paulo H. R. Nakashima e Eduardo Camponogara
Departamento de Automação e Sistemas
Universidade Federal de Santa Catarina |
A alocação de taxas de injeção de gás
de elevação para um grupo de poços de petróleo
é um problema de otimização combinatória
de bastante relevância, pois a técnica de elevação
artificial por injeção contínua de gás
(gas-lift) é uma das mais utilizadas na recuperação
de petróleo. Neste trabalho, é apresentada uma formulação
linear inteira mista para o problema de maximizar o lucro obtido com
a venda de hidrocarbonetos extraídos de um campo de petróleo
via gas-lift sob múltiplas restrições nas instalações
de superfície, tais como limites para a taxa disponível
de injeção de gás e para capacidades de tratamento
de água e gás, armazenamento de óleo, e separação
de fluidos. Famílias de desigualdades válidas são
identificadas e introduzidas na formulação e, através
de experimentos numéricos, é demonstrado que este procedimento
melhora consideravelmente o desempenho de algoritmos branch-and-bound
comerciais e não comerciais. Além disso, comparações
feitas com trabalhos já publicados mostram que o método
desenvolvido neste trabalho fornece soluções que representam
uma produção de óleo 2,67% maior. O método
de solução apresentado é uma ferramenta de suporte
à decisão de baixo custo e alta eficiência, podendo
ser integrado a um simulador de reservatórios comerciais, substituindo
as soluções ad-hoc que normalmente são fornecidas
pelos pacotes de otimização contidos neste tipo de software.
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Precipitação de parafinas em sistemas
de produção de petróleo
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H. A. Baldotto, LENEP/UENF
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A precipitação de parafinas é um sério
problema enfrentado pela indústria do petróleo ao longo
de toda a sua cadeia produtiva gerando custo elevado para sua prevenção
e tratamento. Essa fase sólida, formada pelos componentes com
maior peso molecular, pode causar sérios problemas operacionais,
podendo até mesmo impedir a produção do óleo.
Os novos horizontes de produção, em águas profundas,
por exemplo, levaram a indústria do petróleo a estudar
e descobrir novas tecnologias para prevenir, controlar e remediar
a precipitação. Ao longo dos anos, muitos estudos foram
realizados e vários métodos foram obtidos para tentar
amenizar ou mesmo contornar os problemas causados pela precipitação
de parafinas. Esse artigo apresenta uma revisão geral, com
o objetivo de munir de informações, novos pesquisadores
e interessados no assunto.
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Recuperação Avançada de Óleos
Pesados Através do Aquecimento Eletromagnético
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Manichand, R. N., Mata, A. L. M. L
UFRN, Departamento de Engenharia Química
Mata, W.
UFRN, Departamento de Engenharia Elétrica
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Os métodos térmicos ocupam uma posição
de destaque entre os métodos de recuperação avançada
de petróleo devido a sua grande aplicabilidade em reservatórios
de óleos pesados, ou seja, de alta viscosidade. Esses métodos
consistem em fornecer calor ao óleo de modo a reduzir as forças
viscosas, seja por injeção de um fluido quente, como
vapor ou ar aquecido, ou pela ação de ondas eletromagnéticas
sobre os fluidos da formação. O aquecimento eletromagnético
é baseado na transformação de energia elétrica
em térmica através da interação direta
entre o campo eletromagnético de excitação e
as partículas eletricamente sensíveis do meio. O escoamento
é considerado trifásico (óleo, gás e água)
e o modelo físico aplicado a um reservatório é
baseado nos princípios de conservação de massa,
energia e movimento em meios porosos, aplicados para as fases fluidas
e sólida. Este trabalho visa avaliar o efeito do aquecimento
eletromagnético com e sem a injeção associada
de água sobre a recuperação de petróleo
para dois casos estudados, a partir de simulações termofluidodinâmicas
em escala de campo.
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Comportamento de um Tubo de Aço Carbono Exposto
à Incrustação de Óleo Pesado Durante Escoamento
Anular Óleo-Água
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Adriana Barbosa e Antonio C Bannwart
Universidade Estadual de Campinas Faculdade de
Engenharia Mecânica
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O uso de técnicas de escoamento de óleos viscosos,
baseadas na injeção de água, tem sido proposto
como alternativa atraente para a produção e transporte
de óleos pesados em campos onshore e offshore. Usualmente,
um escoamento anular com núcleo de óleo circundado por
água (core-flow) pode ser criado através
da injeção de uma vazão relativamente pequena
de água distribuída lateralmente na tubulação,
de forma que um fino anel de água se forma ao redor do óleo
viscoso, o qual é bombeado através do centro do tubo.
A redução de atrito obtida através da lubrificação
com água é significativa, e a perda de pressão
do escoamento se tornará comparável a bombear apenas
água pelo duto. Para uma completa avaliação dessa
técnica, devem ser investigados efeitos inesperados associados
à adesão de óleo na parede do duto, visto que
podem causar incrustações e conseqüente aumento
da queda de pressão. Alguns estudos anteriores indicaram que
a adesão de óleo em superfícies metálicas
pode ocorrer para certos tipos de óleo cru e materiais metálicos
oleofílicos. A fim de verificar a possível ocorrência
dessas incrustações, realizamos experimentos de monitoramento
da queda de pressão durante 35 horas de operação,
para um escoamento anular óleo-água em um tubo de aço-carbono
horizontal de diâmetro interno 26,1 mm. O óleo viscoso
usado nesses testes é descrito em termos de seus principais
componentes. Além desses experimentos de monitoramento em condições
dinâmicas, apresentamos também os resultados dos testes
de molhabilidade estática da mesma superfície metálica
exposta ao mesmo sistema óleo-água, para fins de interpretação.
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Equipamentos elétricos para a indústria
do petróleo: a certificação completa
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Estellito Rangel Junior
Representante brasileiro no TC 31 da
IEC - International Electrotechnical Commission
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Todos os equipamentos elétricos e eletrônicos
inclusive digitais - para uso em atmosferas potencialmente explosivas
(as quais estão comumente presentes na indústria do
petróleo), necessitam ser certificados (isto é: testados
e aprovados) em organismos credenciados pelo Inmetro. Esta exigência
de cunho legal, está amparada pela Portaria Inmetro 176/00.
A certificação compulsória para estes equipamentos
foi instituída pela Portaria Inmetro 164 em 1991 há
treze anos portanto porém ainda hoje notamos certa desinformação
no mercado. A compulsoriedade foi a solução encontrada
para defender os consumidores, de produtos de má qualidade
e que não cumpriam com os requisitos de norma, comercializados
à época.
Hoje, os equipamentos elétricos destinados ao uso em atmosferas
potencialmente explosivas, necessitam ostentar o respectivo Certificado
de Conformidade. Porém como a norma possibilita em certos
casos a emissão de um certificado de invólucro
vazio, vamos neste artigo esclarecer o que é e porque
é necessária uma certificação completa
nestes equipamentos.
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Edição Impressa 263
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NA EDIÇÃO IMPRESSA
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Crescimento do mercado interno alavanca resultados
do Grupo Ipiranga
Unipar registra lucro dos últimos quatro anos
Brasil deve exportar tecnologia de exploração do Xisto
Abimaq discute política industrial e tecnológica
Feippetro 2004: Sucesso total
PGS terá que aguardar até final do ano para fazer
levantamentos sísmicos em Jequitinhonha
E muito mais...
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